Ante a gigantesca propaganda oficial que apontou a Copa 2104 como um sucesso, faço apenas alguns reparos necessários (para fechar o assunto):
1) a preparação brasileira para a Copa, ao contrário do que se tenta dizer agora (porque brasileiro costuma ter memória curta), não foi um sucesso. Ao contrário, foi um dos maiores fracassos de todas as Copas. Não custa lembrar que alguns estádios, inclusive o da abertura, ficaram "prontos" (?) aos "49 minutos do segundo tempo".
Aeroportos foram entregues com obras inacabadas, bem como sistemas viários (alguns deles receberam bela "maquiagem"). A Fifa (que não merece crédito, mas nisso teve razão) criticou durante todo o tempo o estouro dos prazos para o Mundial.
Sem contar as obras previstas que sequer começaram...
Portanto, no que dizia respeito aos governos em geral, o Brasil falhou feio durante a preparação.
2) a organização da Copa só foi bem sucedida por um motivo essencial: o povo quis e permitiu. Como escreveu um analista internacional, organizar uma Copa não é tarefa tão difícil, a Fifa possui "expertise" e um roteiro bem feito, basta segui-lo.
Se transporte e segurança funcionaram é porque, no caso do primeiro, houve feriados forçados que custaram muito à economia e, no caso do segundo, os brasileiros colaboraram ao trocar as manifestações de 2013 - que assustaram seleções, imprensa mundial e autoridades - por um clima festivo.
Será que a festa seria tão tranquila como foi se o povo decidisse novamente ir às ruas?
3) é preciso registrar que medidas de responsabilidade exclusiva da Fifa também falharam durante o Mundial, como a segurança dentro do campo de jogo e o escândalo dos ingressos.
quarta-feira, 16 de julho de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 10:16 |
O balanço da Copa: uma análise isenta
Marcadores: Brasil, Copa do Mundo, Fifa
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário