O renovado MAC (Museu de Arte Contemporânea) de São Paulo é uma boa opção de diversão - além de ser gratuito. Para quem curte arte e, em especial, a irreverência e as maluquices da arte contemporânea, é um prato cheio.
Há algum tempo, o museu se mudou para uma nova casa, a antiga sede do Detran, ao lado do Parque Ibirapuera. O acesso é fácil: basta pegar a passarela no portão 3 do parque.
Um dos trabalhos mais interessantes em exposição (até 30 de novembro de 2014) é "Transarquitetônica", de Henrique Oliveira. Ocupa um grande espaço e é interativo.
Trata-se, em resumo, de um grande labirinto que culmina numa espécie de túnel, feito com materiais que vão do tapume de madeira a blocos de cimento. Do alto, parece um tronco de árvore gigante (as raízes de fato estão lá e é assim que a obra começa), até virar uma espécie de barraco e depois alvenaria. O legal é que os visitantes atravessam a obra por dentro, escolhendo entre diversos caminhos que surgem.
Travessias e passagens, aliás, são uma constante na obra de Oliveira. "Vivenciando seus diversos ambientes, ao mesmo tempo em que recebe vários estímulos que envolvem praticamente todos os seus sentidos, o visitante é instado a refletir sobre as diversas transformações passadas pela arquitetura desde o racionalismo modernista - que é a tônica que rege o edifício de Niemeyer onde a peça está inserida - até as cavernas que serviam de abrigo ao homem e à mulher há milênios", escreve o curador Tadeu Chiarelli no folder de apresentação da obra.
Também no MAC, uma das peças mais divertidas (atração imperdível para as crianças) é o gato gigante (são mais de três metros de comprimento) da igualmente gigante Nina Pandolfo. Ah, não deixe de fazer carinho no bichano porque ele gosta - e agradece ronronando.
Vale a pena conferir ainda (até 30 de novembro de 2014) os "Cenários" coloridos e provocativos de Vânia Mignone. "As composições (...) remetem ao outdoor publicitário. Entretanto, Vânia nos propõe outro mundo, em que suas composições revelam-se como enigmas para o espectador. Estamos, quem sabe, diante do subtexto, das entrelinhas, ou da dimensão das nossas vidas que não é dita, nem necessariamente revelada, mas que está ali", anota a curadora Ana Magalhães no folder da mostra.
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