O PMDB há 20 anos está na base dos governos tucanos em São
Paulo e, agora, com candidato próprio, ataca o atual governador por não ter
feito as obras do sistema de abastecimento de água previstas desde 2004.
Ora, por que o PMDB não fez o alerta antes e, diante da
omissão do governo, não deixou a base de apoio?
O PSC acaba de lançar a candidatura do pastor Everaldo para
a Presidência da República mediante críticas ferozes ao governo da presidente
Dilma Rousseff. “É um governo ausente, omisso e incompetente”, disse o
candidato, segundo a “Folha de S. Paulo”.
Ocorre que o PSC fez parte da base governista até março
deste ano. Será que o governo tornou-se “ausente, omisso e incompetente” nos
últimos dois meses apenas?
Isto sem contar as recentes alianças do PT com o PP de Paulo Maluf em
São Paulo, sem contar as alianças petistas com os “300 picaretas” que Luiz
Inácio tanto criticou. Como se não fosse o PT o arauto da ética e da moralidade
até 15 anos atrás... (porque os demais partidos sempre estiveram do “lado de
lá” mesmo, daí serem normais alianças com Malufs, Renans e Sarneys, mas o PT
não, os petistas sempre atacaram e combateram esta gente!).
São apenas alguns exemplos que confirmam a regra de um
sistema político doente e viciado.
Como escreveu o jornalista
Ricardo Mello em coluna
na "Folha":
Políticos em sua totalidade, sem distinção partidária, costumam responder aos críticos das alianças heterodoxas de que participam com uma frase padrão: "Política não se faz com o fígado". Tudo bem, mas se faz também com memória. Cada vez que um candidato do PT aparece numa foto com olhar subserviente diante de um Paulo Maluf, uma legião de gente bem-intencionada torce o nariz. Por essas e por outras eu repito o que disse certa vez: em dia de eleição, só saio da cama depois das cinco da tarde.
Daí se constatar que os partidos e os políticos realmente
não entenderam nada dos recados dados pelas ruas nas jornadas de junho de 2013.
Se a eleição deste ano tiver recorde de votos brancos e
nulos não terá sido mera coincidência.
Por isto, enquanto não mudar o sistema, o Brasil estará fadado a um eterno mais do mesmo – corrupção, fisiologismo, aparelhamento do Estado, toma-lá-dá-cá.
É, pois, por um novo sistema de representação popular que devemos lutar!
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