Passei
o final de semana pensando – aliás, pensar é o que mais faço na vida (talvez aí
esteja a origem dos meus muitos fios brancos de cabelo...).
Não
sei se acredito no princípio espírita da reencarnação. Creio na vida pós-morte,
mas não necessariamente como a doutrina kardecista prega. Acredito no modelo
geral pregado por praticamente todas as religiões, o da promessa da vida eterna
(como isto se dá ou se dará, não sei).
Por que, afinal, estou divagando tanto?
Simples: às vezes acho a vida injusta. Nascemos e vivemos para aprender. No caminho, acertamos e erramos. Quando cometemos erros, devemos aprender as lições visando não repeti-los. No entanto, há erros ou situações que gostaríamos de reescrever de outra forma que simplesmente esbarram numa questão crucial: o tempo.
O tempo não volta – eis uma máxima da vida!
Em razão desse princípio (que, admito, tem sua lógica), muitas vezes carregamos algumas cicatrizes e questionamentos que nos atormentam. São o que chamo de “fantasmas”.
Eu, por exemplo, gostaria de reescrever a história da minha quase solitária formatura – e ela, a formatura, nunca mais vai voltar...
Eu, por exemplo, gostaria de entender o que eu fiz da minha vida dos 26 aos 29 anos. Será que fiz a escolha certa? – e este período nunca mais vai voltar...
São questões para as quais não encontro resposta. Nem alento. E isto me custa às vezes belas tardes de sol e boas noites de sono.
Em tempo: há muitos outros episódios que eu gostaria de poder reescrever. Por isso não entendo as pessoas que dizem não se arrepender de nada – o arrependimento é um sinal de humildade e reconhecimento de um erro (naturalmente sei que em determinados momentos agimos com os elementos dos quais dispomos, mas passado o tempo é forçoso reconhecer que uma situação ou outra podia ser escrita de outra forma).
PS: às vezes pergunto a razão de pensar tanto no que passou, já que o tempo não volta, ao invés de me concentrar no que poderá vir. Talvez a resposta esteja no poder da mente, tema de postagem aqui neste blog.
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