sexta-feira, 31 de outubro de 2008 | | 4 comentários

As aulas



Dar aula numa faculdade mostrou-se uma grata surpresa. Para mim, tem sido uma experiência gratificante, enriquecedora, desafiadora, renovadora e estimulante. Quase uma terapia. Perceber a evolução dos alunos, seja pessoal ou profissionalmente, é recompensador. Tentar colocá-los para pensar - e vê-los fazendo questionamentos - é uma tarefa rica.

Claro que, como em todo grupo de pessoas, há uma heterogeneidade de idéias, de níveis de aprendizagem, etc. Isto, porém, mais que um obstáculo, deve ser visto como um desafio a ser superado.

De minha parte, tenho me esforçado para fazer o melhor. Algumas vezes me vejo atropelado pelo tempo, outras o tempo me sobra, mas é assim que vamos fazendo os ajustes. Tenho procurador introduzir algumas discussões, já que a disciplina permite. Na próxima segunda-feira, por exemplo, a aula será na Câmara Municipal. Sim, futuros jornalistas precisam conhecer as estruturas de poder!

Recentemente, convidei (o nome foi sugerido por um aluno) a apresentadora Flor para um bate-papo com a classe. Foi surpreendente. Tenho certeza de que foi uma das atividades mais prazerosas para os alunos no semestre. Obviamente a convidada ajudou muito nessa tarefa - afinal, ela é um show à parte. Flor foi tão sincera que até a mim surpreendeu. No fim, claro, a tietagem rolou solta (e a convidada adora essa parte).

Espero sinceramente que as aulas estejam sendo para os alunos tão importantes quanto estão sendo para mim.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008 | | 0 comentários

Um quadro...


Presentes. É bom dar e receber presentes, principalmente quando eles vêm – ou vão – nas horas mais surpreendentes (ou seja, longe de datas tradicionais). Presentes nos fazem lembrar das pessoas e isto faz uma grande diferença. Desde uma simples caneta até algo mais complexo, eles sempre trarão à mente de uma forma carinhosa aquela pessoa que nos presenteou, aquele momento que pode ter sido inesquecível.

Obviamente, todo ser humano tem predileção por uma série de coisas. Nesse sentido, alguns presentes ganham um valor especial – o que não significa dizer que outros não têm valor. Eu, por exemplo, adoro livros. Prefiro-os às roupas. Adoro perfumes, mas poucos saberiam comprar de acordo com meus gostos (isto é um presente muito pessoal, que evito). E adoro quadros.

Nesta categoria, ganham ainda mais valor aqueles feitos de próprio punho. E quando são feitos exatamente para você, tornam-se mágicos. Eu ganhei um desses tempos atrás. Está pendurado na minha parede e no meu coração. A pessoa que me presenteou captou todo o meu espírito para colocar na tela. Mais que isso, ela observou meus olhares durante um tempo, sentiu meus gostos. Enfim, fez um quadro para mim, exclusivamente para mim, único.

A isso tudo soma-se a surpresa. Eu o ganhei num momento que jamais imaginaria. Não era meu aniversário, não era nada. Era, pois, um presente de amizade. Eis o melhor dos presentes, dado aleatoriamente, feito com as próprias mãos e com o coração, pensando na pessoa a ser presenteada.

Este quadro talvez nunca esteja em nenhum museu, mas para mim tem um valor incalculável. Ainda mais porque atrás dele veio uma mensagem tocante. Hoje, a cada vez que olho para ele, é impossível não lembrar de tudo. De tudo que se passou e de tudo que, um dia, quem sabe, virá.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008 | | 0 comentários

Você é um Homer Simpson?





Li esta entrevista algum tempo atrás e achei interessante. Gostaria de compartilhá-la. Vale a pena. Em tempo: o original foi publicado pela "Folha de S. Paulo" em 11/8/2008. A seguir vai uma versão editada por mim.


O economista norte-americano Richard Thaler, de 62 anos, é um dos expoentes da chamada economia comportamental, que analisa o impacto de aspectos emocionais no processo de tomada de decisões. Algumas idéias de seu livro mais recente "Nudge" (algo como empurrãozinho) chegaram a ser incorporadas ao programa de governo do democrata Barack Obama. Thaler define sua teoria como a tentativa de elaborar e fornecer os estímulos mais apropriados para auxiliar o cidadão comum a fazer as melhores escolhas nos mais variados aspectos de sua vida.

FOLHA - O que significa exatamente esse empurrãozinho ("Nudge")?
RICHARD THALER - É qualquer característica do ambiente que captura a nossa atenção e altera nosso comportamento.

FOLHA - O sr. menciona muitas vezes a expressão arquiteto da escolha. O que é isso?
THALER - Um arquiteto da escolha é qualquer um que projete o ambiente no qual fazemos escolhas. Considere o cardápio de um restaurante. Alguém tem de decidir em qual ordem vai apresentar os itens, como agrupá-los e como nomear cada prato. Todas essas características aparentemente irrelevantes atuam como empurrõezinhos, de modo que os arquitetos da escolha influenciam o que nós escolhemos.

FOLHA - O sr. afirma que nós estamos mais próximos do Homer Simpson do que do dr. Spock, de "Jornada nas Estrelas". Somos menos espertos do que os economistas em geral pensam?
THALER - Os economistas inventaram um ser imaginário, muito parecido com Spock de "Jornada nas Estrelas". No livro nós nos referimos a essa criatura imaginária como "econ" [algo como homem econômico]. Econs são muito espertos e não sofrem de qualquer tipo de problema de autocontrole. Eles podem calcular qual é a melhor hipoteca com facilidade e nunca comem ou bebem demais. Os economistas inventaram os econs porque é fácil escrever modelos matemáticos para essas criaturas. Mas infelizmente para eles [os economistas], o mundo é repleto de gente real, que tem problemas em fazer divisões complexas sem ajuda de uma calculadora e que de vez em quando acorda com enxaqueca. Os economistas comportamentais estão trabalhando na criação de modelos econômicos melhores por meio da incorporação de características humanas nas suas formulações.

FOLHA - Há algum exemplo de sucesso do uso do empurrãozinho?
THALER - Darei dois exemplos. O primeiro é o do aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, onde se gravou a imagem de uma mosca dentro do urinol no banheiro dos homens, bem próximo do escoadouro. Acontece que se você dá aos homens um alvo, eles miram nele e como resultado, o "transbordamento" caiu 80%. Em um aspecto bem mais importante, em muitos países são oferecidos aos trabalhadores fundos de pensão de contribuição definida, que são um bom negócio para os trabalhadores, mas muitos nunca chegam perto de assiná-los. Uma técnica que tem se mostrado de muito sucesso em acelerar o registro é mudar a opção-padrão. No fundo usual, quando um trabalhador se torna elegível a participar do plano, ele recebe primeiro uma série de formulários para preencher. Se ele não preenche os formulários, não é registrado no fundo. A alternativa é chamada "registro automático". Nesse esquema, o trabalhador recebe uma pilha de formulários mas é dito a ele que, se não preenchê-los, ele será registrado com uma determinada estratégia de investimento. Esse plano funciona e está sendo adotado ao redor do mundo.

FOLHA - O senhor defende uma idéia de nome bastante curioso, "paternalismo libertário". O que é isso?
THALER - A idéia do paternalismo libertário soa como um paradoxo, mas em nossa concepção não é. Por libertário nós nos referimos à liberdade de escolha. Por paternalismo queremos dizer ajudar as pessoas a fazer melhores escolhas, como avaliado por elas mesmas.

FOLHA - O que o governo pode fazer para ajudar o cidadão a fazer escolhas mais saudáveis como parar de fumar ou seguir uma dieta adequada?
THALER -
Uma forma simples de ajudar na questão da obesidade é fornecer às pessoas melhor informação. Em Nova York, foi aprovada uma lei que exige dos restaurantes de fast food que exibam o número exato de calorias ao lado de cada um dos itens mencionados no cardápio do cliente. Isto pode atuar como um empurrãozinho em direção a hábitos alimentares mais responsáveis. As famílias também têm a possibilidade de adotarem seus próprios empurrõezinhos. A melhor maneira de perder peso é comer em pratos menores.

FOLHA - Uma de suas idéias mais curiosas é a de um software para evitar e-mails furiosos. Como isso funcionaria?
THALER - Todos nós já escrevemos um e-mail colérico do qual nos arrependemos assim que apertamos o botão "enviar". O software que esperamos detectaria e-mails raivosos (não me pergunte como) e enviaria ao usuário a mensagem: "Este e-mail aparece estar cheio de emoção! Tem certeza de que pretende enviá-lo?" A opção-padrão seria mandar o e-mail para um arquivo temporário, talvez chamado purgatório, onde ele permaneceria até que o usuário decidisse enviá-lo.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008 | | 4 comentários

Para se emocionar



"Não posso tocar piano". Esta frase foi dita por um dos maiores intérpretes de Johann Sebastian Bach no mundo. Brasileiro e pianista, João Carlos Gandra da Silva Martins esteve ontem em Limeira participando da 15ª Semana Unimediana, no Teatro Vitória. O motivo? Superação.

João Carlos Martins, que está em Limeira pela segunda vez, falou sobre como superou as dificuldades que passou em sua vida. No auge de sua carreira, um acidente jogando futebol lhe tirou os movimentos do braço esquerdo. Uma pedrinha entrou em seu braço, perto do cotovelo, rompendo um nervo.

Com vários tratamentos, recuperou parte dos movimentos da mão. Com o correr dos anos, porém, desenvolveu a doença chamada lesão por esforço repetitivo (LER) e novamente teve que parar de tocar. E, desta vez, acreditou que era para sempre. Vendeu todos os seus pianos e se tornou treinador de boxe, mas sua paixão o fez retornar. "Comprei novos instrumentos e tentei utilizar ao máximo os movimentos das minhas mãos, criando o meu estilo de tocar", contou.

Ao realizar um concerto na Bulgária, sofreu um assalto e um golpe na cabeça lhe fez perder parte dos movimentos de suas mãos novamente. Ele, porém, não desistiu. "Temos que perseguir nosso sonho sempre. Se você acha que não vai conseguir, continua a perseguir o seu sonho. Um dia o sonho começa a atropelar você", enfatizou o maestro.

Para o maestro, tudo o que ele passou serve para as pessoas se inspirarem nele. "Minha responsabilidade é enorme. Não faço milagres. Se pudesse fazer, faria um para mim. Dou uma palavra de estima, de ajuda, que nem tudo está perdido", fala.

O músico diz estar em um momento mágico em sua vida. Que, apesar de hoje não poder tocar piano, tem tudo guardado em sua memória e que ele faz de sua vida como o jogo da Poliana. "Se tenho um pouco de dor, mas mesmo com ela posso tirar um som bonito do piano, por menor que o som seja, ele é bem mais importante do que a dor".

E completa: "vivo um momento mágico. Fiz 1,5 mil concertos pelo mundo e gravei a obra completa de Bach em 35 CDs. Isso ficou guardado em uma caixinha de minha vida, na minha memória, onde eu sei que cumpri minha missão. Agora, Deus me deu outra missão, que é reger".


Fonte: "João Carlos Martins, um exemplo a seguir", matéria redigida por Mariele Parronchi e publicada no Jornal de Limeira de quinta-feira 23/10/2008

terça-feira, 21 de outubro de 2008 | | 1 comentários

Olha o Piscitas aí!

Para quem ainda não conhece meu blog sobre viagens, o Piscitas, eu recomendo - acessem e espalhem hehehe. O endereço é: http://www.rodrigopiscitelli.blogspot.com/

segunda-feira, 20 de outubro de 2008 | | 3 comentários

Precocidade

Nessa tragédia toda ocorrida em Santo André e que dominou os noticiários na última semana, um detalhe me chamou a atenção: o ex-namorado/seqüestrador estava inconformado com o fim de um relacionamento de três anos.

Longe de querer fazer julgamentos, mas se hoje ele tem 22 e Eloá, a ex-namorada assassinada, tinha 15, ambos começaram a namorar respectivamente com 19 e 12 anos.

Sei que os pais dificilmente controlam a vida dos filhos quando estes tornam-se adolescentes. Ainda assim, seria interessante uma discussão a respeito do início cada vez mais precoce da vida sexual e amorosa das crianças/adolescentes. Isso, obviamente, não explica a tragédia, mas dificilmente se terá numa relação dessas (ela com 12 anos, ele com 19) um resultado sadio - ainda que não necessariamente trágico.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008 | | 0 comentários

Você é um "glocal"?

O jornalista Gilberto Dimenstein escreveu recentemente um artigo ("Santo de casa faz milagre") na "Folha de S. Paulo" em que comenta sobre São Paulo. O artigo tem uma definição interessante sobre a cidade.

"Centro financeiro do país e sede da mais importante Bolsa de Valores entre as nações emergentes, nenhuma cidade brasileira está tão conectada com a crise econômica como São Paulo -isso faz com que Londres, Nova York e Tóquio pareçam vizinhos geográficos. Mas os movimentos dos pregões e das urnas eleitorais mostram uma aparente contradição: a cidade está cada vez mais cosmopolita e, ao mesmo tempo, mais provinciana.

A principal mensagem das urnas, pelo menos até o primeiro turno, é simples. O eleitor não está preocupado com os partidos, ideologias de 'esquerda' ou de 'direita', sucessão estadual ou presidencial - ele quer saber, basicamente, quem pode diminuir os seus tormentos numa cidade caótica.

Palavra associada ao atraso, provinciano se traduz hoje em avanço -aliás, há muito tempo já se fala nos seres 'glocais', que vivem a globalização e valorizam o local."

Está aí, gostei do termo: sou um "glocal" (mesmo não morando em São Paulo).

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A terceira mensagem

Fechando a trilogia bíblica, eis a terceira mensagem que move a minha vida (as duas anteriores estão algumas postagens atrás). Vem de João, 14:6.

"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim."

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Uma grande família


Depois de muito tempo, voltei a assistir "A Grande Família". Não que tivesse enjoado do seriado, ao contrário, é um dos melhores da TV brasileira há anos. Deixei de vê-lo porque as quintas-feiras tornaram-se meu dia de happy hour(s). Ontem, porém, cheguei por volta das 22h20 e o seriado ainda não tinha começado. Que prazer rever Lineu e cia.!

"A Grande Família" persiste tanto tempo no ar e mantém o mesmo ar de novo. É fácil entender o motivo: um seriado simples, que aborda problemas do dia-a-dia vividos por todas as famílias, com personagens que têm qualidades e defeitos como em todas as famílias e que não precisa recorrer à apelação.

Não há dúvida de que muitas pessoas identificam em Lineu, Tuco, Bebel, Agostinho e Nenê alguém familiar. É o pai esforçado e justo, o filho boa vida, o cunhado/genro aproveitador, a filha bobinha apaixonada, o casal que de vez em quando briga por alguma tolice, enfim, é a vida.

Soma-se a isso um elenco primoroso (Pedro Cardoso é fenomenal, faz a gente até gostar da malandragem do Agostinho), Marco Nanini e Marieta Severo dispensam comentários e os demais estão à altura. Merecem ainda elogios o figurino (só as roupas do Agostinho já valeriam o seriado pelas risadas que proporcionam) e a cenografia (finalmente uma casa real, não aquelas de novela, estilizadas; um carro real e objetos reais - aquela jarra em formato de abacaxi é o máximo... quem não se lembra dela?).

Definitivamente, a história de Lineu e sua família é uma daquelas raridades que fazem a televisão valer a pena. Para quem diz que na TV só tem porcaria, é melhor mudar o canal. Há na TV muita coisa boa e inteligente. Em todas as áreas.

Depois do reencontro desta quinta-feira, só posso desejar uma coisa: vida longa à "grande família".

PS: não estou muito inspirado para escrever, mas queria fazer esse registro. Está feito!

terça-feira, 14 de outubro de 2008 | | 1 comentários

>>>


Esta será a última postagem de hoje aqui. Depois vou escrever no Piscitas. Quero escrever em tópicos:

>>> Adoro ir ao basquete.

>>> Adoro bater papo com amigos.

>>> Adoro escrever.

Logo, esta noite está sendo magnífica!

>>> Adoro meu visual descuidado.

>>> Adoro estar com a barba por fazer (pena que não consigo avançar).

>>> Adoro suar de emoção.

Logo, esta noite está sendo magnífica!

>>> Ainda espero para ver o sol nascer jogando papo fora com os amigos.

>>> Ainda espero para compartilhar minhas "n" cervejas.

>>> Ainda espero.

Logo, esta noite está sendo longa.

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Como Deus quiser

Beber nos faz pensar. Não sei a razão. Eu adoro beber e pensar. Com boas companhias, melhor ainda. Às vezes a gente bebe e até se diverte, mas acaba ali. Numa diversão. Outras vezes é diferente. O foda é que normalmente eu sempre fico falando mais - e as bebedeiras são úteis para mim. Para os outros, são mera diversão. Eles não têm a oportunidade de falar. Ou não querem falar, sei lá. Eu não perco a oportunidade. Acho que por isso sou um tanto chato.

Decidi nesta postagem fazer uma experiência diferente. Escrever o que me viesse à mente, ainda que não fizesse tanto sentido. Não, não estou bêbado. Precisaria de muito mais para isso. Contudo, estou escrevendo na varanda de casa, no início da madrugada, com um bom ar. Isto é inspirador.

Adoro escrever. Se pudesse, passaria a vida escrevendo. Alguém quer me pagar para isso? Hahaha, de certo modo eu ganho para isso, para escrever. Só não quero a parte chata desse negócio. Deixa para lá. Os raríssimos que me conhecem entendem.

Tenho ouvido algumas coisas interessantes ultimamente. Tenho medo disso. A vida não é só um mar de rosas.

Isso realmente está um tanto louco. Parece coisa de...bêbado. Não, não estou bêbado.

Nossa, hoje fui assistir à Winner. Vencemos o Conti/Assis. O time dos caras é bom, sempre dá trabalho. Não jogamos tão bem, mas foi um bom jogo. Disputado. Saí do ginásio meio sem voz e suado, muito suado. Passei quase meia hora em pé, gritando. Meus Deus, o jogo de basquete é desestressante. Não sei como meus amigos ainda não se tocaram disso. A gente grita, xinga e torce. E a hora que o juiz apita o final acabou. Todo o estresse acaba ali.

Não que eu esteja estressado. Não estou tanto. Já estive bem mais. Estou até um tanto relax. "Conto os dias, conta as horas para..." ... Te ver? Talvez.

Nossa, essa experiência é interessante. Tentar acompanhar o ritmo do pensamento. Difícil.

Sei que muitos vão considerar esta postagem imbecil. FODAM-SE!!! Não escrevo para vocês, escrevo para mim. Não perceberam ainda?

"Como será amanhã?
Responda quem puder
O que irá me acontecer?
O meu destino será como Deus quiser

E vai chegando o amanhecer
Leio a mensagem zoadiacal
E o realejo diz
Que eu serei feliz, sempre feliz"

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Outra mensagem

Este é o segundo trecho que move minha vida (o primeiro foi postado na sexta-feira, dia 10/10). Vem de Salmos 23:

"O Senhor é o meu pastor, nada me faltará."

domingo, 12 de outubro de 2008 | | 3 comentários

Homens na cozinha

Li hoje uma interessante reportagem na "Folha de S. Paulo", assinada por Alexandre Nobeschida, sobre a tendência cada vez maior dos homens irem para a cozinha. Segundo a reportagem, muitos utilizam esse expediente como diferencial de conquista. "As mulheres hoje não têm muito tempo para cozinhar ou não gostam de cozinhar. Quando eles sabem cozinhar, isso desperta um fascínio nas mulheres", diz na reportagem o terapeuta sexual Haruo Okawara.

Já a coordenadora do Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, Carmita Abdo, aponta que este novo homem "passa uma imagem de ser menos machista, menos ligado aos valores tradicionais, menos preconceituoso, mais carinhoso e mais atento às novas tendências".

Estes novos personagens já ganharam um rótulo. São os gastrossexuais. Em tempo: tenho sempre um pé atrás com estes rótulos. Eles são extremamente estereotipados - significa que colocam na pessoa uma série de características que ela necessariamente não possui. São como os itens de série num automóvel.

Voltando ao assunto principal: conforme a reportagem, tanto quanto uma conquista, a ida do homem à cozinha está ligada a outros fatores também: 1) a chegada da mulher ao mercado de trabalho e a conseqüente divisão de tarefas de casa; 2) a necessidade (por serem solteiros); 3) o "nesting" (reunião de um grupo de amigos que degustam pratos elaborados em casa); e 4) exibicionismo (de suas habilidades e de seus apetrechos).

Acredito que, em maior ou menor grau, todos estes fatores estão presentes na maior parte dos casos. Alguns deles, como o item 1, são nítidos na nova sociedade brasileira.

Desde que eu fui morar fora durante a faculdade, tive que aprender a cozinhar (a tal necessidade). Do básico ensinado pela minha mãe (arroz e bife), fui aumentando o cardápio por conta própria (afinal, seria impossível passar quatro anos só com arroz e bife...). Isso não significa sofisticando-o (gosto do básico e não tentei ainda fazer nada sofisticado). Em todo caso, aprendi a me virar. Apesar disso, são raras as pessoas que já me viram em ação.

Tenho um amigo que é, para usar o termo da moda, gastrossexual. Não sei exatamente qual dos itens apresentados na reportagem o motiva mais. Acho que é o item 3. Ele cozinha muitíssimo bem (veja a diferença: eu me viro; ele cozinha). Soma-se a isso sempre uma boa música, cerveja e um ótimo papo. Ou seja, participar do seu "nesting" é sempre um prazer (se fosse possível, faria isso semanalmente hehe).

Eu ainda não tive coragem de preparar nada para terceiros (só para o pessoal da dona Maria porque se eu não fizer isso aquele povo não faz nada). Um dia, quem sabe, promoverei o meu "nesting". Até lá, aceito convites.

PS: quem quiser ver a reportagem, basta acessar http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1210200801.htm.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008 | | 1 comentários

Miró e eu


Desde que decidi incluir as figuras de Miró neste blog, ainda não expliquei o motivo - e também ninguém perguntou... (como falo muito mesmo, não vou esperar ninguém perguntar).

A arte de Miró entrou na minha vida ao acaso. Um certo dia, na faculdade, a professora de Semiótica, Lúcia Helena, pediu um trabalho como conclusão da matéria. Como ela era extremamente inteligente e eu ficava um tanto tonto em suas aulas, tive dificuldade em pensar qual seria meu objeto de estudo.

Nem sei bem a razão, o fato é que fui para a biblioteca. Fiquei mexendo em um monte de livros. Isto mesmo, mexendo. Comecei a olhar um livro de arte e me deparei com quadros de Miró. Gostei do estilo. Em determinada página, li que aquela pintura era uma espécie de sátira de outra, renascentista, do holandês Hendrick Sorgh. Anotei o nome e fui procurá-la. Ri muito quando a encontrei. Miró era um louco, ele desvirtuou totalmente o quadro. Fez isso com uma genialidade que poucos carregam.

Pronto. Estava estabelecida minha admiração por Miró. O próximo passo, porém, seria fazer o trabalho. Fiquei horas observando os dois quadros e não conseguia ver nada além de... dois quadros. Fui falar com a professora e ela apenas acionou o botão "pense!". Eis o estalo: o quadro holandês era todo cheio de retas e proporções; a versão de Miró tinha só curvas e tudo era desproporcional. Para resumir, a professora achou fantástico. Tinha me dado 9 e depois anotou: "10 pela dificuldade do objeto".

Este trabalho ficou na minha memória. Miró ficou na minha memória. Dez anos depois, no MoMA, em Nova York, vi um quadro de Miró. De imediato, comentei a história do trabalho escolar com um amigo e não é que ao entrar na sala seguinte lá estava ele, o "meu" quadro! Quase tive um surto. Não era possível. O quadro que eu sonhei conhecer, que me colocou para pensar horas e horas, estava ali. Claro que eu tirei uma foto!

Desde então, já vi muitos Mirós. Em NY, na Espanha, na França... Sempre me emociono, sempre acho fantástico, sempre fico com vontade de ter um quadro para mim.

Em tempo: Joan Miró nasceu em Barcelona, na Espanha, em 20 de abril de 1893. Foi escultor e pintor. Sua obra é marcada pelo surrealismo. Ele morreu em 25 de dezembro de 1983. Se alguém quiser conhecer mais o trabalho deste gênio, basta acessar http://fundaciomiro-bcn.org.

Se alguém tiver curiosidade, há uma interessante análise dos dois quadros em questão - "O tocador de alaúde", de Sorgh (1661), e "Interior holandês 1", de Miró (1928) - no endereço http://scyllamazzillo.multiply.com/journal/item/24.

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Mensagem

Há três frases bíblicas em especial que conduzem a minha vida. Faço questão de compartilhá-las com vocês, uma a uma. A primeira é de João, 14:1.

"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim."

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Eu no Flickr

Colegas: acabei de ingressar no Flickr, uma megacomunidade cujo foco é compartilhar fotos e vídeos.

Confesso que não estava satisfeito com a colocação das minhas fotos de viagens a conta-gotas lá no Piscitas, meu outro blog (www.rodrigopiscitelli.blogspot.com). Ao mesmo tempo, não queria colocá-las aos montes porque iriam tomar o lugar das postagens. Sendo assim, até que eu consiga fazer um álbum de fotos lá, vou montando-o no Flickr.

Vocês estão convidados a acessar minha galeria, a Galeria do Piscitas. Ainda há poucas fotos, mas logo ela estará cheia. Divirtam-se!

Ah, o endereço, claro, é http://www.flickr.com/photos/31291463@N04/

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Um jornal - uma missão

A frase a seguir é perfeita, na minha avaliação, para resumir o que é a edição de um jornal. Foi dita por C. P. Scott, editor do "The Guardian" (Londres, Inglaterra). Se alguém discordar é só manifestar.

"Um jornal tem dois lados. É um negócio como outro qualquer, e tem que pagar suas despesas para sobreviver. Mas é muito mais que um negócio; é uma instituição. (...) Tem portanto uma existência moral e material; e seu caráter e influência são no fim determinados pelo equilíbrio dessas duas forças. Entre os dois lados tem que haver um casamento feliz e o editor e o administrador devem andar lado a lado. O primeiro, que fique bem entendido, uma ou duas polegadas na frente."

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Sexta-feira

Para esta sexta-feira, em que devo estar com a pressão um tanto alterada (sintoma: tontura), segue uma frase que retirei da prova feita por um aluno do 4º semestre de Jornalismo do Isca Faculdades, Daniel Marcolino Pereira.

"À promessa sublime de ser necessariamente livre, desejo ser fiel. E todos nós, os que optam por lutar contra as adversidades, sabemos que viver é emergencial."

quinta-feira, 9 de outubro de 2008 | | 2 comentários

Cerveja, cerveja, cerveja, cerveja, cerveja... Cerveja!

Em Limeira, há quatro locais bons (considerando o mercado limeirense...) para tomar/comprar boas cervejas.

Para tomar, vá ao Maverick. Nenhum lugar na cidade oferece tanta variedade num ambiente agradável como lá. Para comprar, há três opções: uma mais popular, o BIG, até pouco tempo um dos poucos locais onde havia maior variedade, junto com o Pacheco. Agora, o Oba inaugurou sua adega - que, claro, inclui cervejas. O problema do BIG é que o estoque é pequeno e inconstante (ou seja, a "carta" de cervejas não é fixa).

Em todos os locais, em alguns casos os preços não são tão convidativos, mas para sair da mesmice vale a pena. Afinal, uma Erdinger - a minha favorita - deve ser apreciada, não é para ficar enchendo a cara.

Em tempo: beba com moderação - e com animação!

UM POUCO DE HISTÓRIA

A cerveja é feita a partir da fermentação de cereais, principalmente a cevada maltada. Segundo o Wikipedia, acredita-se que ela tenha sido das primeiras bebidas alcoólicas desenvolvidas pelo homem. Já devia ser conhecida pelos sumérios, egípcios e mesopotâmios desde pelo menos 4 000 a.C. O mais antigo registro que se tem da cerveja vem de 2.600 a 2.350 a.C.

Ainda conforme o Wikipedia, o Código de Hammurabi (que eu vi no Museu do Louvre!), rei da Babilônia entre 1.792 e 1.750 a.C., incluía várias leis de comercialização, fabricação e consumo da cerveja, citando direitos e deveres dos clientes das tabernas.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008 | | 0 comentários

Souvenir



A Internet, para quem não pode ficar viajando para todos os cantos do mundo, tem se revelado um bom caminho para quem aprecia cultura, lugares, etc. Para quem é, enfim, um turista por natureza. Basta ser um turista virtual.

Pois eu tenho descoberto algumas coisas interessantes. Não é que depois do artista britânico que assassina personagens infantis (veja postagem neste blog), agora tem um fotógrafo britânico que decidiu unir duas paixões de um turista: foto e souvenir.

Michael Hughes faz fotos colocando souvenires no lugar de monumentos de verdade. O resultado é muito interessante. Confesso que, como turista, sempre quis fazer aquelas coisas básicas, como simular que estou com a Torre Eiffel na mão (ou empurrando a Torre de Pisa, quando estiver na Itália), mas o inglês foi muito mais criativo - até por isso ganhou destaque e eu não.

Com esse trabalho, Hughes deu uma definição interessante sobre os souvenires - que dedico a um amigo que tirou tanto sarro do Manneken Pis (o menino mijão de Bruxelas) e acabou pegando para ele a estatuazinha do dito cujo. "Nada é sagrado no mundo dos souvenires e eles nos tocam mesmo sendo cafonas".

Em tempo: para quem tiver curiosidade, o acervo de Hughes está disponível no Flickr. O endereço é: http://www.flickr.com/photos/michael_hughes/sets/346406

PS: para ver mais, acesse o Piscitas, meu blog sobre turismo: http://www.rodrigopiscitelli.blogspot.com

terça-feira, 7 de outubro de 2008 | | 0 comentários

A vingança de Tom



Alguém viu um gatinho?

Hoje vi na Internet algo muito interessante - e engraçado. Em Londres, será aberta na sexta-feira uma exposição chamada "Splatter". É a concretização artística do sonho de muitas pessoas: matar alguns personagens infantis. Quem nunca ficou com raiva do Jerry quando ele fazia muitas travessuras com o Tom? E o Piu-Piu, quem nunca se irritou com aquele jeito idiota? Pois então, a exposição realizou o desejo de muitos: deu uma chance ao Tom, ao Frajola e a tantos outros (como a vingança do Coiote contra o Papa-léguas).

Segundo reportagem do UOL, o artista plástico britânico James Cauty, autor da mostra, revela que a idéia partiu do seu filho Harry, de 15 anos. "É incrivelmente sanguinário. As conseqüências reais da violência nos desenhos animados são reveladas. Eles massacram uns aos outros", disse o artista, conforme a reportagem.

Em tempo: para quem está indo para Londres (apesar da alta do dólar e do euro), a exposição está na Galeria Aquarium até 8 de novembro.

Ah, antes que me esqueça: alguém viu o Piu-Piu? Hahahahaha!!!

(Fotos: Divulgação/UOL)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008 | | 0 comentários

O jogo vira!

Muitas pessoas talvez nunca tivessem imaginado que um dia o mundo estaria em crise por causa da economia americana. Os números indicam que o país até então mais poderoso do globo enfrenta o maior colapso desde a Grande Depressão de 1929. Não é à toa que o presidente George W. Bush admitiu que os EUA estão "imersos em uma grave crise financeira".


Em contrapartida, nunca os países ditos emergentes - Brasil incluído - viveram um momento tão positivo. Até a revista britânica "The Economist" destacou recentemente o crescimento da classe média no Brasil - que já ultrapassa metade da população. Segundo a publicação, os principais motivos para esse fenômeno são: melhora no nível de educação, expansão dos empregos formais e os programas de transferência de renda.

Toda esta situação, que já vem de algum tempo, contribuiu para mudar a percepção externa que se tem do Brasil. Numa recente viagem à Europa, chamou a atenção a quantidade de pessoas que nos abordavam - um amigo e eu - com manifestações diversas nesse sentido. "Vocês agora é que são ricos, nós estamos ficando pobres", disse uma comerciante belga. "O que está acontecendo no Brasil, é feriado? Nunca atendi tantos brasileiros como agora", comentou uma vendedora francesa. Uma norte-americana restringiu-se a fazer um sinal de positivo para o Brasil e de negativo para os EUA.

Uma recente reportagem informou que o Brasil deve ser o quinto maior mercado consumidor do mundo em 2030 (hoje é o 8º). Até lá, vejam só, o poder de compra no País deve ultrapassar o da Alemanha, Reino Unido e França.

Será que estamos realmente ficando ricos? Será que o tão propalado "país do futuro" resolver tornar o futuro presente?

Sabe-se que o mercado de luxo tem registrado crescimento no Brasil. Recentemente, o italiano Renzo Rosso, dono da Diesel, abriu em São Paulo uma loja da sua empresa Staff (foto). Agora, todo o complexo Diesel na Capital paulista soma quatro pavimentos e cerca de mil m2. É a maior loja Diesel do mundo. Fica na Rua Haddock Lobo e custou cerca de R$ 13 milhões. As coleções da Diesel terão no Brasil lançamento simultâneo ao da Europa e EUA.

Tudo isso me fez lembrar de uma expressão que aprendi numa mesa de pôquer e que faz todo o sentido: o jogo vira!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008 | | 2 comentários

As faces do amor

Acabei de ler "Travessuras da menina má". Sem dúvida, um livro encantador e em certo sentido provocativo. Confesso que fiquei com raiva da tal menina má. Ela merecia umas palmadas (para ser generoso e educado na escrita). Era uma menina má porque encontrava escudo em um bom menino, o apelido do outro protagonista da história.

Claro que cada um lerá a obra com seus olhos - ou seja, com seu repertório, suas crenças, etc. Eu odiei a menina má. Outros podem reforçar o amor por aquela figura.

Isso me leva a refletir sobre uma perturbadora pergunta colocada na contracapa do livro: "Qual é a verdadeira face do amor?".

Costumo dizer que existem várias formas de amor. Amor de amigo, amor de casal, amor para com lugares, amor de irmão, amor de pai e filho... Destes, só vejo um amor puro, incondicional: de pai/mãe para filho (e ainda assim há uns malucos por aí que jogam o filho pela janela...). Fora este, qualquer outro tipo de amor deve estar abaixo do amor próprio. Do contrário, cria-se uma relação tortuosa, maléfica até.

Obviamente, não sou o dono da verdade, mas posso garantir que o empirismo tem reforçado a minha tese.

Afinal, alguém sabe dizer qual a verdadeira face do amor?