domingo, 7 de setembro de 2008 | |

Um banquinho, um violão

Já escrevi aqui que a bossa nova imortalizou a moda do "banquinho e um violão". Se tem algo que aprecio é um bom papo com os amigos (de preferência com poucos amigos, não gosto muito de muvuca). Recentemente, durante uma curta fase da minha vida, dividi várias madrugadas regadas a cerveja, música e um bom papo com alguém que considerava um irmão.

Apesar de todos os problemas que vieram depois, não nego que aqueles papos nas madrugadas de quinta/sexta-feira (sim, começavam lá pela 1h e terminavam já com o sol raiando), no aconchego de um lar (sim, sempre mais interessante que um bar, mais próprio para diversão), eram reconfortantes (pela distração da mente), fortalecedores (por ampliar os laços), enfim...

Com um amigo de fé, foram também muitas madrugadas divididas à base de cerveja e um papo que rotineiramente terminava em discussões (e discussões de bêbados são sempre exaltadas). Eram momentos fantásticos, em que discutíamos o trabalho e a vida, falávamos de futebol e cinema, enfim... Esses papos ocorriam também sempre no aconchego de um lar e com freqüência se estendiam até o raiar do sol (aliás, estenderam-se até além das fronteiras do Brasil).

Com os amigos da rua (como os defino), os papos costumam ser mais leves, despreocupados, energizantes (há, não tenho dúvida, uma energia positiva naquele lugar e entre aquelas pessoas que sempre permite que eu me torne uma pessoa melhor). Falamos de amenidades, contamos histórias (muitas), tiramos sarro um do outro, contamos piada... Não foram raras as vezes em que os papos entraram madrugada adentro até que alguém decidia esperar o sol nascer (algumas vezes conseguimos). Com estes, as cervejas são menos freqüentes (elas existem sempre, mas como ninguém acompanha meu ritmo, fico um tanto sem graça de ser o único bêbado do lugar).

Hoje, ao olhar para trás, acho que estamos todos ficando um tanto velhos. Temos feito com menor freqüência estes encontros que tanto fazem bem para a alma. Por quê? Por que abrimos mão de momentos que temos certeza que serão felizes? Pô, nenhum amigo mais se habilita a beber até o sol nascer?

Como eu moro com meus pais, é raro fazer noitadas regadas a cerveja em casa. É uma pena. Quando tiver meu canto, quero que ele seja como um lar para os amigos. Espero que ao menos algum deles se disponha a passar a madrugada se embebedando e tendo conversas de amigo (uma coisa cada vez mais rara entre as pessoas).

PS: dia desses, juntamos alguns amigos e, após um jantar preparado pelas mãos habilidosas do anfitrião Rogério, decidimos partir para o "banquinho e um violão". Depois para um bom papo que se estendeu até quase 3h! Nestes momentos, só posso agradecer a Deus por simplesmente vivê-los. Um trechinho (mal gravado, diga-se de passagem!) deste encontro vai a seguir - muito mais como homenagem a todos os participantes do que propriamente como um registro.


2 comentários:

Unknown disse...

Foi muito bom!!!! A conversa foi muito boa tb!!
Realmente estes encontros são ótimos e só nos faz bem...
Beijos
PS: Acho que precisamos fazer um curso de canto hahahahahahaha

Rogério disse...

Acho que o jantar ficou melhor que o clip.eh eh.
Amigo(s) é coisa pra se guardar..... inclusive os maus tocadores de violão.
Voces estão grardados em nossos corações.