Durante o EBIF (Ericsson Business Innovation Forum)
realizado em novembro em Estocolmo, capital da Suécia, o chefe de pesquisa do ConsumerLab da
Ericsson, Michael Björn, apresentou um estudo
feito em setembro de 2014 com 9.030 usuários de smartphones de 15 a 69 anos em nove
cidades – Pequim (China), Nova Délhi (Índia), Londres (Inglaterra), Nova York (EUA),
Estocolmo, Paris (França), Roma (Itália), São Paulo e Tóquio (Japão),
representando 61 milhões de pessoas.
O objetivo foi saber quanto os cidadãos gostariam que suas
cidades fossem mais inteligentes diante de tecnologias já disponíveis.
Eis alguns resultados:
- 76% gostariam que sensores em espaços públicos avisassem via
smartphone quais áreas estão saturadas de veículos para evitá-las (em São Paulo
o índice é de 77%);
- 70% gostariam de ter um aplicativo que comparasse o seu consumo
de energia com o do vizinho (74% em SP);
- 66% queriam ter um aplicativo que informasse a qualidade
da água em tempo real (81% em SP).
“Quanto mais informados, melhores decisões pode-se tomar”,
diz Björn. A ideia é que quando os
cidadãos usam a Internet para se informar e tomar decisões mais inteligentes,
as cidades se tornam mais inteligentes também.
O estudo mostrou que há anseios distintos conforme o nível desenvolvimento.
“Délhi, Pequim e São Paulo têm os maiores
índices de predileção de utilização dos conceitos apresentados, enquanto Paris,
Londres e Estocolmo estão em níveis significativamente mais baixos. Por
exemplo: só 41% em Estocolmo - conhecida pela grande qualidade da sua água
- acham o checador de qualidade da água útil comparando com 92%
em Nova Délhi", cita Björn.
A pesquisa apontou outros “desejos”
dos usuários:
- 48% usariam um
aplicativo que fosse um sensor de postura corporal;
- 29% usariam um identificador biométrico para acessar
espaços públicos;
- 74% gostariam de conta com mecanismos de interação entre a
rua e o carro/bicicleta.
Um bom exemplo de ferramenta que ajuda o cidadão e torna as cidades mais inteligentes - e que foi citado no EBIF - é o Waze. Trata-se de um aplicativo de smartphone que indica as condições do tráfego em tempo real, aponta os melhores caminhos e as ocorrências no trânsito (como radares e acidentes). Detalhe: ele é abastecido de informações pelos próprios usuários e virou ferramenta essencial em metrópoles como São Paulo.
Ainda conforme o estudo, os usuários manifestaram que a informação gerada por
eles via aplicativos deve ficar sob tutela das autoridades. Segundo o estudo, tráfego
e formas de comunicação com as autoridades são as maiores demandas.
O ConsumerLab existe há 20 anos e estuda comportamento e os valores
do consumidor.
* Leia também:
- No EBIF, o retrato de uma revolução
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