(...) A história é mesmo, como diria um colega de Ricardo
3º, um conto sem sentido, cheio de som e fúria, mas ela é bonita ou mesmo
sublime quando, por algum milagre, ela se torna concreta (...). Este é o poder do manuscrito: ressuscitar os
corpos, pelo gesto da mão que persiste, inscrito na forma das letras.
É primavera, época tradicional de limpeza. Doe as velharias
que você não usa mais, mas, por favor, não jogue fora levianamente cartas e
papéis manuscritos.
Fonte: Contardo Calligaris, “O som, a fúria e as cartas”,
Folha de S. Paulo, Ilustrada, 31/10/13.
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