“Eu andava acabrunhado e só
Perdido e sem lugar
Feito um galho seco
Arrastado pelo temporal”
Perdido e sem lugar
Feito um galho seco
Arrastado pelo temporal”
(“Galho Seco”, de Zé Geraldo)
Às vezes esquecemos que somos a prova empírica das nossas próprias teorias.
Por que, afinal, a vida nos deixa sem amparo justamente quando estamos desolados, destruídos, machucados?
Por que não encontramos ninguém quando mais precisamos? Por que a procura é em vão?
Por que faltam mãos, ombros e sorrisos quando tudo parece escuridão, silêncio e vazio?
Por que só ouvimos o nada quando precisamos de uma palavra?
Estou a pouco mais de 20 dias de uma aventura e agora me sinto sem coragem para enfrentá-la, sem vontade até, talvez...
Perdido num vale de tristezas. À beira de um precipício de incertezas. Mergulhado num rio de ilusões.
Tão perto e tão longe. De tudo e de todos.
Neste momento sobrevivendo. Simplesmente isto.
Tão somente assim.
E não encontro nada, e não ouço nada, e não vejo ninguém.
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