domingo, 18 de dezembro de 2011 | |

Um time espetacular!

Tive a oportunidade de ver ao vivo, in loco, essa máquina de jogar futebol chamada Barcelona. Foi em 7 de janeiro de 2007, em Getafe, cidade localizada na grande Madrid. A partida, num domingo bastante frio e de muita neblina, valia pela Liga Espanhola.

Naquela época, a base do Barcelona já era a que o time tem hoje, com uma diferença fundamental: o grande nome daquela equipe era um brasileiro, Ronaldinho Gaúcho; hoje, é um argentino, um tal Lionel Messi.

Ronaldinho não participou daquele confronto contra o Getafe, um time mediano no futebol espanhol, algo como o Barueri ou o São Caetano no Brasil.


O que vi em campo foi um jogo muito disputado, com uma leve vantagem para o Getafe, que abriu o marcador. O Barcelona apresentava um futebol burocrático, de pouca inspiração. Conseguiu o empate numa cobrança de falta de Xavi, já num momento em que quase nada se via do campo em razão da neblina que baixou no gramado. Eu mesmo praticamente não vi o gol, já que estava no lado oposto.

Tivesse o Getafe um atacante de melhor qualidade e poderia ter vencido aquela partida. Ficou mesmo no 1 a 1. "Esse time do Barcelona me decepcionou, levou um baile do Getafe", observei logo após a partida, com um certo exagero, confesso.

Naquela mesma temporada, vi na Espanha alguns outros jogos do Barcelona pela TV, todos igualmente burocráticos. Lembro-me de ter comentado com um amigo que me acolheu em Getafe: "Esse time do Barcelona é mais marketing do que futebol, não é nada disso não!"

De 2007 para 2011, alguma coisa mudou. Muita coisa mudou. Ao ver a final do Mundial de Clubes da Fifa nesta manhã, só um fato me veio à mente: o time do Santos de Pelé. Sempre ouvi meu pai contar historias daquela mágica equipe. Obviamente, não os vi jogar, Pelé & cia. Sempre quis, porém, entender o que era aquela equipe. 

Ainda antes de terminar o primeiro tempo da final do Mundial de Clubes, levantei e fui ao quarto ao lado: "Pai, aquele time do Santos era parecido com este time do Barcelona?", questionei.

Meu pai comentou que a geração de Pelé tocava a bola com mais rapidez. Ainda assim, vi nos olhos do "seu Marabá" a admiração por ver um time que sabe jogar futebol, este Barcelona. E meu pai não é daqueles que cedem fácil ao elogio para o futebol atual (pelo contrário!).

Eu, com 20 minutos de jogo em Yokohama, já estava estupefato. Depois de ver o Barcelona fazer tudo o que já fez, não sei porque ainda resistia ao futebol da equipe catalã. Não sei porque não cedia à obviedade. Provavelmente por pura teimosia. Ou por imaginar que faltava o teste final contra o badalado Santos.

Pois não falta mais. Não falta mais nada. Eu me rendo! Este Barcelona é simplesmente espetacular!!! "É inacreditável como esses caras jogam bola!", comentei com meu pai.

Sim, é inacreditável, mas é real. Ou melhor, é Barcelona!

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