As mortes por acidentes de trânsito deixaram um prejuízo estimado de pelo menos R$ 22,113 milhões este ano, em Limeira. O valor tem como base o custo médio por morte em acidente – de R$ 567 mil - calculado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão ligado ao governo federal.
Até novembro, a cidade registrou 38 casos de homicídio culposo (sem intenção) por acidente de trânsito. Como houve mais uma morte no trânsito em dezembro, chegou-se ao valor de pouco mais de R$ 22 milhões.
Os dados de acidentes são da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) e podem ser vistos aqui. Eles consideram apenas as mortes ocorridas no local do evento. Um levantamento paralelo feito pelo jornal “Gazeta de Limeira”, e que considera também as mortes ocorridas no hospital e nas rodovias que cortam o município, apontou 36 vidas perdidas só no primeiro semestre deste ano (leia aqui).
Considerando o levantamento do jornal, Limeira registrou nos últimos dez anos uma média anual de 53 mortes no trânsito. Isso significa um prejuízo acumulado em uma década de incríveis R$ 300,5 milhões em valores atualizados – o que representa 40% do orçamento do município para 2012.
O custo por morte em acidente estimado pelo Ipea leva em consideração despesas diretas - como as de socorro, atendimento hospitalar e danos aos veículos - e também indiretas, como a perda de produção (que representa 60% do prejuízo) por morte ou incapacidade permanente.
Em todo o Brasil, segundo reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, o custo dos acidentes este ano deve chegar a R$ 14,5 bilhões. O valor considera só as ocorrências nas estradas federais. Até agosto, foram 4.768 acidentes com mortes, 43.361 com feridos e 79.430 sem feridos (leia mais aqui - é preciso ter senha do jornal ou do UOL).
Já Limeira registrou 1.735 lesões por acidentes de trânsito este ano, até novembro (média superior a cinco por dia), conforme os dados da SSP.
O Brasil ocupa a quinta posição no ranking mundial de mortes por acidentes de trânsito, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Em agosto, o país chegou a propor um plano nacional para redução dos acidentes. Ele deveria entrar em vigor em setembro, mas até agora praticamente nada foi feito (leia mais aqui).
Acima e além de qualquer estimativa, porém, existem famílias que choram a perda de entes queridos. Pais quer perdem seus filhos, filhos que ficam órfãos, perdas que comprometem a renda da família, o futuro e os sonhos das pessoas. É, antes de tudo, isto que deve pesar, muito mais do que qualquer custo.
Só para se ter uma ideia da gravidade da situação, o trânsito representa, disparadamente, a principal causa de morte violenta em Limeira. Morreram em acidentes este ano mais que o dobro de pessoas do que em assassinatos (que apresentaram 16 vítimas até novembro, incluindo um latrocínio, de acordo com a SSP).
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