"Reivindica o teu direito sobre ti mesmo e o tempo que até hoje foi levado embora, foi roubado ou fugiu, recolhe e aproveita esse tempo. Convence-te de que é assim como te escrevo: certos momentos nos são tomados, outros nos são furtados e outros ainda se perdem no vento. Mas a coisa mais lamentável é perder tempo por negligência. Se pensares bem, passamos grande parte da vida agindo mal, a maior parte sem fazer nada, ou fazendo algo diferente do que se deveria fazer.
(...) Aproveita todas as horas; serás menos dependente do amanhã se te lançares no presente. Enquanto adiamos, a vida se vai. Todas as coisas, Lucílio, nos são alheias; só o tempo é nosso."
(Sêneca, em “Aprendendo a viver”, L&PM Pocket, p. 15)
"Ah! Quando chegará o dia em que te darás conta de que o tempo não te pertence, em que serás tranquilo e sereno, despreocupado com o amanhã e satisfeito contigo mesmo! Queres saber o que faz os homens desejarem tanto o futuro? Nenhum é dono de si."
(Idem, p. 37)
"Nada é pior do que se indagar a propósito do que está por vir: 'Para onde isso vai me levar? Quanto tempo me resta e como será minha vida?' É isso que agita uma mente atemorizada.
Como fugir dessa inquietação? Há apenas uma maneira: não deixando nossa vida na pendência de um futuro incerto, mas que se concentre nela mesma. Em verdade, só se concentram no futuro aqueles que estão insatisfeitos com o presente."
(Idem, p. 116)
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