"Se tem uma coisa que acaba com a vida do homem, garoto, é a buceta."
Eduardo, investigador de polícia, personagem do escritor Roger Franchini no livro "Richthofen - o assassinato dos pais de Suzane" (p. 105)
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 15:50 |
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12 comentários:
Eita livrinho ruim. Cheio de erros conceituais (afinal o revólver de prado tinha 5 ou 6 balas?) e de gramática (revisores e editora comeram bola). Não conheço o autor portanto não posso julgá-lo mas penso que usou da notoriedade do caso para vender um romancinho furreca.
É, tendo a concordar. Parece que quiseram aproveitar o "boom" do livro anterior - o "Toupeira", sobre a história do assalto ao Banco Central - para vender um novo título. Deixou a desejar.
Realmente, como relato da história apenas ofende aos vivos e mortos e como romance, obra literária, é um lixo. Não traz nenhuma novidade positiva apenas o espanto com a falta de cuidado da editora. Planeta se importa com sua reputação?
Cada livro tem seu leitor. Talvez prefiram o romance policial ternurinha-classe-media-vila-madalena, como há tantos por aí. Aproveitem para dizer diretamente ao autor o quanto odiaram a obra dele, e tenho certeza de que darão muitas risadas juntos:
https://www.facebook.com/franchini
Convenhamos se fosse um livro sobre qualquer outro assunto, com esse padrão de qualidade, seria publicado?
Bem, os dois livros estão vendendo muito bem, acima do parâmetro mercado brasileiro (acima dos 6 mil). Já está sendo preparado mais um para a série, e o parece que vem um filme baseado nele. Que editora não apostaria nisso?
O autor vive dizendo que não faz literatura para gênios, mas apenas diversão, entretenimento. Ele não é jornalista, e se sente ofendido quando o chamam assim, rsrs. Não escreve sobre o umbigo, sobre as dores da infância, das lembranças do pai cruel que abandonou a família quando criança, sobre as dificuldades de ver as nuvens num horizonte azul, blá blá blá...
Ocorre que o trabalho dele é novo no Brasil, não é o que vcs estão acostumados, e ele não escreve para o universo de vocês.
Acho que o que os incomoda é a maneira doentia e real como o Roger retrata a hipocrisia de segmentos da nossa sociedade, e no Richthofen a imprensa e os jornalistas são trazidos como apêndices, uma moeda no jogo político em que a polícia está enfiada. Ele mexeu num vespeiro: a classe média paulistana, mimada e conivente com a corrupção da segurança pública, que adora ler livro de policiais perfeitos, mas que infelizmente só existem no Projac. Difícil não se identificar com seus personagens.
Não se enganem: é literatura policial suja, barata e divertida, tão comum lá fora há séculos, mas que nunca foi por essas bandas. Sem policiais sofisticados que citam shakespeare ou ouvem músicia clássica. É o tira que atende no balcão do DP e que odeia a vítima, que te manda embora quando vc pretende registrar uma ocorrência.
Não conheço ninguém no Brasil com essa coragem de escrever. Nossa imprensa/cinema/literatura anda tão bunda-mole, que quando aparece alguém com uma obra tão intensa surgem essas reações negativas e simplórias (ofender os vivos e os mortos???), ignorando os motivos que fazem uma multidão gostarem do que ele escreve.
Só um registro necessário: quando disse que deixou q desejar foi tomando como referência o "Toupeira", que é intenso e surpreendente. Esta foi a base de comparação.
Concordo com o Rodrigo. Não que seja ruim mas quando comparado ao Topeira realmente deixa a desejar. Parece que foi escrito as pressas.
Bem, se foi escrito às presas, não sei. Talvez só o Roger consiga responder isso. Mas convenhamos, mesmo com todos os problemas técnicos da edição, ainda é muito superior ao que temos atualmente. Ele deve estar passando pela crise da segunda obra.
Olha aí quem é o público do livro: https://twitter.com/#!/LucianoHuck/status/156073038570471424/photo/1
Tudo bem Marcelo....melhor que uns pior que outros mas voce acha o livro, com todos os "problemas tecnicos", uma obra acabada? Acha que não tem o que melhorar? Perdoe minna crítica mas esperava uma filtragem, um padrão mais rigoroso na pré impressão.
É acabei de ler o livro e achei bem fraquinho. Não sei como ainda tão pensando em fazer roteiro dele. Devem estar apostando no gosto por sangue do brasileiro.
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