Há outros dias que não têm chegado ainda,
que estão fazendo-se
como o pão ou as cadeiras ou o produto
das farmácias ou das oficinas
- há fábricas de dias que virão -
existem artesãos da alma
que levantam e pesam e preparam
certos dias amargos ou preciosos
que de repente chegam à porta
para premiar-nos
com uma laranja
ou assassinar-nos de imediato.
(Pablo Neruda, "Últimos Poemas")
sábado, 3 de dezembro de 2011 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 08:00 |
"Esperemos"
Marcadores: Pablo Neruda, poema, poesia
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