O papa Francisco acertou o alvo ao escrever sua nova encíclica, a primeira que assina sozinho (a anterior foi feita a quatro mãos, já que fora iniciada pelo antecessor, o hoje papa emérito Bento 16).
Ao trazer a questão ambiental para o centro do debate religioso, Francisco mostra - como bem registrou o jornalista André Trigueiro em seu blog no G1 - ser "um homem à altura do seu
tempo, do seu cargo, e do discurso que vocaliza em favor de um mundo melhor e
mais justo".
É uma pena que encíclicas papais não passem de bons textos para reflexão. É uma pena que não ecoem nas práticas das nações, limitando-se a receber palavras elogiosas, porém sem efeito prático, dos governantes.
Não me arriscarei a comentar de modo mais profundo a nova encíclica. Primeiro porque não tenho conhecimento suficiente para isto. Segundo porque Trigueiro já o fez - certamente de modo muito mais competente que eu, porque antes de tudo é um conhecedor da causa ambiental.
Escreve o jornalista:
(...) O Papa explicita "a relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta ", num mundo onde o modelo de desenvolvimento concentra renda, polui o ar e as águas, agrava o efeito estufa e reduz a qualidade de vida das atuais gerações e, principalmente, das gerações futuras. Em resumo: o modelo vigente castiga o planeta e agrava a exclusão. (...)
Recomendo, portanto, a católicos e não católicos, cristãos e ateus, lerem com atenção a análise feita por Trigueiro. E, a quem se interessar, a leitura da própria encíclica.
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