(...) Ao contrário de outros defensores do humor sem patrulhas, não vejo o politicamente correto como o inimigo a ser esmagado. Prefiro descrevê-lo como o efeito colateral de um movimento civilizador, que foi a mobilização da sociedade para conter seus impulsos racistas e sexistas. É claro que o fato de o PC (politicamente correto) ter uma origem bacana não elimina a necessidade de combater seus exageros.
Se há algo tão ruim quanto uma pilhéria de gosto duvidoso, é perder a capacidade de rir das incongruências do mundo. A diferença é que, enquanto a primeira tende a ser resolvida com o silêncio que reservamos às piadas sem graça, a falta de humor priva a vida de seus sabores.
Fonte: Hélio Schwartsman, "Juventude carrancuda", Folha de S. Paulo, Opinião, 13/8/14, p. 2.
quinta-feira, 14 de agosto de 2014 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 10:07 |
Sobre o politicamente correto
Marcadores: comportamento, Hélio Schwartsman, sociedade
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