(...) "Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos
e molhados." A célebre definição de Millôr Fernandes não representa um
elogio da imprensa militante, mas uma constatação básica, cuja relevância
aumenta na razão direta do crescimento dos gastos publicitários governamentais:
o jornalismo independente sempre dirá aquilo que não interessa ao poder de
turno. (...)
"Deem-me a liberdade de conhecer, de pronunciar e de
debater livremente, de acordo com minha consciência, acima de todas as
liberdades", escreveu John Milton em 1644 no "Areopagitica", que
solicitava ao Parlamento inglês a anulação da exigência de licença oficial para
imprimir. O panfleto de Milton está na origem da liberdade de imprensa e da
aventura histórica do jornalismo. (...)
Fonte: Demétrio Magnoli, “O nome de um jornal”, Folha de S. Paulo, Poder, 24/5/14.
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