Descobri na escrita muito mais que um hobby, uma verdadeira terapia. É
isto que o ato de escrever se transformou para mim – e olha que o tinha como
ofício.
Da mesma forma que a leitura, a escrita tem me permitido expandir o
pensamento e as ideias e expô-las.
Sei que tudo isto é óbvio, desde os princípios dos tempos a escrita
serve exatamente para isto, como registro de pensamentos e ideias – sejam
manifestações legais, filosóficas, religiosas ou de qualquer outro tipo.
O que pretendo dizer é que a escrita pode soar banal diante de um
sentido tão comum e imutável há milênios, mas para mim ela tem um valor
especial e excepcional.
Na solidão dos dias e das noites, escrever torna-se um diálogo meu com
um eu qualquer – às vezes um eu interior, outras vezes um eu imaginário, outras
vezes simplesmente o papel (ou a tela do computador).
A escrita talvez seja, junto do fogo, a criação humana mais fantástica
dos tempos antigos (porque nos tempos modernos creio que nada irá superar a
Internet e tudo o que ela possibilitou e possibilita e tudo o que dela decorreu
e decorre). Talvez seja algo comparável à aviação, que tal qual a rede mundial
de computadores ajudou de modo definitivo a reduzir distâncias, tornando o
mundo menor.
E por que falo da escrita (ou escrevo sobre ela)? Por nada
especificamente que não a vontade de escrever.
Confesso, porém, que esta postagem foi inspirada em outra, do jornalista
Zeca Camargo, intitulada “Serendipidade”. Para quem não sabe, trata-se resumidamente
da capacidade de algo nos levar de um assunto a outro, meio que ao acaso (ou de
modo aleatório, quase caótico), o que faz magistralmente a Internet.
“Onde mais você pode se perder em informação, em associação de ideias, em caminhos soltos que sempre te levam a algum lugar?”, escreveu o jornalista.
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