(...) Com reportagem, é possível desmontar estereótipos, esvaziar
teorias frágeis e ajudar o leitor a se posicionar em meio ao tiroteio
ideológico. Só que precisa gastar sola de sapato e chegar às franjas da cidade,
mesmo quando não há chacina ou desabamento.
Em um texto muito lúcido, o ex-repórter da "Folha" Leandro
Beguoci, criado em Caieiras, resumiu a questão: "Na área delimitada pelos
rios Tietê e Pinheiros, a periferia ainda é um sujeito desconhecido. É uma
espécie de Cazaquistão que fala português".
Já passou da hora de a "Folha" investir
para ampliar as fronteiras da sua cidade-sede.
Fonte: Suzana Singer, “Enrolados”, “Folha de S. Paulo”, Ombudsman, 19/1/14.
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