quarta-feira, 15 de janeiro de 2014 | |

A escrita, uma terapia

Descobri na escrita muito mais que um hobby, uma verdadeira terapia. É isto que o ato de escrever se transformou para mim – e olha que o tinha como ofício.

Da mesma forma que a leitura, a escrita tem me permitido expandir o pensamento e as ideias e expô-las.

Sei que tudo isto é óbvio, desde os princípios dos tempos a escrita serve exatamente para isto, como registro de pensamentos e ideias – sejam manifestações legais, filosóficas, religiosas ou de qualquer outro tipo.

O que pretendo dizer é que a escrita pode soar banal diante de um sentido tão comum e imutável há milênios, mas para mim ela tem um valor especial e excepcional.

Na solidão dos dias e das noites, escrever torna-se um diálogo meu com um eu qualquer – às vezes um eu interior, outras vezes um eu imaginário, outras vezes simplesmente o papel (ou a tela do computador).

A escrita talvez seja, junto do fogo, a criação humana mais fantástica dos tempos antigos (porque nos tempos modernos creio que nada irá superar a Internet e tudo o que ela possibilitou e possibilita e tudo o que dela decorreu e decorre). Talvez seja algo comparável à aviação, que tal qual a rede mundial de computadores ajudou de modo definitivo a reduzir distâncias, tornando o mundo menor.

E por que falo da escrita (ou escrevo sobre ela)? Por nada especificamente que não a vontade de escrever.

Confesso, porém, que esta postagem foi inspirada em outra, do jornalista Zeca Camargo, intitulada “Serendipidade”. Para quem não sabe, trata-se resumidamente da capacidade de algo nos levar de um assunto a outro, meio que ao acaso (ou de modo aleatório, quase caótico), o que faz magistralmente a Internet.

“Onde mais você pode se perder em informação, em associação de ideias, em caminhos soltos que sempre te levam a algum lugar?
”, escreveu o jornalista.

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