(...) Vivemos num
estágio de civilização em que já não se admitem mais algumas modalidades de
discriminação racial e social. É verdade que ninguém advoga pelo direito de
mendigos frequentarem shoppings, mas revolta-nos pensar que pessoas sejam
impedidas de entrar num deles apenas em virtude da cor de sua pele ou de seus
rendimentos. Exigimos certa igualdade jurídica entre cidadãos.
(...) A moral da história é que liberdade e igualdade,
embora tenham inspirado a Revolução Francesa, são princípios incongruentes. Se
os agentes são livres para buscar seus interesses, alguns acumularão mais bens
do que outros e darão tratamento privilegiado a seus familiares, amigos e
clientes, o que mina, na teoria e na prática, a ideia de igualdade.
Fonte: Hélio Schwartsman, “Folha de S. Paulo”, Opinião, 21/1/14, p. 2 (íntegra aqui).
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