segunda-feira, 17 de dezembro de 2012 | |

Um desafio a Hadich (e aos novos prefeitos)

Num momento em que a eficiência das administrações públicas Brasil afora é colocada em xeque, seria de bom grado propor ao futuro prefeito de Limeira (e aos correspondentes em cada cidade) um desafio: melhorar os índices de qualidade de vida das cidades durante a gestão.

Isto significa que, em quatro anos, o prefeito deveria reduzir os índices de criminalidade, manter estável (se for um índice adequado) ou melhorar a taxa de mortalidade infantil e o desempenho das escolas nos exames de avaliação.

Em qualquer empresa, gestores trabalham com números e metas. Se não os cumpre, é demitido.

Ora, um governante nada mais é que um funcionário responsável pela gestão – de uma cidade, de um estado, do país. Por que, então, diante de números precários da segurança, educação e saúde ainda damos a eles novos mandatos? Deveria ser quase que automático: os índices pioraram, administração reprovada.

Naturalmente, há uma série de fatores que implicam em aumento da violência (área de controle prioritariamente estadual), por exemplo. Isto, contudo, não impede a sociedade de estabelecer metas e cobrar.

Como não é possível demitir o gestor-governante tal qual numa empresa, ao menos na próxima eleição o cidadão teria mais e melhores elementos para avaliar a administração e decidir se dá ao candidato um novo mandato ou não.

De certo modo, pode-se dizer que o eleitor já dispõe destes elementos para avaliar um candidato na medida em que sente na pele a piora dos índices de segurança, saúde e educação. É meia verdade.

Primeiro porque a possibilidade de acesso à informação e o nível de acesso à informação no Brasil ainda são precários.

Segundo porque a fixação de metas criaria um comprometimento mais efetivo do administrador com o resultado de seu governo.

E aí, será que os futuros governantes topam o desafio?

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