Num momento em que a eficiência das administrações públicas
Brasil afora é colocada em xeque, seria de bom grado propor ao futuro prefeito
de Limeira (e aos correspondentes em cada cidade) um desafio: melhorar os
índices de qualidade de vida das cidades durante a gestão.
Isto significa que, em quatro anos, o prefeito deveria
reduzir os índices de criminalidade, manter estável (se for um índice adequado)
ou melhorar a taxa de mortalidade infantil e o desempenho das escolas nos
exames de avaliação.
Em qualquer empresa, gestores trabalham com números e metas.
Se não os cumpre, é demitido.
Ora, um governante nada mais é que um funcionário
responsável pela gestão – de uma cidade, de um estado, do país. Por que, então,
diante de números precários da segurança, educação e saúde ainda damos a eles
novos mandatos? Deveria ser quase que automático: os índices pioraram,
administração reprovada.
Naturalmente, há uma série de fatores que implicam em
aumento da violência (área de controle prioritariamente estadual), por exemplo.
Isto, contudo, não impede a sociedade de estabelecer metas e cobrar.
Como não é possível demitir o gestor-governante tal qual
numa empresa, ao menos na próxima eleição o cidadão teria mais e melhores
elementos para avaliar a administração e decidir se dá ao candidato um novo
mandato ou não.
De certo modo, pode-se dizer que o eleitor já dispõe destes
elementos para avaliar um candidato na medida em que sente na pele a piora dos
índices de segurança, saúde e educação. É meia verdade.
Primeiro porque a possibilidade de acesso à informação e o
nível de acesso à informação no Brasil ainda são precários.
Segundo porque a fixação de metas criaria um comprometimento
mais efetivo do administrador com o resultado de seu governo.
E aí, será que os futuros governantes topam o desafio?
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