Na última quarta-feira, ministrei minha penúltima aula para a turma do quinto semestre de Jornalismo do Isca Faculdades, em Limeira. Era praticamente o encerramento da disciplina Jornal-Laboratório 2 (a próxima aula terá um bate-papo com profissionais da imprensa e depois os exames). O tema era Jornalismo 2.0 e as novas tendências de interação do jornal impresso com a web.
Obviamente, uma aula assim exigia algo diferente. E eu coloquei em prática duas ideias que tivera um dia antes. Depois de um ampla discussão com os alunos sobre várias questões envolvendo a web 2.0, decidi provocá-los. Pedi que opinassem sobre um determinado tema numa ferramenta 2.0 - um blog. Ao invés de seguirmos a discussão em classe, fizemos isso via web. Foi fantástico! Muitos deles se entusiasmaram.
A questão posta foi: "Ante as discussões a respeito da web 2.0 e as novas oportunidades e ferramentas para o jornalismo, qual a sua opinião sobre a sobrevivência dos jornais impressos? A web 2.0 será mesmo capaz de tomar o lugar deles? E o texto jornalístico, muda?"
Também decidi gravar em vídeo uma interessante discussão - surgida entre os próprios alunos - sobre uma possível passividade do leitor. O resultado disso tudo você pode ver logo abaixo e nos comentários desta postagem.
quarta-feira, 27 de maio de 2009 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:50 |
Aula 2.0
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29 comentários:
Que o jornalismo impresso está diminuindo é fato, porém é uma forma um pouco radical falar que ele está em extinção. A rede de internet esta dominando os leitores, mas não irá banir de vez o jornal impresso, pois há muitos leitores que ainda preferem e aderem o jornal que dura 24 horas, na integra e que trás tudo sobre tal assunto. O jornalismo digital é muito eficaz e apropriado, mas não em todos os aspectos, pois nela há muitas falhas freqüentes, que no impresso ocorre com menor hábito.
Na verdade pode até parecer um comentário meio agressivo e perturbador,mas acho que o jornal impresso já durou mais do que deveria.
É engraçdo como o jornalismo na internet é tratado como "chulo". Ao analisarmos bem,duvido que iriam diferir muito do impresso, se realmente o fossem tratado com o mesmo empenho.
Sei que alguns dinossauros do jornalismo irão dizer que o impresso é onde se aprofunda o texto e a internet é simplesmente um poço onde são jogadas as manchetes. Mas pra que serve as revistas? Não são para um aprofundamento das notícias?
Eu acho que poderiamos viver bem com revistas e jornalismo digital. E se você quer ler no banheiro? leve seu notebook, e melhor, pode ler ouvindo até mesmo uma trilha sonora.
Como citado em aula, estamos vivenciando um momento de transição, onde tudo pode parecer confuso e obscuro para que passa. Ter essa percepção de como o mundo era, como ele está e o que ele pode se tornar nos deixa em uma situação difícil para julgar.
Diante da discussão da primeira aula, a conclusão que tenho é que os meios estão se modificando, mas não tenho a certeza sobre a extinção do impresso. Acredito que a possibilidade maior é de que estes se moldem para se complementarem.
A interação promovida pela web 2.0 permite ao usuário expor o seu mundo, que talvez jamais fosse descoberto enquanto não houvesse essa possibilidade de interagir. E vai além disso, o leitor que for de fato participativo pode se relacionar com a informação e com outros usuários que dela compartilham.
Vendo a situação dos jornais dos EUA e da Europa, não consigo ser hipócrita de defender com unhas e dentes a perpetuação dos impressos. O Brasil caminha alguns passos atrás desses países. Podemos estar em desenvolvimento, mas isso não é o mesmo que ser um país desenvolvido como estes que hoje sofrem com a queda na circulação são.
Como podemos prever se alcançaremos os mesmos níveis ou seguiremos os mesmos passos dos países desenvolvidos? Talvez essa possa ser a chance do Brasil trilhar um caminho diferente rumo a um fim diferente desses jornais.
Concordo com o texto de Carlos Eduardo Lins da Silva, quando afirma que é melhor perecer do que sobreviver às custas do governo. Principalmente nas aulas da professora Rose, no primeiro ano de curso, nos era destacado que a independência de um jornal, depende diretamente de sua independência financeira. Dia desses o professor Heitor também relacionou a independência de um jornal a um jovem que apesar dos seus 18 anos ainda vive com os pais. Enquanto este não tem sua independência financeira "não pode dizer/fazer o que quer".
O jornalismo digital X jornal impresso é uma discussão que permanece em constante questionamento, levando em conta os pontos positivos e negativos dos dois meios podemos abrir uma ampla gama de possibilidades.
O que seria mesmo relevante nesta discussão seria a responsabilidade e o comprometimento que os jornalistas tem em produzir informação de forma concisa e direta.
A informação é uma ferramenta que é criada a partir dos meios de comunicação. O jornal impresso não desaparecerá tão cedo tampou a web dominará a imprensa.
Concordo. E falando ainda do texto de Carlos Eduardo Lins, realmente com a crise, assim como no mercado como um todo, o risco de se perder o emprego está presente. As redações consequentemente tem de demitir, e com o assombro de os jornais impressos desaparecerem isso fica cada vez mais complicado.
Temos de pensar que muitas são as pessoas que ainda acordam e pelo menos passam o olho pelas notícias do jornal na mesa do café.
O poder público mesmo, se preocupa com o que será publicado no dia seguinte sobre um anúncio feito por ele (o poder público) no dia anterior.
Além disso, na internet, o conteúdo pode ficar comprometido. A informação na web é mais passível de erros. Está certo que a correção também é mais rápida, e no impresso isto se torna mais difícil, no entanto, no impresso o tempo de apuração de determinado dado é maior e por tanto a chance de errar é menor.
A ânsia pelo furo de reportagem se acentua nas notícias postadas na internet. E embora muitas pessoas realmente não tenham tempo de parar para ler um jornal, e ficam o tempo todo em frente ao computador, a essência do jornal impresso ainda continuará na minha opinião.
O que realmente importa no jornalismo é a qualidade dos textos.Se a notícia for boa e bem escrita sempre terá quem leia, independente do meio em que é veiculada.
Uma mídia não substitui a outra, como a televisão não substituiu o rádio, a web não vai roubar o lugar do jornal impresso.
Quem faz o jornalismo, apurar os fatos, escolher as fontes, é um jornalista. Aquele que só posta sem critérios apenas se expressa, liberdade.
Beatriz
O meio não é a mensagem. A informação é a mensagem. É lógico que o meio determina a dinâmica da informação e sua relação com o público-alvo. Não sou apocalíptico a ponto de endossar a sentença de morte do jornalismo impresso. Mas também não sou tão integrado às novas tecnologias na transmissão precisa da informação. A necessidade de informação rápida pela web resulta na imprecisão de dados, conforme o ombudsman da Folha comprova em sua coluna. Isso é comum nas coberturas dos noticiários na internet. o diálogo entre webjornalismo e jornalismo impresso é inevitável. O primeiro lança sugestões de pauta para notícias mais aprofundadas que serão lidas nas páginas impressas no dia seguinte. Por sua vez, os blogueiros se alimentam das informações do jornal impresso para fazer suas análises/suas críticas. A rapidez pode determinar, no caso da web, a qualidade do texto, a profundidade do que é produzido. É claro que bons textos são possíveis no cyberuniverso assim como maus textos ocorrem no jornalismo impresso. Os suportes coexistem - ou tentam coexistir - cada um defendendo suas peculiaridades e vantagens, buscando amparo e sustentação no mercado (e nas publicidades). É preciso, como defende o ombudsman, cuidar para que, independente do meio de veiculação, o compromisso com a responsabilidade seja mantido. - Henrique Andrielli
Com um olhar sutil, parece fácil chegar a conclusão que a web é um meio de comunicação mais democrático, diversificado e tem todas as vantagens usadas como argumento por Steven Johnson contra Paul Starr. No entanto, nada é tão simples como se parece. Todos os contra-argumentos usados por Paul são extremamente relevantes, em especial o que diz que a web usa como fonte primária os jornais. Qual será o futuro dos meios de comunicação? Difícil saber, mas acredito que os dois meios se completam e, que a web apesar de ter toda liberdade a seu favor, precisa ser organizada para que funcione. Afinal, ninguém quer se informar através de notícias mal feitas jogadas ao vento. Nesse ponto, acredito na força dos jornais!
Será que o jornal impresso já durou mais do que devia, realmente? Ou será que a transição da leitura impressa em papel para a leitura expressa na tela não ocorreu de forma tão rápida que sequer tenha sido possível criar o hábito de leitura para o veículo antigo e nem mesmo vencer, até o momento, o deslumbramento com as novas possibilidades midiáticas? O dinossauro ruge...
A web não é capaz de substituir o jornal impresso, pois nele há um maior tempo de investigação para realizar a matéria, diferentemente da web é que tudo mais ágil. Assim sendo, muitas vezes as matérias saem com erros e incompletas, o que já é mais difícil de ocorrer no impresso, devido ao tempo de um dia para pesquisar e verificar corretamente sobre o assunto. Além do que é mais confortável ler uma matéria em um jornal impresso, pois é complicado ficar muito tempo na frente de um computador que cansa muito a vista.
A crise que os jornais impressos enfrentam atualmente é por falta de inovação, como já defendeu Ricardo Noblat em a Arte de fazer o jornal diário. Mudar é necessário, e isso também se aplica aos jornais. Cada formato de mídia possui um perfil específico.
É nesse contexto, que o radio se adaptou a TV, como o jornal precisa se adaptar a internet, indicada para leituras rápidas e imediatas.
Na realidade as redações precisam repensar o papel que o jornal impresso deve desempenhar na sociedade atual, e assim descobrir seu caminho, paralelo a internet.
Uma vez que a web é capaz de "abrigar" todo tipo de mídia, acredito que existe uma grande possibilidade de o jornal impresso ser extinto, já que os profissionais qualifiados que atuam nos jornais podem se dedicar à plataforma web. Acredito que a discussão só existe por uma questão comercial. A ideia de cobrar serviços pela internet ainda é indigesta aos internautas assíduos. O fim dos jornais pode provocar uma perda financeira, mas isso não significa o fim do jornalismo com qualidade. Quando a discussão for realmente direcionada à qualidade e somente ela, é que o jornalismo ganhar, ou perder.
Ao meu ver os jornais impressos conseguirão resistir, mesmo que capengando. Mas é claro que terá que se adequar a toda essa revolução que o mundo está presenciando, até porque, não entra em minha cabeça aceitar a idéia que profissionais da área de jornalismo sejam “trocados” por pessoas conectadas à web sem a mínima noção teórica de como passar e checar uma informação corretamente.
Acho muito democrático a liberdade que a web 2.0 proporciona às mais diferentes visões e pontos de vista, mas o poder de checagem e apuração dos fatos feitos por profissionais das mais variadas áreas do jornalismo não pode ser subjugado e substituído por pessoas despreparadas. Fazendo uma comparação... Imagem um blogueiro qualquer postando um furo jornalístico? Qual a credibilidade dele? Ele é independente? Seria capaz de “competir” com profissionais formados?
Os jornais impressos são a fonte primária de notícias. Têm que se moldar a esta nova era e trazer o público para perto, democratizar o jornal, mas sem perder a sua “força” como fonte de informação trabalhada, aprimorada e feita por profissionais.
É desesperador parar para refletir sobre o futuro da nossa profissão. Não sei se seremos privilegiados por presenciarmos a mudança e a influencia da tecnologia nos meios tradicionais da forma de se fazer jornal, ou se sairemos prejudicados pela “guerra” de conteúdos instantâneos quase “jornalísticos”.
Mesmo com a falta de alguns princípios jornalísticos nos jornais, a maioria deles vistos como falta de tempo do jornalista principalmente pela velocidade da informação veiculada na internet, ele continua sendo a fonte para comentários em blogs, sites e para muitos leitores o jornal é o meio que firma a veracidade dos acontecimentos.
Se os erros dos jornais comprometem a visão do leitor em relação ao jornal, grandes equívocos estão presentes a cada minuto na internet e tão pouco se comenta, os internautas estão cientes, e fazem acreditar naquilo que lhe convém e principalmente em grandes sites que conquistaram a sua confiança.
Dizer que o jornal impresso vai acabar não sei, que a web o substituirá, creio que ela o complementará, as pessoas não tem mais tempo para se informar vale a pena aproximar de forma “fast” e de qualidade a informação ao homem moderno.
Concordo assim com o trecho final do comentário da Luciana: “O jornal impresso não desaparecerá, tão pouco a web dominará a imprensa”.
É complicado saber o que irá acontecer com o jornal impresso daqui alguns anos, já que estamos constantemente em fase de mudanças.
Porém, é válido resaltar que cada mídia tem o seu espaço sim, a partir do momento que a notícia é dada de maneira correta com todo o conteúdo necessário, não há razão para um ou outro meio se extinguir.
Quanto a redução de mão de obra nas redações isso só contribui para diminuir a qualidade do impresso já que um profissional terá que acumular várias funções.
Realmente o mar não está para peixe quando o assunto é sobre a vida do jornalismo impresso. No entanto, mesmo fadado a esse triste destino, é interessante ressaltar que mesmo sendo crucificado, o jornal impresso, considerado uma midia convecional nos dias de hoje, e quem tem fortalecido ricamento, ou seja, estruturando a dieta do jornalismo on-line.
Assim sendo, me abdico de tentar explicar essa "migração" voraz do jornalismo impresso para a internet, e abro uma nova discussão que, talvez, pode ser considerada como uma resposta as indagações dos pesquisadores e tambem dos comunicadores: sera que o extermínio do jornalismo convencional (impresso, televisivo, radiofônico, revista, etc), afetará o desenvolvimento do trabalho do jornalismo na internet?
Talvez não, mas com certeza, pelos moldes de hoje, é salutar adiantar que chegará a vez - se não for muito tarde -, em que internet não terá a quem recorrer. Desta maneira, a sua adaptação com o suposto fim do jornal impresso, tão chicoteado pelos pelo insólito público pró jornalismo on-line, será complicado.
Trocando em miúdos, cabe, agora, o bom senso não somente dos grandes veículos em analisar essa problemática, mas também ao leitor, em impor sua realmente a sua opinião.
Uma questão muito complexa que preocupa muitos jornalistas e, principalmente, as empresas das mídias impressas. Como competir com a velocidade e o imediatismo que a web 2.0 oferece? Será que o jornal impresso acabará? Oh meu Deus é o fim?! Na verdade, um desespero, que em minha opinião, chega a ser tolo. Afinal, é algo simples, pois os jornais de amanhã se aprofundaram nas informações divulgadas na web hoje. Em contrapartida o “Monstro”, web 2.0, anunciará amanhã as manchetes que ele perdeu, mas que foram NOTÌCIA nos impressos. Na atualidade um não vive sem o outro, porque formam o casal perfeito.
Acredito que o impresso deixe de existir quando os carros voarem, como os aviões, e, ao invés, dos cachorros ocuparem um lugar nos lares, os robôs, com a inteligência de humano, sejam nossos bichos de estimação. Enfim, os jornalistas e as empresas de comunicação precisam se adaptar a web 2.0, para que quando as ruas das cidades forem pistas áreas, e o impresso sucumbir, possam estar empregados neste mercado.
Não acho que o jornal impresso possa ser substituído pela web 2.0. e assim ser extinto dos meios.A internet pode ser um meio mais rápido e barato de obter informações, mas nela você encontra mais erros o que já não ocorre com tanta frequencia num impresso.Concordo com o que a Karina disse, se o texto é bom, bem escrito ele será lido independente de onde ele ser vinculado.Um veiculo não substitui o outro.
Camila Paes Coelho
Adorei o rugido do dinossauro... rs
E concordo que de fato talvez nós achamos que as pessoas preferem a Web, quando na verdade não nos damos conta que na verdade nem se habituaram ao velho e bom jornal.
Quantas vezes já conversei com pessoas que são assinantes e se dizem leitoras de determinado jornal e quanto começamos comentar, você leu aquela matéria? E aquela? Simplesmente não sabem do que estamos falando.
Digo isso de jornais locais, que em geral, variam entre 16 e 20 páginas nos dias da semana. Enfim, aí que temos nossos empregos ameaçados, pelo fato de que não há leitores e sim olhadores de jornal.
Como leitor, gosto e leito todos os dias ainda meu velho e querido impresso. Não abro mão da qualidade investigativa das matérias que nele há! A integra que o jornal fornece aos seus assinates ou apenas leitores dominicais, não se compara com os da web. Ao contrário do jornal a internet tem apenas manchetes, o lead,e uma pincelada do contexto,sendo questionada ainda se é; contol C ou control V,só Deus sabe!
Com todo o respeito aos sites, mas para a web ser titulada como O veículo futuro de informação, anulando assim o impresso,Ah, vai ter que evoluí mais alguns anos!!!
Pois comparando ambas, a web terá que invetir muito mais, para dar e ter credibilidade de leitores exigentes e selecionados.Principalmente em matérias investigativas. Não tendo condição alguma de hoje ser um veículo de informação confiável.
Em sua discussão sobre a grade curricular de jornalismo, Eugenio Bucci fez várias considerações sobre a profissão e seu futuro. Pinço do texto o trecho que fala sobre a crise dos jornais internacionais:
"É preciso levar em conta, também, que a hora é das mais delicadas. A profissão vive uma crise séria, em pelo menos três níveis.
1. No primeiro, mais amplo, o lugar social do jornalismo foi posto em dúvida pelas dificuldades sucessivas e cumulativas por que vêm passando os jornais impressos no mundo inteiro. A internet substitui os leitores perdidos pelos meios impressos, é verdade, mas quem financiará o jornalismo independente? Até agora, pelo menos, as receitas dos sites informativos na rede mundial de computadores ainda não deram conta de suprir o que se perdeu nos jornais de papel e tinta. Postos de trabalho são fechados em ondas de demissão sucessivas. O modelo de negócio da imprensa precisa se redefinir e se reencontrar. Sem faturamento próprio, ele não dará conta de financiar o jornalismo independente, o que aponta para um mal-estar da própria democracia. Por isso é que é correto dizer que o lugar social do jornalismo foi posto em dúvida."
E finalizo com outro trecho, onde expõe seu ponto de vista sobre o papel/função da imprensa contemporânea:
"O meu ponto de partida é muito simples: a imprensa cumpre uma função indispensável à democracia - antes de atender a demandas de mercado. É para a democracia, portanto, que devemos perguntar o que ela espera do jornalismo. Nesse sentido, a formação dos jornalistas deve se organizar em torno do projeto de formar profissionais capazes de entender, criticar e exercer a fiscalização do poder, de modo independente, comprometida com a verdade dos fatos e com o livre trânsito das idéias e opiniões as mais diversas."
O jornalismo on-line tem sido o meu objeto de estudo tanto na graduação como na especialização. Até agora pude observar que a Internet não irá substituir o jornal, nem a TV, e muito menos o rádio. Num futuro não muito distante, é possível que o papel perca espaço para os “e-readers”, mas jamais substituirá a qualidade aplicada pela instituição jornalística em suas matérias. Essa, por sua vez, deve se aprimorar, assim como os jornais sempre fizeram ao longo dos anos, criando novos estilos de escrita, como foi o caso da “pirâmide invertida”.
Porém, é fato que algumas instituições serão “devoradas” pelas novas tecnologias. As sobreviventes serão aquelas que conseguiram manter a qualidade de suas reportagens e o respeito aos seus leitores. Enquanto as instituições jornalísticas, na briga pelo imediatismo e pelo furo, acreditarem que o leitor pode ser um “burro” passivo na era digital, jornais continuarão fechando as portas e os leitores permanecerão migrando para a Internet. Entretanto, daqui a alguns anos, teremos a certeza de que os bons jornais sobreviveram a essa crise de identidade: os que buscaram a verdade e a credibilidade junto ao leitor.
O fim do impresso esta fora de cogitação. Não é a Internet que está colocando os jornais em cheque, mas sim está onda chamada crise econômica mundial, isso se analisar a situação do prisma que jornalismo e publicidade dependem um do outro, que não existe publicidade sem leitor e não há redação que se mantenha sem anúncios.
O fato de a web manter-se inabalável à atual situação financeira mundial pode até preocupar, mas as características das duas mídias são diferentes, uma oferece mais credibilidade e exatidão, a outra, imediatismo e dinamismo, porém, a impressão que ainda se tem é de que os acontecimentos só são consolidados depois de publicados no impresso.
A ascensão continua da Internet é inevitável e necessária, porém, está longe de atingir os impressos, já que a maioria dos internautas não está atrás de informações do tipo que são publicadas nos jornais convencionais.
Ponto importante é o fato dos grandes jornais impressos também oferecerem o conteúdo impresso na internet sem custo ao leitor, também não é difícil notar que grandes empresas do Brasil fazem publicidade na versão on-line desses.
Callebe Bueno
Acredito em mudanças do impresso, por exemplo a tiragem. Mas, acho que a web 2.0 não pode substituir o jornal.
Pois, na internet você na maioria das vezes não sabe se quem criou aquele texto é realemnte aquela pessoa, se for desconhecida fica a dúvida.
Por mais que tenha a foto do jornalista, ele seja super famoso, o computador ainda é muito frio.
O jornal impresso passa mais segurança, são jornalistas que sempre estão ali.
A internet ainda permite muito material sem agregar valor algum, o impresso não permite isso.
As notícias podem até ser "de ontem" , mas são e sempre serão mais confiáveis.
O impresso não pega vírus, e nem abre espaço para fakes escreverem o que querem.
PS: Passa no meu blog, começi seguir suas ideias, começei a contar minhas histórias
Nos últimos anos a internet dominou o mundo jornalístico de uma forma inexplicável, afinal é um meio de comunicação dinâmico, rápido e acessível, mas não acredito que ela substituirá os jornais impressos. Também é sem sentido comparar as revistas com os jornais impressos, só de ler os dois veículos é possível perceber a grande diferença que eles possuem.
Na minha opinião o jornal impresso será diferente daqueles que conhecemos hoje, ele terá que suprir as novas necessidades, agora dizer que um dia deixará de existir parece ser radical demais.
Beijosmeliguem ;)
PS: Não existe nada mais gostoso do que acordar cedinho (durante a semana) e tomar café da manhã lendo as principais notícias do dia a dia publicadas em um papel!
Os alunos pediram para que eu postasse minha opinião. Então, aqui vai: se houvesse uma resposta definitiva, o portador dela estaria rico. A verdade é que o futuro é incerto - e isso, mais do que um suposto fim assegurado, é o que assusta e incomoda. Há uma fase de transição, cujo outro lado ainda é obscuro. A única certeza é que não dá mais para ignorar os avanços da tecnologia na área do jornalismo.
Olhando agora a raiz do problema, defendo uma tese: a de que os jornais estão em crise não só por causa da web, mas principalmente por dois fatores ligados unicamente a eles. 1) os jornais são mal administrados; 2) os jornais estão ruins. Hoje, é raro ver as reportagens de antigamente. Estas foram relegadas aos especiais e às edições de domingo (quando existem). No restante dos dias, prevalece um jornalismo burocrático, pouco analítico, declaratório, algumas vezes sensacionalista e de pouca investigação. E esse tipo de jornalismo pode ser encontrado mais facilmente nos meios eletrônicos.
Se for essa a competição, os jornais devem sim temer o futuro...
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