Ao ler o título desta postagem, você deve estar perguntando: o que tem a ver a eleição para a Prefeitura de São Paulo e a conquista de uma vaga de deputada pela primeira-dama de Limeira, Constância Félix (PDT)?
A resposta é: tudo!
A chamada “grande imprensa” tem noticiado nos últimos tempos as articulações de bastidores visando a eleição para a prefeitura paulistana em 2012. No campo da situação, as conversas giram em torno da manutenção da aliança PSDB-DEM que conquistou o poder há oito anos. Para tanto, há dois caminhos:
1) a candidatura do vice-governador Guilherme Afif Domingos, aliado de primeira hora do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, na fundação do PSD;
2) o racha da aliança e o lançamento de candidaturas próprias do PSD e PSDB.
No primeiro cenário, Afif seria cabeça de chapa e o PSDB indicaria o vice. A chapa teria apoio de Kassab e do governador Geraldo Alckmin (PSDB), mantendo a aliança. O grande problema é convencer o PSDB a abrir mão da disputa como cabeça da chapa. O tucanato tem quatro pré-candidatos e nenhum deles parece disposto a deixar o páreo em favor da aliança.
No segundo cenário, o PSD lançaria um candidato (Afif ou o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles) sem apoio dos tucanos. Neste caso, o PSDB entraria na disputa, o que exigiria a formação de um bom arco de alianças.
É neste momento que Constância pode se dar bem. Sabedor dos obstáculos internos que se apresentam, Alckmin está articulando para reforçar sua base aliada na Assembleia Legislativa e, consequentemente, a aliança eleitoral. Depois de atrair o PP de Paulo Maluf (a quem ofereceu o comando da CDHU, a companhia habitacional do Estado), o governador foca agora o PDT do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. Ambos já iniciaram as conversas, conforme relato recente do jornal “Folha de S. Paulo”.
Para contar com o apoio do PDT (o partido apoiou o PT na eleição de 2010 no Estado), Alckmin está disposto a oferecer um cargo no alto escalão. Ou seja, uma secretaria. Neste caso, é provável que um deputado estadual seja o escolhido. Isto abriria uma vaga na Assembleia para o primeiro suplente do partido, que vem a ser justamente Constância.
Não é à toa que o prefeito Silvio Félix (PDT) vem buscando, desde o início do ano, estreitar os laços com Alckmin após tecer duras críticas no ano passado ao “jeito PSDB de governar”, como este blog já mostrou (ver aqui).
Félix sabe que a vaga de Constância na Assembleia passa necessariamente pelo governador (ou pela disposição deste de “puxar” um deputado para o alto escalão do governo).
Independentemente do PSDB optar pelo cenário 1 ou 2, a aliança com o PDT segue em vista, já que a ideia inicial é reforçar o peso do partido para não ficar tão fraco nas negociações com o PSD.
Agora é esperar para ver como é que fica.
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