Limeira avança em diversas áreas, mas não deixa de
demonstrar um certo provincianismo irritante.
A ascensão de um novo grupo ao poder político da cidade
trouxe isto um pouco mais à tona.
Muitas das chamadas “forças vivas” da cidade e dos chamados “formadores
de opinião” sempre cobraram mudanças em setores da vida pública. Um exemplo? A
gestão da pasta de Esportes. Sempre ouvi dizer que a secretaria municipal da
área era tímida, para não dizer ineficiente. Sobravam queixas de todos os
lados.
Aí quando o prefeito resolve mexer, surge uma saraivada de
críticas.
Sei que o ser humano é resistente a mudanças, mas seria
muito exigir um mínimo de coerência daqueles que sempre cobraram isto?
Não estou defendendo pessoas, sequer conheço os novos
membros da pasta de Esportes e considero ainda cedo para qualquer avaliação,
mas não posso deixar de atribuir as críticas ao provincianismo.
Também não entendo a resistência à ocupação de calçadas por
bares e lanchonetes. Tampouco as restrições a alvarás de funcionamento em
alguns lugares que claramente se tornaram corredores de entretenimento, como a
avenida Saudades e a rua Farmacêutico Jacob Fanelli.
Que me perdoem todos que moram próximos (eu moro!), mas é
inaceitável que o desenvolvimento de uma cidade seja bloqueado em razão do
interesse de alguns.
Em qualquer lugar do mundo, cidades com entretenimento e
lazer desenvolvidos têm nas calçadas em frente a bares, padarias e lanchonetes
um saudável espaço de convivência coletiva – que, aliás, é a função primordial
das cidades, serem espaços de convivência.
Se há abusos, que se normatize, mas sou contra simplesmente
proibir que as calçadas sejam ocupadas.
Há lugares, como na avenida Maria Buzolin, onde o dono de um
bar fez melhorias no passeio público– inclusive com uma rampa para cadeirantes.
Lá, a calçada é larga e permite tranquilamente o uso por mesas e pedestres.
Mesmo assim, ele vem sendo cobrado por fiscais da prefeitura.
Será que Limeira pode definitivamente pensar grande? Até
quando o provincianismo vai prevalecer?
Nesta tarefa, a de mudar pensamentos e enfrentar
resistências, a participação do poder público (sendo mais direto, do prefeito)
é fundamental.
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