terça-feira, 8 de julho de 2008 | |

Sobre amigos

>>> Acabei de escrever uma série de coisas. Perdi tudo. Vou agora apenas resumir. Cansei por hoje.

>>> Não sei se repararam, mas fiz questão de não citar o nome de ninguém até agora. Achei que não tinha esse direito. No entanto, ao escrever um blog, a gente assume nossos pensamentos e impressões. E são apenas isso: nossos pensamentos e impressões. Portanto, já não vejo mal algum em citar nomes.

>>> É curioso, mas normalmente faço amizade com pessoas muito diferentes de mim. Isto é um enorme desafio (sim, é mais fácil lidar com o semelhante); ao mesmo tempo, tem sido uma enorme oportunidade de aprendizado e crescimento. Basta estar de coração aberto. Disse certa vez a um amigo que ele acostumou-se a ter amigos que pensavam como ele. É cômodo - e meritório até! Eu era a exceção. Não me sinto melhor nem pior por isso (embora, disse isso a ele, sentia-me incomodado com comparações).

>>> É óbvio que meus amigos me conhecem mais do que meus colegas. É óbvio que estes me conhecem mais do que as pessoas que cruzam comigo em alguma oportunidade. Há, porém, uma pessoa que convive com minhas angústias, tristezas e alegrias. Que sabe quando - e quanto - choro, o que muitos amigos não vêem; que sabe quanto e como me preocupo com as pessoas e quero ajudá-las, o que muitos amigos não vêem; que sabe quanto amo as pessoas que me querem bem, o que muitos não vêem. Seu nome é Mirele.

>>> Um amigo disse recentemente que eu sou uma nova versão do Rodrigo, o Ronilo. E que ele é a nova versão de si, o Dadrigo. Perfeito. Captou a essência do negócio. Felizmente - ou infelizmente - só nós compreendemos o que isso significa.

>>> Este mesmo amigo me disse que eu estou foda (em virtude deste blog). Não quero fazer tipo. Não estou fazendo tipo. Estou sendo sincero.

>>> Acho que um amigo - o mesmo citado acima - não tem noção de quanto aprendi e tenho aprendido com ele. Acho que ele pensa que, neste momento, eu tenho ensinado mais. Besteira. Talvez ele não saiba - ou até sabe, só não tem plena consciência disso - que o "novo Rodrigo" é muito fruto de seus pensamentos. Sou muito grato por isso e por encontrar pessoas assim na minha vida. Um dia serei grato a ele.

>>> É curioso como a amizade se fortalece ao considerar quanto o outro pode nos ensinar. Por isso estranho algumas pessoas mais fechadas - o diálogo aberto é uma fonte de aprendizado.

>>> Já escrevi demais e perdi o texto duas vezes. Por isso, vou encerrar escrevendo sobre um outro amigo. Discordo de algumas coisas que ele pensa (é normal). Discordo de alguns de seus atos (é natural). Acho que ele aposta sempre na negociação quando, às vezes, é preciso optar pelo confronto. Um dia, quem sabe, vou lhe dizer isto mais claramente - quando ele tiver paciência para ouvir, o que acho que hoje não tem. Este amigo, porém, tem algo essencial: caráter.

>>> Aliás, se há algo em comum entre estes e outros amigos, é o fato de serem pessoas fenomenais!!! E não é preciso nominá-los.

2 comentários:

Cris disse...

Aprecio muito blogs intimistas como o seu. Aposto que você está curtindo toda a semântica deste tipo de comunicação, além do natural prazer que é expor os pensamentos que normalmente ficariam relegados ao limbo da consciência.

kock vitta

Danilo disse...

Quatros coisas.
- Não são só os amigos que nos ensinam. Inimigos e até desconhecidos nos dão verdadeiras lições de vida.
- Seus amigos te conhecem melhor que teus colegas. Porém, ninguém te conhece mais que teus inimigos.
- Infelizmente poucas pessoas perceberam que você é um novo homem. Gostaria que algumas pessoas se interassem disso. Amigos, inimigos, desconhecidos e algumas pessoas que eu pensava conhecer.
- A amizade é uma troca. Exatamente por isso não há necessidade de gratidão entre amigos. A ajuda é mutua, sempre.