Acompanhei pela rádio Educadora, neste domingo, a cobertura pós-jogo do dérbi limeirense entre Internacional e Independente, válido pela Série A3 do Campeonato Paulista. O jogo terminou 2 a 0 para o Galo da Vila – para tristeza dos leoninos, que jogaram em casa (no Limeirão).
Uma derrota assim, num dérbi, por mais que o futebol limeirense esteja moribundo, mexe com os ânimos. E, naturalmente, o efeito colateral pelos lados da Inter não foram positivos. Atual presidente da equipe, o advogado e empresário Ailton Vicente de Oliveira manifestou à rádio seu descontentamento com as críticas que recebeu da torcida e de alguns conselheiros em razão do resultado da partida.
Ouvi parte da entrevista do dr. Ailton, como é conhecido. Ele reclamou que não tem apoio da prefeitura nem das empresas locais e dos conselheiros. Manifestou a vontade de deixar o cargo caso continue sem apoio (financeiro inclusive e, talvez, principalmente). Por mais de uma vez, destacou que nunca teve apoio algum da administração municipal, ao contrário do Independente.
É um direito do dr. Ailton reclamar da falta de apoio. Só não entendo porque ele, como presidente da equipe, permitiu que se colocasse na entrada do Limeirão, durante os jogos da Copa São Paulo de Juniores, em janeiro último, uma faixa que dizia justamente o contrário do que agora aponta: “Obrigado ao prefeito Silvio Félix pelo apoio”.
A faixa, aliás, foi alvo de comentários de torcedores. “Por que colocaram aquela faixa? Que apoio o prefeito deu?”, comentou um deles, sentado no degrau logo acima do meu, no Limeirão.
Das duas, uma: ou o dr. Ailton sabia da faixa e foi conivente com ela, de modo que sua crítica agora soa estranha, ou não sabia da faixa e permitiu que algum “puxa-saco” do então prefeito a colocasse lá (o que indica um certo desmando).
Em tempo: embora o atual presidente esteja mantendo (até onde se informa) os compromissos da Inter em dia, é preciso registrar que ele apareceu na cidade vindo de São Paulo com o intuito de lucrar investindo no Leão da Paulista.
Não há nada de ilegal nisso. Contudo, não se pode tirar de foco que ninguém foi atrás dele na capital, onde atua como empresário na famosa – e polêmica - feira da madrugada, no Brás. Foi ele que procurou a Inter (até o estatuto do clube foi alterado para que ele pudesse se tornar presidente). Logo, questionar a falta de apoio financeiro me parece injustificável (ou ele desconhecia a real situação financeira da Inter e o custo de se manter uma equipe de futebol quando se apresentou com a intenção de comandar o clube?).
PS: presidente do Conselho Deliberativo da Inter, o jornalista e empresário Wagner Barbosa tentou colocar panos quentes nas declarações do dr. Ailton. Disse à Educadora que o conselho não aceitaria um pedido de renúncia do atual presidente e que as críticas a ele são injustas.
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