O ex-diretor da Petrobras
Paulo Roberto Costa já está em sua casa, no Rio de Janeiro. Ganhou o direito de
trocar a cana dura pela prisão domiciliar graças ao suor do seu dedo indicador.
Chama-se Beatriz Cattapreta a advogada do delator. Nas palavras da doutora, o
destampatório do seu cliente, mantido em segredo, “é um acontecimento de
grandes proporções.”
O que Beatriz Cattapreta disse, com outras palavras, é que
vem aí mais um grandioso escândalo de corrupção. Ao homologar o acordo que
levou Paulo Roberto a mover os lábios, o ministro Teori Zavascki, do STF, deu a
entender que a encrenca será realmente grande, muito grande, gigantesca.
“…Há elementos indicativos, a partir dos termos do
depoimento, de possível envolvimento de várias autoridades detentoras de
prerrogativa de foro perante tribunais superiores, inclusive de parlamentares
federais”, anotou Teori em seu despacho.
Ao se referir aos “tribunais superiores” de Brasília assim,
no plural, Teori sinalizou que, além de besuntar ministros e congressistas, que
usufruem do foro do STF, o derramamento de óleo deve engolfar governadores de
Estado, cujo foro é o STJ.
Teori informou, de resto, que há nos depoimentos de Paulo
Roberto Costa indícios de “vantagens econômicas ilícitas oriundas dos cofres
públicos”. Anotou que as vantagens foram “distribuídas entre diversos agentes
públicos e particulares.” No português das ruas: rolou uma fe$ta. E o
contribuinte entrou com o bolso. (...)
Fonte: Josias de Souza, Blog do Josias, “Sem saber, eleitor pode consagrar futuros réus”, postado em 2/10/14.
0 comentários:
Postar um comentário