De Limeira:
- O resultado das urnas mostrou que
alguns insistentes candidatos, se tiverem um mínimo de noção, largam mão de
aventuras eleitorais. Caso de Kleber Leite (PRB), que não atingiu sequer dez
mil votos (9.944 para deputado federal) após números ridículos como candidato a
prefeito em 2012;
- Por sorte, a população não se deixa
mais enganar por comunicadores popularescos e demagógicos. Casos de Kleber
Leite e Thiago Gardinali (PTB, 3.127 votos para deputado estadual);
- Embora o eleito Miguel Lombardi (PR)
seja da bancada governista, não é exatamente um dos pilares do grupo do
prefeito Paulo Hadich (PSB). Deve-se, portanto, à eleição de Lombardi muito
mais ao trabalho dele como vereador (além, é claro, do “efeito Tiririca”);
- Há, portanto, uma (preocupante para o
grupo no poder) sinalização de esgotamento do grupo de Hadich – o presidente da
Câmara Municipal, Ronei Martins (PT), que há dois anos seria a grande estrela
da eleição, conseguiu menos votos dos que o levaram ao Legislativo municipal (11.685
votos para deputado estadual);
- Mesmo derrotado nas urnas por apenas
92 votos de diferença, o ex-vereador Mário Botion (PEN, 38.397 votos para
deputado estadual)) sai extremamente fortalecido do pleito. Não poderá ser
ignorado na disputa de 2016 – gabaritou-se até para disputar o comando do
Executivo;
- Lombardi, agora deputado com 32.080
votos, também será figura importantíssima na eleição municipal;
- Hadich - que teria até pedido votos
para um candidato de fora de Limeira - vê seu grupo desidratar-se nas urnas.
Do Brasil:
- Não se sabe afinal onde foi parar o desejo
de mudança manifestado nas jornadas de Junho de 2013. Efetivamente, ele não se
materializou nas urnas. Uma breve análise dos eleitos apontará a prevalência de figurinhas bastante carimbadas;
- Há que se considerar ainda que parte
da renovação envolve nomes ligados (muitas vezes com parentesco) a políticos de carreira. Portanto, fica difícil criticar práticas viciadas se o eleitor
escolhe sempre mais do mesmo;
- De resto, as urnas mostraram que
estrutura partidária, alianças e tempo de televisão fazem toda a diferença;
- Para o bem e para o mal, a eleição
consolidou a polarização que há duas décadas domina a política nacional – PT e
PSDB. Para o mal porque será sempre mais do mesmo, deixando a renovação de
lado. Para o bem porque efetivamente premia partidos que têm um mínimo de
organização, ideologia, quadros políticos e projeto.
* Leia também:
- Sinais e ruídos
* Desafio aos candidatos: convencer quem votou branco ou nulo:
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