Você por acaso conhece os segredos de uma vida feliz? Pois é, eles foram tema no ano passado de uma reportagem na “FT Magazine”, a revista do renomado jornal “Financial Times”. E chamaram a atenção de muita gente.
Assinada por Nick Powdthavee – um economista comportamental, autor do livro “The Happiness Equation” (“A Equação da Felicidade”) - e Carl Wilkinson, a reportagem cita que “a maioria de nós tem dificuldade em prever como vamos reagir quando confrontados com muitas das experiências da vida”. Por isso, tendemos a superestimar o impacto de muitas experiências.
Contudo, conforme indica a reportagem, a felicidade pode estar justamente nas coisas mais simples. Segundo o texto, uma nova pesquisa sugere que a resposta para a pergunta "Onde encontrar a felicidade?" está no que já temos: amigos, familiares, etc. “O segredo para ser feliz é simplesmente dedicar mais do nosso tempo e atenção a essas experiências ricas e gratificantes de felicidade”.
A reportagem traz inclusive uma tabela do que seria o “preço da felicidade”. Pela tabela, baseada num estudo, ter saúde representaria um ganho de 1,3 milhão de libras (cerca de R$ 3,9 milhões), enquanto a morte de um amigo equivaleria à perda de oito mil libras (R$ 24 mil). Soa matemático demais, não...?
Conforme a reportagem, os sete segredos de uma vida feliz são:
1) O dinheiro compra pouco a felicidade;
2) Amigos valem mais do que uma nova Ferrari;
3) Ganhar na loteria não vai fazê-lo instantaneamente feliz;
4) Perder o emprego o faz infeliz - mas não tanto quando outros também perderam;
5) Amigos gordos o fazem mais feliz do que os magros;
6) O divórcio pode fazê-lo feliz;
7) A felicidade é contagiosa.
Alguns itens são estranhos (como o segundo); outros, curiosos (como o quinto). Uns são previsíveis (como o sétimo); outros, surpreendentes (como o sexto).
Por exemplo: ao estabelecer que o dinheiro compra menos a felicidade do que imaginamos, o economista Richard Easterlin explica na reportagem que isso se deve em parte ao fato de que nos preocupamos muito mais com quanto os outros ganham do que com quanto nós ganhamos.
Já a comparação da amizade com a Ferrari exige uma conta exata demais para algo tão subjetivo e abstrato como a felicidade. De acordo com a reportagem, na Grã-Bretanha, um aumento salarial de mil libras equivale a um aumento na felicidade de 0,0007 ponto. Ver os amigos com mais frequência, por sua vez, representa um aumento de 0,161 ponto. Isso significa dizer que ter uma vida mais sociável equivaleria a um aumento salarial de 230 mil libras – mais do que custa uma nova Ferrari 612 Scaglietti.
Para quem ficou interessado, a reportagem completa (em inglês) está disponível no site da “FT Magazine” e pode ser acessada aqui.
* A imagem que ilustra esta postagem foi retirada da própria reportagem.
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