Embora todos concordem que muita, mas muita água ainda vai passar por debaixo da ponte até outubro de 2012, é fato que o processo eleitoral municipal já começou. Pelas conversas que mantive nos últimos dias, dois movimentos me parecem praticamente consolidados:
1) rancores dos últimos tempos vão mover as ações e poderão alterar o cenário eleitoral de 2012. Rancores, neste caso, significam rachas políticos, rasteiras (ou tentativas), palavras mal colocadas, mudanças de lado. Isso inclui até cartas hoje consideradas fora do baralho.
2) há um movimento crescente para que surja uma “terceira via” viável eleitoralmente. Hoje, há dois times em campo: o do prefeito, cujo candidato ainda é uma incógnita (talvez até para o próprio Silvio Félix...) e o da oposição dos últimos anos, representada pelas forças conservadoras que já estiveram no comando do Executivo recentemente. Neste lado, o candidato também é incerto.
Obviamente, nas eleições passadas sempre houve outros candidatos (um nome do PT é praxe), mas nunca com viabilidade eleitoral. Desta vez, a história (ou a tentativa) é outra. Nas conversas iniciais, dois nomes despontam: o do ex-presidente da Câmara, Eliseu Daniel dos Santos, hoje no PDT de Félix, e o do vereador Paulo Hadich, primeiro suplente de deputado estadual pelo PSB.
Eliseu é pré-candidato desde sempre e tem um eleitorado fiel. Hadich é cogitado, mas resiste em admitir uma pré-candidatura e prega a discussão de um plano de governo prioritariamente. Ele surpreendeu na eleição de 2010. Pesquisas informais indicam que ambos disputam espaço semelhante – e com força semelhante. O PR, do vereador Mário Botion, por enquanto só observa.
Interlocutores de vários partidos da oposição manifestam quase que em consonância que ainda é cedo para avançar. A palavra da vez é observar. O próximo passo será dialogar, amistosamente. As conversas hoje são amplas. No caso de Eliseu, fala-se desde a permanência dele no PDT até a saída para o PV, PSDB ou PSC (nos dois últimos o vereador já esteve). Conversas teriam sido mantidas até com o PT (não por Limeira, registre-se).
Certamente, outros candidatos vão se apresentar. O “x” da questão - que se busca desta vez - é a tal viabilidade. Suficiente a ponto de jogar de igual para igual com um candidato do governo, que sempre parte com um rescaldo positivo (e negativo idem).
A tarefa de encontrar esta tal “terceira via” viável não será fácil. Particularmente, aposto que está mais próxima uma divisão da oposição do que uma convergência. Entretanto, como todos os envolvidos gostam de salientar: “calma, muita água ainda vai passar debaixo desta ponte”. É esperar para ver.
quinta-feira, 17 de março de 2011 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:14 |
O jogo de xadrez de 2012
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