Desde que comecei a trabalhar na TV, fiz poucas reportagens (minha atuação se concentra nos bastidores, na produção e edição). Das poucas que eu fiz, porém, as duas reproduzidas a seguir foram, sem dúvida, as melhores, as mais úteis e as mais gratificantes.
Elas são um exemplo de que é possível recuperar um ser humano. Basta dar uma chance. São um exemplo de que a dignidade e o respeito são edificantes. E de que o sistema prisional tem solução: basta que existam mais Centros de Ressocialização como o de Limeira e menos cadeiões.
Obviamente que presídios (inclusive de segurança máxima) devem continuar existindo para aquela pequena parcela da sociedade que não quer se recuperar. O que não podemos aceitar é o modelo atual, em que prevalecem as “universidades do crime”. Os CRs deveriam ser regra, não exceção.
Atualmente, existem 22 Centros de Ressocialização no Estado de São Paulo (veja a lista aqui) - de um total de 148 unidades prisionais.
As duas reportagens a seguir são também uma reflexão a todos aqueles para quem “bandido bom é bandido morto”.
Em tempo: como as reportagens estão sem os caracteres, os entrevistados não estão identificados. As imagens são do cinegrafista Marcos Booro e a edição de Tales Frezza.
PS: agradeço à Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, que confiou na minha pauta e permitiu o ingresso à unidade; ao juiz da 2ª Vara Criminal de Limeira, Luiz Augusto Barrichello Neto, a quem devo o estímulo inicial para estas reportagens; ao diretor do CR, Nivaldo Zeferino, que nos guiou durante a visita; a todos os funcionários da unidade e, em especial, aos reeducandos, que confiaram no nosso trabalho.
sábado, 8 de maio de 2010 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:28 |
Uma aposta no ser humano
Marcadores: cadeia, prisão, reportagem, ressocialização
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2 comentários:
Rodrigo, parabéns pela reportagem. O assunto é sempre motivo de opiniões radicais, muitas vezes por desconhecer a realidade do sistema prisional, que no geral não traz o cidadão de volta a sociedade a quem ele ficou devendo, na maioria das vezes volta pior. O trabalho desenvolvido nos CRs, é diferenciado como pudemos observar neste seu trabalho de muita qualidade.
Muito obrigado Mário.
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