Outro dia reproduzi neste blog trechos do livro “Ibicaba – o paraíso em mente” (de Eveline Hasler) no qual são descritas cenas da vila de Limeira em meados do século 19 (leia aqui). Ficção ou realidade, não se sabe.
Agora surge um outro relato, este sem contornos de ficção. Trata-se do memorando feito por Jean Jackes von Tschudi, nomeado ministro plenipotenciário da Confederação Helvética para apurar a situação dos imigrantes suíços e alemães nas colônias de parceria na Província de São Paulo. Ele desembarcou em Santos em 21 de julho de 1860. Passou pela Capital, por Jundiaí, Amparo, Campinas, Limeira, Rio Claro e Piracicaba.
Sobre a Vila de Limeira, com cerca de 15 mil habitantes e onde apontou haver 55 plantações de café, nove de cana e duas propriedades destinadas à pecuária, Tschudi escreveu:
“Trata-se de um lugarejo decadente e sem importância. Suas miseráveis ruas são ladeadas por algumas casas em bom estado. Até mesmo os seus moradores desconhecem o motivo dessa decadência. Isso não é muito promissor para uma vila que ostenta um grande poderio agrícola.”
A descrição está na página 95 do livro “A revolta dos parceiros na Ibicaba”, do pesquisador José Eduardo Heflinger Júnior, um dos maiores estudiosos da história da imigração europeia de cunho particular para o Brasil. Ele descobriu o memorando de Tschudi em uma de suas pesquisas nos arquivos europeus, mais precisamente no Arquivo Federal de Berna, na Suíça.
quarta-feira, 19 de maio de 2010 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:22 |
Memórias de Limeira 2
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