"Ronaldo, ´o fenômeno´, é um dos melhores jogadores de futebol da história, o maior artilheiro em Copas do Mundo. É justificável que os veículos de comunicação acompanhem seus passos, pelo interesse que desperta em milhões de pessoas.Mas desde que foi contratado pelo Corinthians, a Folha tem demonstrado obsessão por ele que às vezes parece pueril, outras patológica.
Nos 84 dias entre o de sua contratação e anteontem, o jornal publicou 70 fotos de Ronaldo. Treinando, brincando, assistindo jogo, cortando cabelo, de frente, de costas, de lado.
Em muitas, a intenção de ressaltar seu sobrepeso era evidente. Referências à sua condição física são frequentes, nem sempre de bom gosto, com expressões como ´reforço de peso´ e ´volta redonda´.
Essa fixação já havia passado dos limites em 6 de julho, quando foram editadas lado a lado foto de um transexual "grávido" e de Ronaldo com a barriga de fora.
O mais grave é que esse monte de espaço é gasto enquanto o caderno Esporte é cobrado por centenas de leitores que se queixam de mau atendimento de suas expectativas na cobertura de seus times de futebol (como a Portuguesa e os grandes de outros Estados) e de outras modalidades esportivas.
A resposta dos editores de que lhes faltam espaço, recursos e gente para cobrir tudo simplesmente não cola diante do desperdício com Ronaldo."
Fonte: Carlos Eduardo Lins da Silva, ombudsman da "Folha de S. Paulo", em sua coluna de 8/3/2009
Está vendo, não sou só eu que acho que a cobertura vinha sendo exagerada...
segunda-feira, 9 de março de 2009 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 11:52 |
Ronaldo e a mídia
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