domingo, 22 de março de 2009 | |

Meu encontro com Warhol

Sempre apreciei arte - renascentista, barroca e, principalmente, moderna e contemporânea. Não, não sou especialista no assunto, longe disso. Aprecio apenas - e isso me basta.

Conheci Andy Warhol em setembro de 2007. Foi numa visita ao MoMA, em Nova York. Confesso que não me toquei que poderia (e iria), naquele museu, deparar-me com Warhol, mas assim foi. Lá estavam algumas de suas famosas criações, lá estava o rosto por ele imortalizado de Marilyn Monroe. Tão perto, tão acessível.

Pois agora Warhol (1928-1987) - ou parte dele - cruzou o Atlântico. "Trinta anos após uma grande retrospectiva feita nos Estados Unidos, o Grand Palais, em Paris, inaugurou na última quarta-feira a maior exposição do artista. Chamada 'Le Grand Monde d'Andy Warhol' (o grande mundo de Andy Warhol), a mostra tem 143 obras e é dedicada aos retratos feitos por Warhol durante toda a sua carreira. Logo, as célebres latas de sopa Campbell e as garrafas de Coca-Cola estão ausentes. Mas podemos ver o magnífico 'Última Ceia', de 1987, que não mostra os 12 discípulos ceando com Jesus, mas apenas um retrato de Cristo multiplicado 112 vezes", informa neste domingo a "Folha de S. Paulo".

Prossegue a reportagem: "'Com essa série de 'portraits', Warhol retratou toda a sociedade, pondo em prática uma nova forma de produção artística, em série, quase industrial', escreve na apresentação da exposição o historiador de arte e curador Alain Cueff.

Nomes como Mao Tsé-tung, Marilyn Monroe, Liz Taylor, Lênin ou Jacqueline Kennedy não chegaram a posar para a polaróide de Warhol. Ele os retratou a partir de fotos de outros fotógrafos. Na realidade, tudo começou com o retrato de Marilyn Monroe, feito em 1962, logo após a morte da atriz. O marchand do artista, Leo Castelli, o vendeu por US$ 1.800 ao colecionador Leon Kraushar, que o guardou até sua morte, em 1967, quando foi comprado por um alemão por US$ 25 mil.

Em 1998, o retrato de Marilyn por Warhol foi revendido pela Sotheby's por US$ 17,3 milhões, um recorde na época para uma obra contemporânea. Atualmente, os preços dos retratos do artista começaram a cair, oscilando entre US$ 250 mil e US$ 800 mil.

Até sua morte, em 1987, Andy Warhol havia feito retratos de estrelas do cinema, como Liz Taylor, Brigitte Bardot e Jane Fonda; de astros do rock, como Madonna e Mick Jagger; de políticos, como Willy Brandt, o xá da Pérsia e Edward Kennedy; e de personagens do jet-set internacional, como Gianni Agnelli, Caroline de Mônaco ou a princesa Lee Radziwill, irmã de Jackie Onassis."

Em tempo: eis-me no MoMA, lado a lado com Warhol e suas latas de sopa Campbell...




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