Faz algum tempo que não escrevo. Esta semana foi estranhamente corrida e calma. Corrida porque, como se viu, não tive sequer tempo para escrever neste blog; calma porque tirei dois dias de folga dos seis a que tenho direito no trabalho.
Encerrada a semana, noto que este blog não tem mais despertado interesse dos amigos e colegas. Ninguém mais faz comentários - seria por que não surgiram mais provocações? Pois vou retomá-las (brincadeira; nunca quis nem quero fazer algo de modo forçado, para fazer "tipo" ou coisa do gênero; se em algum momento pareci provocativo, foi meu sincero pensamento).
Incrivelmente, a falta de tempo me fez acumular uma série de informações para colocar aqui. Vou dar três breves pinceladas e amanhã, com mais calma, tentarei retomar o ritmo normal.
1) Tive uma semana conturbada - e agradeço especificamente aos amigos Cristiano e Danilo pela paciência e pelos conselhos. Sei que nem um nem outro faz questão disso, mas eu faço: obrigado! Agradeço também à Mirele (neste caso, mais pela paciência do que pelos conselhos, costumeiramente carregados de paixão, o que os tornam demasiadamente parciais). E agradeço ainda à Mariele, à minha mãe, ao Henry e ao Fernando (Jofer).
2) Aliás, o Fernando merece um agradecimento simplesmente porque me fez rir como há muito tempo não ria. Tudo em razão de sua "batalha final" (já vencida, embora não tenha partido de mim a transformação daquilo numa guerra).
3) Li alguns textos interessantes nos últimos dias. Para quem tiver gosto pela leitura e por uma boa reportagem, é imperdível o trabalho dos repórteres Mário Magalhães e Joel Silva sobre os cortadores de cana no Interior de SP, publicado no caderno Mais!, da "Folha de S. Paulo", no último domingo. Link: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/inde24082008.htm. Também recomendo a leitura de "O Mago", a biografia de Paulo Coelho escrita por Fernando Morais. É tão fenomenal quanto a reportagem da "Folha".
Acho que já é o suficiente por ora. Em tempo: estou tentando colocar ordem na minha vida. Tomei esta semana duas resoluções nesse sentido - acertei o pacote para dar um "up-grade" na TV a cabo e a colocação de Internet banda larga em casa; a outra resolução ainda é um segredo conhecido por poucos.
Só uma última coisa: boa sorte, Danilo, em sua nova empreitada. Estou torcendo por você!
sábado, 30 de agosto de 2008 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 14:44 | 4 comentários
Voltei...
terça-feira, 26 de agosto de 2008 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 14:00 | 0 comentários
Sem carga
Constatação: minha bateria está acabando... Preciso renová-la!
segunda-feira, 25 de agosto de 2008 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 11:53 | 0 comentários
Rapidinhas
Duas coisas rápidas:
1) Quando os exemplos falham, resta-nos a resignação. E o aprendizado com os erros alheios.
2) Que bela tarde de sol!!!
sexta-feira, 22 de agosto de 2008 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 20:17 | 0 comentários
Tente outra vez...
Esta vale a pena sempre!
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:12 | 0 comentários
Por quê?
Estou extremamente ansioso. E acabei de me lembrar de uma música enviada para mim por uma grande amiga, que já me via nesta situação. Foi em 30 de março de 2006!!! A música chama-se "Você", é uma composição do Raul Seixas e mais do que apropriada. Perfeita. E eu me pergunto: por quê?
Você alguma vez se perguntou por que
faz sempre aquelas mesmas coisas sem gostar
mas você faz, sem saber por que você faz
e a vida é curta, por que deixar que o mundo
lhe acorrente os pés
finge que é normal estar insastifeito
será direito o que você faz com você?
Por que você faz isso, por quê?
Detesta o patrão no emprego
sem ver que o patrão sempre esteve em você
Será que é medo? Por quê? Você faz isso com você?
Por que cara? Mas você não quer, prefere dormir e não ver
por que você faz isso, por quê?
Será que é medo? Por quê? Você faz isso com você?
Em tempo: a passagem "detesta o patrão no emprego" não é no sentido literal.
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 10:14 | 0 comentários
The hard road ahead...
"The hard road ahead". Estava na capa de uma revista norte-americana, ilustrada por uma foto do futuro presidente dos EUA, o senador Barack Obama. É, pensando bem, "the hard road ahead..." me faz todo sentido. And I'm out!
quinta-feira, 21 de agosto de 2008 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 12:32 | 0 comentários
Coisas da vida
>>> Se a Bossa Nova notabilizou "um banquinho, um violão...", eu diria "um chopinho com os amigos...". Ainda não inventaram nada mais sadio do que isso. Ao menos para a mente.
>>> Minha ansiedade voltou com força. Merda, detesto isso! Fico perturbado, arredio, querendo meu canto. Por sorte, alguém que me importa entende isso; mas que não é fácil, não é.
>>> Na última sexta-feira, após semanas de molho, só trabalhando, trabalhando, trabalhando, consegui curtir um pouco. Fui a um jantar, tomei umas cervejas, bati papo, dei risada, falei sério. Lembrei-me de como isto é importante e bom para mim (não faço mais porque meus horários não permitem e a lista de amigos possíveis é reduzida...).
>>> Evitei tocar no assunto, mas não resisti. Ao comparecer ao jantar na sexta, reencontrei uma pessoa a quem considerei durante muito tempo mais que um amigo, um irmão. Por circunstâncias da vida, tivemos uma briga gigantesca. Confesso que não sabia qual seria a minha reação e a dele ao nos vermos novamente. Foi respeitosa. Senti-me seguro, expressei meus pensamentos e ponto. Parou ali. E a vida segue, cada um em seu caminho.
A minha vida,
eu preciso mudar todo dia
Prá escapar
da rotina dos meus desejos por seus beijos
Dos meus sonhos
eu procuro acordar e perseguir meus sonhos
Mas a realidade que vem depois
não é bem aquela que planejei
Eu quero sempre mais
Por isso hoje estou tão triste
Por que querer estar tão longe de poder...
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 12:28 | 0 comentários
Só decepções...
>>> Estou sem tempo, mas não resisti a um comentário: não há como negar, esconder, fingir... o desempenho do Brasil em Pequim é decepcionante!
>>> Da mesma forma, não há como negar, esconder, fingir... o desempenho de Palmeiras, São Paulo e Santos no Brasileirão é decepcionante!
segunda-feira, 18 de agosto de 2008 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 05:33 | 0 comentários
Amigos
Comecei a ler "O Mago", do Fernando Morais. Devorei 60 páginas de cara e só parei porque precisei ir para o trabalho. Logo no início, li uma frase interessante, que vou emprestar para relatar uma situação ocorrida recentemente.
De um amigo, vi "o sorriso mais sincero que um ser humano pode abrir", seguido de um "tô feliz!".
De outro amigo, porém, vi um semblante de tristeza - que, tenho certeza, ele superará. E que fique com a consciência tranqüila de que agiu certo.
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 05:22 | 0 comentários
Final de semana
A vida é realmente estranha. O final de semana foi terrível - daqueles que fazem a gente perder o sono! Ao mesmo tempo, foi um dos mais animados dos últimos tempos. Após três finais de semana trabalhando, o que me deixou extremamente cansado, desta vez eu não parei. Comecei na noite de sexta e só parei às 23h de domingo. Ufa!
O final de semana começou com uma cervejada (embora de terno) com um amigo, o que há muito não acontecia (putz, como somos idiotas mesmo por adiar momentos assim), incluiu muitas, muitas mesmo, risadas (que o diga o Brau); muitas compras (hehe); dois passeios pelo shopping; doces e salgados; uma caminhada e boas conversas.
Foram quase dois finais de semana distintos num mesmo final de semana - o que me trouxe à mente uma música do Guilherme Arantes.
"Quem me chamou
Quem vai querer voltar pro ninho
Redescobrir, seu lugar
Pra retornar
E enfrentar o dia-a-dia
Reaprender, a sonhar
Você verá que é mesmo assim
Que a história não tem fim
Continua sempre que você
Responde sim
A sua imaginação
A arte de sorrir
Cada vez que o mundo diz não
Você verá
Que a emoção começa agora
Agora é brincar de viver
Não esquecer
Ninguém é o centro do universo
Assim é maior o prazer
E eu desejo amar
A todos que eu cruzar
Pelo meu caminho
Como eu sou feliz
Eu quero ver feliz
Quem andar comigo"
| Postado por Rodrigo Piscitelli às 04:24 | 0 comentários
Adeus Joana
Tentei junto com a minha mãe uma operação de emergência. Trocamos a água acelerando os ritos normais para tentar garantir uma sobrevida à Joana. Em vão. Após 20 minutos de torcida, decidi vir para o trabalho deixando Joana à sua própria sorte. Confesso que não tinha esperanças em sua recuperação. Saí de casa deixando-a praticamente agonizando.
Quinte minutos depois, já no trabalho. recebo um telefonema da minha mãe. Joana se foi. Está durinha, tombada, morta.
A situação me reativou uma sensação horrenda, a da impotência. É horrível não ter como agir. Vi que a Joana não estava bem, fiz o que estava ao meu alcance, já que não sabia o que ela sentia. Nesta curta convivência de alguns meses, cuidei dela como a um filho. Ela era alimentada diariamente, na horinha certa, na minha hora do almoço. Divertia-me vendo a Joana nadar de um lado para outro no seu pequenino aquário. A Joana se foi, estou triste. E minha mãe já ordenou: não quer substituta (ela não suporta ver cenas como a desta manhã).
Joana, valeu! Você me fez sorrir muitas vezes. Você permitiu que eu realizasse um sonho de infância. Em respeito aos sentimentos da minha mãe, você não terá substituta. Quem sabe um dia eu supere essa perda. Por enquanto, adeus!
quarta-feira, 13 de agosto de 2008 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 16:59 | 4 comentários
Homenagem
terça-feira, 12 de agosto de 2008 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:15 | 4 comentários
Dez anos
Hoje é uma data muito importante para mim. Em 13 de agosto de 1998, há exatos dez anos, eu iniciava minha carreira profissional (embora ainda não formado). E iniciava minha trajetória no Jornal de Limeira.
Confesso que quando comecei a atuar profissionalmente, jamais imaginei que este dia chegaria. Não por falta de perspectiva ou de confiança, apenas porque para mim cada dia era um dia, uma descoberta, um desafio. De uns tempos para cá, porém, fixei-me na data. Há cerca de dois anos comecei a mencioná-la para alguns amigos. Coloquei-a de certo modo como uma meta (já que estava tão próxima, por que não tentar?).
Nestes dez anos, são incontáveis os desafios que se apresentaram, os trabalhos realizados, as matérias, entrevistas, projetos, etc. De assistente, cheguei a editor-chefe. É por isso que, neste momento e antes de mais nada, quero registrar meu eterno agradecimento a esta empresa - e a seus diretores - que confiou no meu potencial. Por mais abstrato que esta palavra seja (confiança), ela é neste caso extremamente significativa.
Não poderia falar sobre estes dez anos sem agradecer ao meu chefe anterior, Adalberto Mansur. Foi ele que abriu as portas do JL para mim. Foi ele que teve a paciência necessária para sentar ao meu lado e ensinar os primeiros passos do jornalismo. Ao Mansur, um eterno obrigado! Também não poderia deixar de agradecer ao Carlos Chinellato, que também confiou no meu trabalho há dez anos, acolheu-me de certo modo em suas coberturas na Câmara e hoje divide comigo a tarefa de editar este Jornal. Foram, sem dúvida, dois dos melhores professores que eu poderia ter no início de carreira.
Seria injusto não mencionar todos que estiveram ao meu lado no JL nestes dez anos. Todos, sem distinção, contribuíram para meu crescimento pessoal e profissional - ainda que em alguns casos isso tenha se dado pela dor. A cada um deles - do Tavares (que era o porteiro em 1998) ao mais novo funcionário - devo meus sinceros agradecimentos. Um jornal é essencialmente um trabalho coletivo e nada teria sido construído sem a ajuda de todos.
Devo um agradecimento especial aos colegas de Redação que por aqui passaram nestes dez anos e aos que aqui hoje estão. Somos todos marinheiros de um mesmo barco, que muitas vezes navega em mares tortuosos. Sigamos firmes nesta embarcação!
Nesta década de JL, fiz muitos amigos - o que, para mim, é a maior das recompensas. Alguns estão ao meu lado; outros partiram em busca de novos desafios (alguns destes voltaram ao "ninho"). Todos, porém, ocupam um lugar eterno em meu coração. Para este seleto grupo (e estas pessoas sabem quem são), faltam-me palavras de agradecimento.
Por fim, é preciso agradecer aos meus pais, meus primeiros e maiores incentivadores, e a Deus, a razão de tudo.
Atingi uma marca simbólica. Cumpri uma meta. Não sei o que farei amanhã, mas de um fato não se pode fugir: o Jornal de Limeira faz parte da minha vida. E eu me orgulho disso!!!
domingo, 10 de agosto de 2008 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:44 | 0 comentários
Ora, padrões...
Acabei de assistir a duas reportagens do "Fantástico" bastante interessantes. Uma delas falou sobre a lei do divórcio; a outra sobre famílias de casais separados. A primeira chamou a atenção por um aspecto que poucas pessoas se atentam: a mudança que o divórcio e a pílula introduziram na sociedade. A pílula representou a libertação da mulher. De esposa submissa e reprimida sexualmente (a ponto de, segundo uma das entrevistas, ter vergonha de sentir prazer durante o sexo com o marido, pois a função dela era meramente reprodutiva) para um ser independente, que pode ter e realizar suas próprias vontades - inclusive sexuais. Viva a nova mulher nascida com a pílula.
Já o divórcio permitiu legalizar a felicidade. Naturalmente, 99% das pessoas se casam pensando na felicidade, na união eterna. Isso, porém, não pode ser um fardo - até porque entre o desejo da felicidade e a sua realização há uma enorme distância. Portanto, o divórcio é a chance de uma nova vida, de encontrar a felicidade num outro relacionamento, afinal nem todos estaremos unidos até que a morte nos separe (nem devemos ter isso como uma obrigação moral ou religiosa).
A reportagem sobre as famílias de pais separados introduziu um assunto sobre o qual tenho debatido nos últimos tempos: padrões de relacionamento. Confesso que ficou irritado quando vejo uma cobrança - seja em relação a mim ou a terceiros - sobre algum comportamento tido como "padrão". Por exemplo: sou notívago desde pequeno. Adoro as madrugadas, passo noites em claro não por insônia e sim por gosto. Gosto de produzir à noite, costumo até arrumar meu guarda-roupa de madrugada. Rendo mais. Por que não posso? Por que tenho que dormir na hora em que me sinto melhor?
Admito que ser notívago me deu a fama de dorminhoco porque estou acordado quando todos dormem e costumo dormir quando os demais estão acordados... Ora, consigo provar matematicamente que minha mãe, por exemplo, dorme mais do que eu. A diferença é que ela dorme no horário padrão, eu não.
O mesmo princípio vale para os relacionamentos. Nunca fui fã de casamentos - e tornei-me ainda mais reticente ao constatar que 98% dos casais que conheço estão juntos por um dever qualquer, não por vontade própria. Poucos conseguem admitir isso para si mesmos, mas no fundo é isso. Uma pessoa que diz que preferia nunca ter se casado, por exemplo, está na verdade querendo dizer que não é feliz no seu casamento. Apenas não tem a coragem suficiente para admitir isso para si mesma e reagir, dar a si mesma uma chance de ser feliz. Enfim, a sociedade estabeleceu como padrão que as pessoas devem namorar algum tempo, casar e ter filhos. Por quê? Trata-se de mera convenção.
Por que alguém não pode ser feliz amando alguém sem necessariamente entrar numa igreja, dizer "sim" e assinar um papel no cartório? Por que alguém não pode ser feliz tendo um eterno namoro, dividindo momentos felizes sem que se tenha necessariamente que conviver com as chatices da outra pessoa? Por quê? Obviamente que o casamento é uma exercicio de convivência, de respeito, de divisão e acima de tudo de paciência. Evitá-lo seria abrir mão desse exercício. Ora, por que não se pode exercitar estas coisas de outra forma?
Claro que não sou dono da verdade - até porque não existe o certo e o errado. Afinal, quem é que inventou que os padrões estão corretos?
sábado, 2 de agosto de 2008 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 13:21 | 3 comentários
Um novo tempo
Na próxima segunda-feira vou iniciar uma nova experiência. Começo a dar aula numa faculdade para uma turma de jornalismo. A disciplina é Jornal-Laboratório - o que, por si só, não representa um desafio, afinal faço jornal diariamente. Além disso, os alunos devem ter boas expectativas em relação à disciplina, praticamente o primeiro trabalho mais prático que farão.
Isto posto, tenho que admitir que desde o acerto com a faculdade vivo uma mistura de apreensão, ansiedade, expectativa e temor. Expectativa e ansiedade porque sei que será uma experiência interessante e enriquecedora. Apreensão e temor por se tratar de algo novo para mim - e costumamos temer o desconhecido.
Espero que tudo dê certo, não só no primeiro momento, segunda-feira, mas durante todo o semestre. Espero que consigamos fazer bons trabalhos (o que significará bons jornais). Espero corresponder às expectativas dos alunos e da instituição e, assim, retribuir a confiança em mim depositada. Espero aprender muito (sim, ensinar será meu dever, aprender é minha lição). Enfim, espero, espero, espero... Por enquanto só espero. A partir de segunda-feira à noite, mãos à obra!
PS: confesso que voltar à faculdade, ainda que seja numa outra posição, está sendo estimulante. Fiz recente um curso de roteiro, no qual me coloquei na posição de aluno. Isto despertou em mim a sede de aprender que sempre tive. Agora, como professor, espero que este despertar se amplie.