“Eu lido com isso com muita tranquilidade. Não vou discutir a moral do meu eleitor. Não vejo problema em ter aliança com Jader Barbalho. O deputado é uma liderança reconhecida no Pará.”
Da governadora do Pará e pré-candidata à reeleição, Ana Júlia Carepa (PT), ao ser questionada sobre o apoio que recebe do ex-presidente do Senado e atual deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA), protagonista de vários escândalos nacionais, tendo inclusive renunciado ao mandato de senador em 2001 para não ser cassado (leia aqui).
A declaração aparece no próprio blog da governadora, como pode-se ver clicando aqui.
Oito anos atrás, declarações como essa causariam arrepios em qualquer petista. Hoje, após o pragmatismo levado a extremo pelo lider máximo do PT e que ocupa a presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a manifestação da governadora de fato não é surpresa. Petistas acostumaram-se com a frouxidão ética introduzida pelo lulismo.
Só não posso deixar de lamentar que uma das principais heranças que o PT deixará ao País após seu primeiro governo nacional será o desprezo à ética e o vale-tudo pelo poder. Tudo mesmo. Até se aliar a Fernando Collor de Mello (PTB/AL), salvar Renan Calheiros (PMDB/AL) e José Sarney (PMDB/AP) e manifestar com orgulho o apoio de figuras como Jader Barbalho – tudo aquilo que o PT mais desprezou durante toda a sua história.
Esta sim será uma herança maldita.
* Em tempo: diante de um presidente que, ao ser questionado sobre a prática de caixa dois pelo seu partido, considerou normal pois “tudo mundo faz”, a fala de Ana Júlia realmente é de menos...
PS: para ler sobre o dia em que o PT morreu, clique aqui.
quarta-feira, 17 de março de 2010 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 19:01 |
O "novo" jeito PT de ser
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