Diante das polêmicas geradas pelas entrevistas que fez com Suzane von Richthofen e o ex-goleiro Bruno Fernandes, ambos presos condenados por envolvimento com assassinatos, o apresentador Gugu se defendeu dizendo que apenas faz jornalismo.
"Estava com saudades de fazer
externas e grandes reportagens", disse. Falou ainda que fez entrevistas com pessoas procuradas por toda a imprensa.
Este é, certamente, o ÚNICO mérito de Gugu - com a ressalva de que conseguiu as entrevistas muito mais pela sua conhecida docilidade do que pela credibilidade (que perdeu depois do episódio da falsa entrevista com PCC) e pelo faro jornalístico.
De "grande reportagem" o trabalho recente de Gugu não tem nada. Peca na forma e no conteúdo, como bem explicitou o crítico de TV do UOL/"Folha", Mauricio Stycer. Jornalismo não combina com a dramatização piegas, forçada e excessiva das entrevistas, tampouco com "pegadinhas" para atrair a audiência como a da "revelação" de Bruno que mudaria o caso do ponto de vista jurídico.
No fundo, Gugu continua fazendo o que sempre fez: um entretenimento muitas vezes apelativo em busca de nada mais do que audiência. Para isso, finge usar recursos jornalísticos e empresta ao material uma cara (de jornalismo) que qualquer análise minimamente séria concluirá não se sustentar.
Em outras palavras, Gugu engana o telespectador e abusa da boa fé do público (ou seria inocência? Ignorância?...) em proveito próprio. Apenas isso.
segunda-feira, 13 de abril de 2015 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 14:34 |
Gugu: mais do mesmo
Marcadores: Gugu, jornalismo, televisão, TV Record
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