Há algum tempo queria escrever isso, mas fui adiando até que uma nova abordagem – a da terceira pessoa – me fez agir. Desde que deixei meu antigo emprego, no qual era editor-chefe, algumas pessoas me abordam com perguntas do tipo: “você não está arrependido?”. Em seguida, emendam comentários do tipo: “antes você era editor-chefe, tinha uma posição, agora não mais”.
Toda as vezes, respondo da mesma forma: “Não!!!”. Sobre os comentários, dou risada e pergunto: “de que valem os títulos?”.
É isso: de que valem os títulos? De que valem se não estiverem acompanhados de felicidade? De que vale o dinheiro se não estiver acompanhado de felicidade? De que valem os objetivos se não tiverem como fim a felicidade?
Não, nunca estive arrependido. Minha decisão foi uma das mais convictas que já tomei em 32 anos de vida. Era hora – aliás, acho que já tinha passado da hora.
Confesso que acho estranho as pessoas me perguntarem esse tipo de coisa porque os comentários indicam um certo apego a cargos e títulos que, sinceramente, não fazem parte da minha personalidade. Sempre tive plena consciência de que da mesma forma que eu me tornei editor-chefe, um dia deixaria de ser. Antes de ser editor-chefe e acima disso, sou eu, Rodrigo, jornalista. “Ah, mas as pessoas o procuravam...”, dizem alguns. Não, elas procuravam o editor-chefe, não o Rodrigo.
Por princípio, nunca me apeguei a essas pequenices. Tristes os que se apegam a essas tolices. Afinal, títulos vêm e vão...
O mais importante da vida é ser feliz e poder viver. Estar editor-chefe, naquele momento, não estava me permitindo fazer nem uma coisa, nem outra. E não será um cargo, um título ou o dinheiro que for que me desviará do foco principal da minha existência!
quarta-feira, 5 de agosto de 2009 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 12:01 |
Definitivamente não!
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1 comentários:
Falou e disse!
Também já passei por isso. As pessoas às vezes se apegam a cargos ou a salários. Uma pena!
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