Adoro arte contemporânea. Fico simplesmente fascinado sempre que entro num museu ou exposição do gênero. O que mais me atrai é imaginar que uma mente pôde conceber aquilo (quem já viu algo sabe do que estou falando). Por isso, desejaria morar em Londres. Lá está a Tate Modern, um dos mais interessantes museus de arte contemporânea internacional em todo o mundo.
Pois a Tate inaugurou recentemente uma mostra do brasileiro Cildo Meirelles. Nascido em 1948 no Rio de Janeiro, ele tem feito alguns dos mais esteticamente atraentes e filosoficamente intrigantes trabalhos das últimas quatro décadas. Na sala 1, por exemplo, é possível ver "Inserções num circuito ideológico: Projeto Coca-Cola". Diz o artista: "Gosto de lidar com coisas paradigmáticas, materiais que são reconhecidos pelo público em seus cotidianos, coisas que são ao mesmo tempo matéria e símbolo. Dinheiro por exemplo".
Na sala 4 está um ambiente todo vermelho. Trata-se da série "Red Shift", na qual o artista nos leva a um mundo unicolor desorientador. A primeira parte da instalação é "Impregnação", um ambiente doméstico onde tudo é vermelho, desde as roupas no guarda-roupa até o conteúdo da geladeira. Na sala 5, Meirelles usa seis mil réguas, mil relógios e 500 mil números de vinil para demonstrar a estética da acumulação, característica de muitas de suas instalações.
Infelizmente, ainda não foi possível ver o trabalho de Meirelles ao vivo. A exposição fica na Tate até o dia 11 de janeiro no quarto piso. Felizmente, é possível ver um pouco dessa mostra - e do trabalho do artista brasileiro - no site do museu inglês (que, aliás, é fenomenal em suas quatro versões, Tate Britain, Tate Modern, Tate Liverpool e Tate St. Ives). O endereço é www.tate.org.uk. Eu recomendo!
PS: foi na Tate Modern que encontrei numa recente viagem à Europa uma das poucas referências artísticas ao Brasil. Lá, há uma sala específica dedicada ao trabalho do brasileiro Hélio Oiticica (1937-1980).
1 comentários:
Adorei!!! Deu vontade de ver pessoalmente!!!
Bjo
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