“Hoje de manhã estive em Americana no lançamento de empresa coreana. O governador Geraldo Alckmin também estava lá (...)” (leia aqui)
“Sobre as ambulâncias, até que enfim a empresa vencedora cumpriu com sua obrigação e entregou hoje 6 novas ambulâncias. (...)
O que é difícil da população entender é o tamanho da burocracia atual do serviço público.” (leia aqui)
“É um absurdo (os problemas no velório do Cemitério Parque)! Não é possível que os funcionários não perceberam isso e não passaram para seus chefes. É lamentável! (...)
Providências foram tomadas e espero que haja mais responsabilidade. Se é para cuidar dos prédios públicos com o mesmo amor que se tem com a própria casa, imagina como estão as casas dessas pessoas.” (leia aqui)
“Vale ressaltar a necessidade de Limeira ter um ginásio de esportes.” (leia aqui)
As frases acima podem até parecer protestos da oposição, mas foram escritas pelo próprio prefeito Silvio Félix (PDT). Estão no blog dele. Por incrível que pareça... Não sei se as manifestações indicam que o prefeito tem bom-senso (já que reconhece problemas da sua administração) ou se realmente perdeu o senso de vez.
O chefe do Executivo limeirense registrar que o governador do Estado esteve na vizinha cidade de Americana para o lançamento de uma empresa deveria ser motivo de vergonha.
Da mesma forma, deve ser motivo de vergonha o prefeito admitir publicamente – após seis anos de governo! - a deficiência da cidade na área de infraestrutura esportiva. Aliás, segundo Félix, “tudo o que fizermos em benefício do esporte deve ser considerado investimento social”. Bom constatar que ele sabe disso porque o investimento da prefeitura na área é pífio. Faltam projetos públicos de relevância.
É risível o prefeito criticar funcionários pelos problemas no velório. Ora, se os servidores são incompetentes, devem ser demitidos. Se não foram, quem deve sair é o chefe. Se o responsável direto nada fez, quem está acima dele deve tomar providências. Ou quem manda na prefeitura não é mais o prefeito?
Em tempo: há quem garanta que não é...
Obviamente, uma pessoa só não tem como saber de todos os problemas de uma cidade com quase 300 mil habitantes. Não é isso que está em questão. Falo da omissão geral de secretários e diretores, que nada fazem e não são advertidos ou exonerados pelo chefe – o prefeito. Aliás, Félix admitiu certa vez, numa conversa informal, que um determinado setor da prefeitura era incompetente. Como nada fez para mudar o setor, conclui-se que a incompetência é compartilhada por ele também.
O prefeito citou que “se é para cuidar dos prédios públicos com o mesmo amor que se tem com a própria casa...”, não quero conhecer a casa da família Félix da Silva. Afinal, o histórico Edifício Prada – sede do Executivo limeirense – está numa situação lastimável (com exceção das salas do gabinete do prefeito, claro).
Aliás, um servidor me confidenciou dia desses que o chefe do Executivo passou apenas uma vez pelo local em seis anos de governo... E olha que o local está com problemas estruturais sérios, com parte do teto caindo.
E, por fim, ver o prefeito reclamar que o povo não entende “o tamanho da burocracia do serviço público” é de chorar. Afinal, ele não foi eleito para superar também esse tipo de problema? Se for para ficar reclamando do óbvio, melhor pedir para sair...
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 17:01 |
As confissões de Félix
Marcadores: governo, Limeira, prefeitura, Silvio Félix
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