Nas duas últimas viagens que fiz ao Exterior (EUA e Europa), entre 2007 e 2008, chamou minha atenção o interesse estrangeiro no Brasil e em especial no presidente Lula. Mais do que isso, chamou minha atenção a curiosidade estrangeira sobre o que estava acontecendo com nossa economia e como era quase unânime a percepção de que o Brasil estava dando certo.
Na Bélgica, uma vendedora chegou a dizer, diante de um pedido de desconto seguido de um comentário - em tom de brincadeira - de que éramos (os brasileiros) "pobres", que "nós estávamos ficando ricos, pobres estavam ficando eles (europeus)". Na França, uma vendedora quis saber se era período de férias no Brasil tamanha a quantidade de turistas brasileiros que ela atendia diariamente (em tempo: era abril).
Em Madrid, uma norte-americana manifestou num pub que o Brasil estava crescendo enquanto os EUA afundando.
Nos táxis, comentários sobre o bom desempenho do país e de seu presidente eram comuns a ponto de um taxista em Washington pedir para que "Mr. Lula" fosse o presidente de seu país.
De fato, a imagem do Brasil no que diz respeito à economia mudou no Exterior - a ponto de muitos estrangeiros desejarem estar por aqui (e isso tudo aconteceu antes da crise explodir...). Para quem ainda duvida de que a visão do Brasil mudou, sugiro a leitura de um artigo publicado hoje no jornal inglês "The Guardian".
No artigo, um especialista diz o que para ele (e também para mim - apesar do tom um tanto exagerado) explica a recente ascensão econômica brasileira: "o Brasil teve a sorte de ter dois líderes sucessivos que muitos julgam ser os presidentes eleitos mais bem sucedidos na história da América Latina. O antecessor de Lula, Fernando Henrique Cardoso, foi um líder respeitável que pavimentou o caminho para Lula com reformas econômicas cruciais".
Para ler o artigo (em inglês), clique aqui.
PS 1: se a visão sobre a economia brasileira no Exterior mudou, permanece inalterada a visão sobre a violência no Brasil. A colocação de que o país é violento - seja em forma de afirmação ou de pergunta - foi quase tão comum quanto a outra.
PS 2: a publicação desta postagem só foi possível graças às novas ferramentas da web 2.0. Soube do tal artigo por meio de uma mensagem via Twitter encaminhada por Paula Góes, de Londres.
quinta-feira, 11 de junho de 2009 | Postado por Rodrigo Piscitelli às 18:31 |
Uma nova visão sobre o Brasil
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