Não, não importa. Não importa que tenha sido só 1 a 0. Não importa que tenha sido sofrido. Não importa que tenha sido com um gol de falta no final do jogo. Importa que o futebol proporcionou mais uma vez uma daquelas histórias que só ele é capaz de proporcionar.
Assistir a Brasil e África do Sul nesta tarde (horário de Brasília) foi como ver diante dos olhos um belo capítulo da história humana.
Desde que a África do Sul foi escolhida para sediar a Copa de 2010 (e o mesmo vale para o Brasil, que sediará o evento em 2014), sobram desconfianças quanto à capacidade do país de realizar um espetáculo tão importante. Desconfianças quanto ao cumprimento de prazos, à situação dos estádios, à infraestrutura das cidades... Uma pressão que só aumenta ante a modernidade vista nas duas últimas edições do torneio, na Alemanha (2006) e na Coreia do Sul/Japão (2002).
Quer saber? Que bom que foi só 1 a 0. Que bom que foi sofrido. Sem querer, isto conferiu ao espetáculo uma grandiosidade maior do que se o Brasil tivesse goleado. Tudo porque a África do Sul mostrou o seu valor, dentro e fora do campo.
Ainda que o gramado do estádio esteja ruim, ver a alegria dos torcedores é contagiante. O sorriso aberto, o colorido, a esperança e o orgulho estampados no rosto, sem contar o som das já famosas vuvuzelas ecoando por todos os cantos foi o que se pode chamar de um “dos maiores espetáculos da Terra”. Exagero? Não para quem consegue captar o sentido humano que há muito além da disputa esportiva.
Tecnologia e competência na organização de um evento como a Copa era o mínimo que se podia esperar de Alemanha, Coreia e Japão. São países ricos. A África do Sul não. Até por isso, tudo o que o país fez até agora talvez revele muito mais esforço do que os seus antecessores.
Os olhos marejados de Joel Santana, o brasileiro técnico do time anfitrião, simbolizam isso. Lágrimas contidas antes, durante e depois da partida desta tarde.
Sim, os sul-africanos estão de parabéns.
Estão mostrando ao mundo que um outro mundo é possível.
Se na hora do gol de Daniel Alves as vuvuzelas dos sul-africanos “calaram por um breve, profundo, triste, para eles, instante”, como escreveu o jornalista Juca Kfouri, elas vão ecoar por todo o sempre a partir de agora. Elas serão talvez o maior símbolo de tudo o que representa para o mundo esta Copa que se avizinha. Um mundo que, em 49 anos, investiu US$ 2 trilhões no combate à pobreza, enquanto em um ano aplicou US$ 18 trilhões para salvar o sistema financeiro, segundo relatório da ONU divulgado ontem.
Salve as vuvuzelas!
“No matter what happens we all behind you. Go Bafana Bafana!”
Assistir a Brasil e África do Sul nesta tarde (horário de Brasília) foi como ver diante dos olhos um belo capítulo da história humana.
Desde que a África do Sul foi escolhida para sediar a Copa de 2010 (e o mesmo vale para o Brasil, que sediará o evento em 2014), sobram desconfianças quanto à capacidade do país de realizar um espetáculo tão importante. Desconfianças quanto ao cumprimento de prazos, à situação dos estádios, à infraestrutura das cidades... Uma pressão que só aumenta ante a modernidade vista nas duas últimas edições do torneio, na Alemanha (2006) e na Coreia do Sul/Japão (2002).
Quer saber? Que bom que foi só 1 a 0. Que bom que foi sofrido. Sem querer, isto conferiu ao espetáculo uma grandiosidade maior do que se o Brasil tivesse goleado. Tudo porque a África do Sul mostrou o seu valor, dentro e fora do campo.
Ainda que o gramado do estádio esteja ruim, ver a alegria dos torcedores é contagiante. O sorriso aberto, o colorido, a esperança e o orgulho estampados no rosto, sem contar o som das já famosas vuvuzelas ecoando por todos os cantos foi o que se pode chamar de um “dos maiores espetáculos da Terra”. Exagero? Não para quem consegue captar o sentido humano que há muito além da disputa esportiva.
Tecnologia e competência na organização de um evento como a Copa era o mínimo que se podia esperar de Alemanha, Coreia e Japão. São países ricos. A África do Sul não. Até por isso, tudo o que o país fez até agora talvez revele muito mais esforço do que os seus antecessores.
Os olhos marejados de Joel Santana, o brasileiro técnico do time anfitrião, simbolizam isso. Lágrimas contidas antes, durante e depois da partida desta tarde.
Sim, os sul-africanos estão de parabéns.
Estão mostrando ao mundo que um outro mundo é possível.
Se na hora do gol de Daniel Alves as vuvuzelas dos sul-africanos “calaram por um breve, profundo, triste, para eles, instante”, como escreveu o jornalista Juca Kfouri, elas vão ecoar por todo o sempre a partir de agora. Elas serão talvez o maior símbolo de tudo o que representa para o mundo esta Copa que se avizinha. Um mundo que, em 49 anos, investiu US$ 2 trilhões no combate à pobreza, enquanto em um ano aplicou US$ 18 trilhões para salvar o sistema financeiro, segundo relatório da ONU divulgado ontem.
Salve as vuvuzelas!
“No matter what happens we all behind you. Go Bafana Bafana!”
PS: a frase acima estava escrita em uma faixa da torcida no jogo de hoje.
* As fotos desta postagem foram retiradas do UOL.
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