quinta-feira, 21 de maio de 2015 | | 0 comentários

O gênio Da Vinci

A suntuosa sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na icônica Avenida Paulista, sediou desde o final do ano passado uma interessante exposição sobre um dos gênios da humanidade: o italiano Leonardo da Vinci.

A mostra, chamada "A natureza da invenção", retrata justamente o lado "engenheiro" do famoso pintor renascentista, autor da obras célebres como "La Gioconda" ("Monalisa"). Foram cerca de 40 peças (todas modelos criados a partir de desenhos de Da Vinci) e dez instalações interativas que mostraram ao público como o italiano foi um homem à frente de seu tempo - baste ver as engenhocas que anteciparam descobertas possíveis apenas séculos depois, como as que envolvem o sonho do homem de voar e de explorar os oceanos.




  

  


Há também livros originais com desenhos e estudos de Da Vinci, alguns (como da anatomia humana) com raro realismo.




Os modelos fazem parte do acervo do Museu Nacional da Ciência e Tecnologia "Leonardo da Vinci", de Milão (Itália) e foram produzidos por pesquisadores e engenheiros em 1952.

Por aqui, a exposição terminou em maio, mas fica a dica para quem se aventurar pelas terras italianas.

quinta-feira, 7 de maio de 2015 | | 0 comentários

Roteiro para as férias

Você conhece o reino de Talossa? Sealand? E o principado de Seborga?

Se não conhece, prepare o passaporte. Ou será que não é preciso passaporte? Aliás, existem embaixadas ou consulados desses “países” para requerer um visto?

Estas são
micronações. Existem de fato (de fato?), mas não de direito. Ainda... (rs!)

Quer saber mais? Clique aqui.

quarta-feira, 6 de maio de 2015 | | 0 comentários

Frase

"Não se faz bom jornalismo sem paixão."
Vera Brandimarte, diretora de Redação do jornal "Valor Econômico", na festa de comemoração dos 15 anos do diário

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"Roda Viva" com Marília Gabriela

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A escola que conhecemos faliu, acabou...

Se eu fosse estudante hoje faria milhares de bótons com a hashtag #chegadetortura para ostentar na sala de aula. (...) e cá estamos nós tentando melhorar a gestão - reciclagem e firulas - de um sistema medieval.

Paremos de culpar professores, acusando-os de corporativistas e letárgicos. Cessemos o giro da engrenagem da tortura que mói os alunos, vítimas da ditadura das aulas maçantes. O conceito da escola atual caducou. Fim.

Os pais não saberiam hoje achar uma raiz quadrada, e são incapazes de dizer qual a capital da Holanda ou da Suíça. Tentem. Ou, então, citem dois escritores românticos brasileiros, diferenciem um sujeito oculto de um indeterminado ou mesmo lembrem de dois elementos seguidos da tabela periódica.

A escola que temos é resultado da ideia iluminista de que tudo precisa ficar guardado na cabeça. Na era do Google, é um crime insistir no método da decoreba. (...)

Fonte: Ricardo Semler, “Tortura escolar nunca mais”, Folha de S. Paulo, Opinião, 28/4/15.

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Terceirização: é simples...

(...) É simples: se a terceirização não fosse de conveniência das empresas, por que o empresariado a desejaria?

É simples: se empresas demitem empregados e contratam, para substituí-los, mão-de-obra fornecida por outras empresas, só pode ser porque gastarão menos do que usando empregados seus; logo, a mão-de-obra fornecida tem salários inferiores aos dos empregados demitidos, o que resulta em perda no padrão geral de salários.

É simples: terceirização diminui a pouca distribuição de renda havida nos últimos anos e favorece ainda maior concentração. (...)

Fonte: Janio de Freitas,
“O racha”, Folha de S. Paulo, Poder, 23/4/15.

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Trabalhando...

Livros de pintar para adultos (a partir do minuto 7:28):



A degradação do Centro paulistano ("JC Debate", após abertura):

segunda-feira, 4 de maio de 2015 | | 0 comentários

"Jornalismo aprofundado e sério tem um mercado enorme"

É impossível - repito, em caixa alta, IMPOSSÍVEL - fazer jornalismo de qualidade sem investimento. 

A velha lição, esquecida por quase todas as empresas e redações, foi reforçada numa interessante entrevista do editor do "Washington Post", Marty Baron ao jornal "Folha de S. Paulo", publicada em 3/5/15. 

Veja algumas pitacos a seguir:

(...) Há um investimento enorme em medir o comportamento do leitor digital: o que ele lê, o que ignora, quanto tempo gasta por reportagem. Qual foi a maior surpresa?

Vários clichês foram confirmados. A porcentagem de quem lê um texto até o final é muito menor do que a gente pensa. Uma típica reportagem é lida até o final por 1%, 2% dos leitores. Mas há dois lados da moeda. Várias reportagens longas, bem-feitas, estão entre as mais lidas. Há um enorme número de gente que gasta muito tempo em narrativas aprofundadas. Não é verdade que texto longo afaste leitor.

Assuntos popularescos que fazem barulho na internet espantam o leitor tradicional?
Há um enorme mercado para assuntos sérios. Mas não é porque são sérios que precisam ser chatos. Na nossa profissão, se a história parecer interessante demais, tem gente que acha que está sacrificando a seriedade. Mas contar uma história séria de forma envolvente é um enorme desafio. Essas são as mais lidas.

(...) Além da tecnologia, o que pode melhorar no jornalismo e na maneira de contar histórias?
A narrativa mudou muito com a interatividade. O mais interessante é a integração das ferramentas em um único texto, nos lugares apropriados, dar o contexto. Se numa reportagem você narra a gafe de um político ou uma violência policial e tem o vídeo, pode mostrar ali, na hora. Coloque o gráfico, a cópia do documento para quem quiser se aprofundar. Não separado, em outro lugar, como acontecia muito no passado. Tem que estar tudo bem trançado. É para isso que investimos tanto em tecnologia.

(...) Com esses investimentos, como o conteúdo está mudando?
Falei muito de negócios, mas a minha paixão, o que me mantém nesse meio, são o jornalismo e a reportagem, e temos muito do que nos orgulhar. O Pulitzer deste ano foi para uma reportagem nossa sobre falhas do Serviço Secreto - como o nome diz, é secreto, e nossa repórter conseguiu desvendá-lo. As revelações de Snowden sobre a NSA foram revolucionárias. Temos feito reportagens sobre pobreza, drogas, saúde mental, temas ainda evitados na mídia e na sociedade. Gosto do jornalismo que explica o mundo, explica assuntos com nuances. Tudo o que puder fugir de slogans de políticos, de comentaristas com frases feitas.

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Imprensa: reflexão e autocrítica

(...) O ativismo do Ministério Público e da Polícia Federal pode ser um sonho para quem precisa produzir notícias sofregamente, de impacto, capazes de ganhar uma manchete, ou um alto de página ímpar. (...)

Engana-se redondamente quem pensa que a profusão de meios de informação tornou mais fácil a vida de jornalista. Mais do que nunca são necessários filtros, apurações, documentos confiáveis, fontes fidedignas etc. Dá trabalho, mas a recompensa profissional vale a pena. Usar o Ministério Público e a Polícia Federal como donos absolutos da verdade equivale a terceirizar o ofício do jornalismo. Mas é o que está em voga nesta fase policial da nossa democracia.

Fonte: Ricardo Melo,
“Época de estado policial”, Folha de S. Paulo, Poder, 4/5/15.