Por vezes ainda me pego
Na solidão da madrugada fria
A sonhar o sonho impossível
A desejar o indesejável
A ver o invisível.
Na solidão da madrugada fria
Todos os temores se apresentam
Revelam-se com força
para abalar um ser intrépido.
São como fantasmas que vêm e vão,
vêm e vão, vêm e vão...
Tento, pois, lutar a luta invencível
O sonho impossível
Um tormento.
Um lamento.
Um por que sempre sem resposta
Na solidão da madrugada fria.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Um outro jornalismo possível
Andei relendo alguns materiais antigos e encontrei uma
edição do “Philadelphia City Paper”, de setembro de 2009. Trata-se de um jornal
diferenciado, que foca em dicas de lazer e entretenimento e traz grandes
reportagens. A matéria principal da edição do dia 9 – intitulada “No justice, no peace” – abordou a experiência de um jornal alternativo chamado “The Defenestrator”.
A
publicação alvo da reportagem é de cunho anarquista. Isto, no país mais
capitalista do mundo, soa como uma aberração, uma desconformidade. Sob um
determinado ponto de vista, claro. Porque, sem dúvida, trata-se de uma
experiência rica e inovadora. Um jornal feito pela comunidade, sem
foco mercadológico, discutindo temas de interesse da comunidade –
questões que geralmente passam alheias à chamada “grande imprensa”, seja por
uma visão obtusa ou por falta de interesse mesmo.
Não conhecia o “City Paper” muito menos o “Defenestrator”.
Este, fique claro, não o vi nem o li. Já o primeiro tive contato e posso
garantir: trata-se de uma iniciativa bastante interessante. Não é um jornal
tradicional, com notícias quentes do dia anterior, as chamadas “hard news”. Está
mais para uma revista – tanto pelo formato quanto pelo conteúdo.
O “City Paper” vale a leitura. O texto principal, sobre o “Defenestrator”,
por exemplo, faz uso de recursos do chamado “new journalism” – o “novo
jornalismo”. Para apresentar a publicação anarquista, a reportagem acompanhou
uma espécie de protesto que distribuía comida grátis, fruto de um movimento intitulado
“Food not bombs”.
Após narrar em detalhes personagens e situações do protesto,
a matéria trouxe a questão: como as pessoas foram mobilizadas para participar?
Num mundo em que as redes sociais exibem grande poder de mobilização, aquelas
pessoas estavam lá porque viram no jornal. Não nos jornais tradicionais da
cidade e sim numa publicação um tanto tosca, em preto e branco, chamada “The
Defenestrator”.
A seguir, reproduzo trechos do início da reportagem (disponível
só em inglês). Ela pode ser lida na íntegra no link já disponibilizado nesta
postagem.
They're
supposed to be there at 7:30 p.m., but on Aug. 17, by 7:45, there are very few
people in front of the Free Library's Central Branch, and for very good reason:
Somehow the sun remains sweltering hot despite its gradual progression toward
the horizon over the Art Museum. Still no one by 7:50. Drifters seem to muscle
through the broil to reach the library's luxuriously frigid, conditioned air.
Right
around 8 p.m., just before the impulse to flee has all but played out, a lithe,
white, cute hipster shows up in beat-up gray Chuck Taylors, long cutoff jean
shorts, a tight yellow T-shirt and a green trucker cap. She's grinning wide and
awkwardly cradling a giant plastic bowl that even from 100 feet away appears to
be splashed with red sauce. As she approaches a park bench in the grass, more
young people draw near, maybe 15 total, emerging from the 19th Street side of the library. They all
carry food. The scene begins to play out:
First the
front door of the library opens and a gray-haired dude - Caucasian, unwashed
and unshaven - comes striding out toward the bench, staring intently at it with
wide, dark eyes. A few more people trickle out from inside the library. The
door closes and then opens again as more people exit. From the other side of
the bench a tattered squadron steps in weird unison, some limping, some
stepping faster, close to a jog, toward what one could imagine looks aerially
like a vortex of men and women all converging on one spot to get what turns out
to be a spatula full of vegan spaghetti each, some potatoes and a ripe orange
served on a paper plate.
They eat
using plastic forks. At least 100 people arrive to feast and no one pushes, no
one raises their voice and, in fact, the whole scene is surprisingly silent -
the only sounds coming from mouths chewing and shoes walking, first toward the
bench and then, after they've received their meal, toward spots on grass and
concrete. They eat in peace and chew and sit quietly, if only for a few
moments, before they either depart or get up with a clean plate to ask for
seconds. They'll receive it if they ask; there's plenty to go around.
This
gathering has a name: Food Not Bombs. It's a type of franchise activism
initiated in Cambridge , Mass. , to protest war, poverty and needless
excesses. (...) Their goal is to serve free, fresh-made vegan fare to anyone who wants it, and
to encourage the poor and homeless to gather and hang out and maybe even
germinate ideas for personal and collective growth.
The Web
provides ample opportunities to advertise gatherings like this, but ask anyone
here how they discovered the free food and they'll likely say one of two
things: "My friend told me," or "I read it in the newspaper."
The
"newspaper" is not the Inquirer or the Daily News or even City Paper, but a printed anarchist publication
called The Defenestrator. It is a stark,
black-and-white newsprint publication distributed for free in independent shops
and meeting places along Lancaster and Baltimore avenues in West
Philadelphia , and at a few places within tentacle reach of South Street 's
business district.
A força dos sonhos
Tenha absoluta certeza de que Deus jamais abandona seus
filhos. Se ele nos fez sonhar com algo, também nos deu as ferramentas para
realizar este sonho.
Saiba pedir sua ajuda. Peça
uma coisa de cada vez - e depois aprenda a decifrar os sinais que mostram o
caminho de seu tesouro. Saiba concentrar-se naquilo que deseja de verdade -
esqueça todos os outros pequenos desejos que aparecem no caminho.
Pense bem antes de pedir. Mas quando
souber o que quer, vá até o fim. Aguente as consequências, apanhe com os erros,
pague o preço. Atravesse o deserto das desilusões e da incompreensão. Deixe os
outros dizerem que você enlouqueceu, que aquilo não é possível. Lembre-se que,
no fundo, foi uma força mais poderosa que plantou este desejo em seu coração.
Fonte: blog do Paulo Coelho, “Da concentração”, postado em
29/1/13.
Direto do toca-CD (35)
Cai a noite sobre a minha
indecisão
Sobrevoa o inferno minha timidez
Um telefonema bastaria
Passaria a limpo a vida inteira
Cai a noite sem explicação
Sem fazer a ligação
Sobrevoa o inferno minha timidez
Um telefonema bastaria
Passaria a limpo a vida inteira
Cai a noite sem explicação
Sem fazer a ligação
(...)
Esperei chegar a hora certa
Por acreditar que ela viria
Deixei no ar a porta aberta
No final de cada dia
Cai a noite doce escuridão
De madura vai ao chão
Por acreditar que ela viria
Deixei no ar a porta aberta
No final de cada dia
Cai a noite doce escuridão
De madura vai ao chão
Na hora da canção em que eles
dizem "baby"
Eu não soube o que dizer
Ah...vida real!
Como é que eu troco de canal?
Eu não soube o que dizer
Ah...vida real!
Como é que eu troco de canal?
(“Vida Real”, de Humberto Gessinger)
Ele foi o cara!
Eis o homem que está fazendo o maior sucesso nas telonas e é um dos favoritos ao Oscar 2013 - se não levar o de melhor filme, pelo menos o de melhor ator vai para Daniel Day-Lewis.
Abraham Lincoln, o 16° presidente dos Estados Unidos, é cultuado no país, sendo um dos expoentes do National Mall, em Washington D.C. O memorial em homenagem a ele fica no canto oposto ao Capitólio, a sede do Congresso norte-americano.
* As duas primeiras fotos são de Carlos Giannoni de Araujo; a outra é minha
Abraham Lincoln, o 16° presidente dos Estados Unidos, é cultuado no país, sendo um dos expoentes do National Mall, em Washington D.C. O memorial em homenagem a ele fica no canto oposto ao Capitólio, a sede do Congresso norte-americano.
* As duas primeiras fotos são de Carlos Giannoni de Araujo; a outra é minha
domingo, 27 de janeiro de 2013
De novo o Facebook...
Em menos de dez dias, o Facebook invadiu as conversas ao meu
redor. Primeiro, um “imbroglio” envolvendo o que considero uma idiotice de “aceitar”
e “excluir” (repare bem nos verbos e o peso que eles representam) alguém como “amigo”.
Como se pudesse existir amizade por meio de uma rede social, mas esta é outra
questão.
Depois, um outro problema envolvendo a necessidade das
pessoas de fazerem do tal Facebook um diário. “Fui em tal lugar...”, “Estive
com fulano...”. De repente, a vida de - quase – todo mundo tornou-se de interesse público.
E tudo culminou no questionamento de uma conhecida. A pergunta
inevitável: “Você não tem Facebook né?”. No que respondi: “Para quê? Para ficar
fuçando a vida dos outros?”. E ela: “Ué, é exatamente isto. É legal!”.
Dispenso.
Não adianta você aí, fã do dito cujo, dizer que não é necessariamente
assim porque está na essência do Facebook bisbilhotar o que outros escrevem. Daí
à exposição exacerbada que se vê a todo momento é um pulo. A tal rede
despertou, parece-me, alguns dos mais primitivos instintos humanos...
Confesso que não entendo o que motiva alguém a tornar pública
sua agenda diária de compromissos.
Tampouco consigo entender a exposição fotográfica (muitas
vezes de gosto duvidoso, quando não resvalando para o apelo erótico mesmo). Poses
e mais poses, novos cortes de cabelo, mensagens inúteis, enfim.
De repente, a vida de – quase – todo mundo virou um livro
aberto.
A vaidade humana é potencializada pela rede, sem dúvida. O ego
fica lustrado. Quem não gosta de, ao postar uma foto, ler comentários do tipo “linda”,
“fofa”, “bonita como sempre”? Ou mesmo receber cantadas como “está disponível?”
e afins. Faz parte da natureza humana gabar-se com o elogio.
Não sou psicólogo, antropólogo ou algo do gênero para tentar
explicar o fenômeno. Nem pretendo.
Só sei que me causa certa irritação esta exposição da vida
alheia. E o interessse que isto desperta – porque desperta.
Aí um amigo me disse: “O problema não é o Facebook, são as
pessoas”. Ele tem meia razão. Afinal, a tal rede foi criada para quem senão
para o ser humano?
O fato é que, sem ter Facebook, em uma semana me vi diante de
dois problemas ligados a ele.
Prefiro, pois, levar minha vidinha desinteressante. Acho
melhor, como costumava brincar um colega, “reduzir-me à minha insignificância”.
A quem há de interessar, por exemplo, que acordei resfriado
se não sou Frank Sinatra...?
Pelos céus de Las Vegas
Você tem espírito aventureiro
e uma boa dose de coragem, pode se arriscar pelos céus de Las Vegas (EUA). Basta
subir até o alto da Stratosphere, uma torre – ou melhor, um hotel-cassino em
formato de torre. Lá, além de uma magnífica vista da cidade e dos arredores,
você encontrará alguns brinquedos para se divertir.
Um deles é o que se ve nas
fotos abaixo. Voce senta na cadeirinha e ela gira solta no ar a nada menos que 350 metros de altura. E aí,
arrisca?
Leia também:
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
As cobranças sobre Hadich
Percebe-se uma certa impaciência
de setores da sociedade - e da imprensa – com o governo Paulo Hadich (PSB). Cobranças
e julgamentos que são feitos com menos de um mês de governo hoje não eram feitos
em outros tempos. Se tivesse ocorrido da mesma forma talvez Limeira não tivesse
passado pelos tristes episódios que viveu entre o final de 2011 e o início de
2012.
Contudo, como este blog já registrou, parte da "prematuridade" das cobranças e críticas tem
relação direta com o novo momento que a cidade vive justamente em razão da
crise política que se abateu sobre ela. Limeira não é e nunca mais será a
mesma.
Sente-se, porém, que parte da
crítica guarda uma relação com um certo preconceito latente na chamada elite
limeirense (a financeira e a formadora de opinião). O governo Hadich
representou a ascensão ao poder de um novo grupo, alheio a esta elite.
Soma-se a estes fatores (a
nova realidade e o preconceito) o amadorismo de alguns, os de sempre,
aproveitadores de plantão, deste e de todos os governos.
A expectativa, neste caso, é
que Hadich não ceda como ols outros fizeram. Pelo meno não em relação a isso (já
que nos arranjos políticos ele infelizmente cedeu...).
“Eu não posso como quero!”
O que eu posso, eu não posso como quero!
Eu posso com menos possibilidades.
Se eu não posso modificar a vida, quero deixar que a vida me modifique.
Se eu não posso mudar o acontecimento,
então eu quero que o acontecimento me modifique.
Isso é reconciliar os contrários.
Isso é descobrir a sabedoria da possibilidade.
Não é do jeito que eu quero, mas vai ser o jeito que pode!
E aí o meu coração se mexe assim como o organismo busca forças
para reconciliar a carne e cicatrizar aquele lugar que está ferido.
Todo o meu organismo se mexe, se volta para aquela urgência.
Todo o meu coração se move na tentativa de descobrir
o significado para a vida naquele instante.
E se a gente obedece a essa regra da cicatrização do momento,
a gente acorda melhor no outro dia. Sabe por quê?
Porque a ferida parou de sangrar um pouco.
(Padre Fábio de Melo)
Eu posso com menos possibilidades.
Se eu não posso modificar a vida, quero deixar que a vida me modifique.
Se eu não posso mudar o acontecimento,
então eu quero que o acontecimento me modifique.
Isso é reconciliar os contrários.
Isso é descobrir a sabedoria da possibilidade.
Não é do jeito que eu quero, mas vai ser o jeito que pode!
E aí o meu coração se mexe assim como o organismo busca forças
para reconciliar a carne e cicatrizar aquele lugar que está ferido.
Todo o meu organismo se mexe, se volta para aquela urgência.
Todo o meu coração se move na tentativa de descobrir
o significado para a vida naquele instante.
E se a gente obedece a essa regra da cicatrização do momento,
a gente acorda melhor no outro dia. Sabe por quê?
Porque a ferida parou de sangrar um pouco.
(Padre Fábio de Melo)
A reportagem final
A última reportagem que fiz para a TV Jornal foi um balanço
da curta administração de Orlando Zovico à frente da Prefeitura de Limeira.
A reportagem foi ao ar no "Jornal da Cidade".
A reportagem foi ao ar no "Jornal da Cidade".
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Anjos - eles existem
Anjos existem. E não necessariamente possuem asinhas brancas
e auréolas.
Eles se apresentam na nossa vida cotidianamente. Tornam-se
amigos ou simplesmente passam por um instante, um insignificante instante – mas
relevante o suficiente para dar o recado.
Na vida, por vezes conhecemos pessoas em quem depositamos
todo amor e confiança e elas nos decepcionam. De um modo que deixa marcas,
feridas, cicatrizes. Ainda assim, devemos aceitar e entender que algum motivo
havia (ou há) para que enfrentássemos determinadas situações – ainda que
doloridas - junto de determinadas pessoas.
Outras, porém, aparecem de um modo aparentemente casual e nos
ajudam – seja por meio de um gesto, uma palavra ou algo maior.
Cada anjo tem seu momento e seu objetivo.
Você já parou para pensar quantas pessoas contribuíram para
sua vida, seja em razão de uma palavra, um conselho, um alerta? Você deu ouvidos
a estas pessoas ou as ignorou? Talvez elas tenham sido anjos enviados por Deus
para lhe ajudar.
Por vezes, os anjos aparecem apenas para nos amparar. Fazem isso
sem saber quanto estão nos ajudando – porque os anjos não são necessariamente
seres celestiais. São algumas vezes humanos, cheios de qualidades e defeitos
como nós.
Ultimamente, tenho identificado alguns anjos em minha vida. São
pessoas enviadas por Deus para uma determinada missão – e a exercem do modo
mais singelo possível, com humildade, simplicidade e sem pretensão alguma.
Alguns dão a isto o nome de amizade. Pode ser, anjos por
vezes se tornam nossos amigos.
Nem sempre, porém, será assim.
Portanto, comece a prestar atenção nos detalhes, nas
palavras que as pessoas lhe dirigem, nos gestos que fazem em seu favor. Você
inevitavelmente começará a identificar muitos anjos em seu caminho.
Acredite, eles existem. E não necessariamente possuem
asinhas brancas e auréolas.
O "modus brasiliensis" e nós
Segue a série de revelações
diárias sobre os desvios de conduta do favorito à presidência do Senado, Renan
Calheiros, seguido de perto na série pelo candidato à presidência da Câmara,
Henrique Eduardo Alves. Mas não é nas obras incompletas desses dois líderes
políticos que se encontra o motivo mais forte de espanto e indignação. É no seu
oposto. É nas outrora chamadas "pessoas de bem", hoje sem uma
expressão que as designe.
Onde
estão as "pessoas de bem" dotadas de poderes para reagir à esperada
entrega do Poder Legislativo do país ao aviltamento escancarado? Onde estão a
OAB nacional e suas seções regionais, que não movem sua autoridade histórica e
seu patrimônio de conhecimento para ativar e liderar a defesa da sociedade
civil? Acomodar-se no imobilismo e no silêncio permissivos é associar-se ao que
merece reação. Os intelectuais, os artistas, os estudantes, onde pararam?
Fonte: Janio de Freitas, “Aplausos, que eles merecem”, Folha de
S. Paulo, Poder, 24/1/13.
Leia também:
Passado e futuro num museu
Você, por acaso, tem receio de voar? Com toda a tecnologia
existente hoje, ainda não se sente confortável dentro de um avião?
Tente, então, fazer um exercício: volte no tempo quatro décadas, mais
precisamente a julho de 1969. Imagine a tecnologia existente na época e
embarque numa aventura inédita e desconhecida rumo à... Lua.
Isto mesmo!
Tal como os portugueses se lançaram ao mar (igualmente
desconhecido e misterioso) no século 15, dando início às grandes navegações e
alterando definitivamente o rumo da história da humanidade ao “descobrirem” o Novo
Mundo, navegadores do século 20 - chamados astronautas - deram em 1969 “um
pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a humanidade”.
Pela primeira vez um homem pisava em solo lunar. Era a missão Apollo 11, da Nasa (a agência espacial dos Estados Unidos). O feito inédito coube a Neil Armstrong e Edwin “Buzz” Aldrin (o terceiro tripulante da missão, Michael Collins, permaneceu todo o tempo no módulo de comando Columbia).
Pela primeira vez um homem pisava em solo lunar. Era a missão Apollo 11, da Nasa (a agência espacial dos Estados Unidos). O feito inédito coube a Neil Armstrong e Edwin “Buzz” Aldrin (o terceiro tripulante da missão, Michael Collins, permaneceu todo o tempo no módulo de comando Columbia).
Estou relembrando este episódio porque, dia desses, assisti
num canal a cabo a um
documentário sobre o surgimento e o desenvolvimento da aviação, desde os
experimentos dos irmãos Wright em Dayton, no estado de Ohio, em 1903, até os dias
atuais.
Ao tratar do desenvolvimento da aviação, o documentário abordou a ida à Lua. Isto porque
muito da tecnologia usada hoje em dia e considerada essencial para a aviação comercial tem origem naquele arriscado voo de 1969 da
Apollo 11.
Foi dali que surgiram, por exemplo, os primórdios de um sistema em voga
atualmente nos aviões, chamado “fly-by-wire”.
De acordo com o documentário, muita gente ignora o fato de
que a missão rumo à Lula quase foi abortada minutos antes de ser completada. É
que o módulo lunar Eagle se deslocou além da área prevista para o pouso (coisa
de seis quilômetros), colocando a operação em risco.
Havia pouco combustível, mas Armstrong tomou a decisão de
seguir adiante. Para isso, em linguagem popular, “dirigiu” manualmente o módulo
até o solo. Foram as informações dadas pelo moderno e inovador (para a
época) sistema de navegação por computador que permitiram ao astronauta tomar a
decisão – que, tal como nas grandes navegações, mudou a história da
humanidade (o fato está contado em detalhes no Wikipedia).
Não descobrimos “novos mundos” (embora tenhamos chegado ao
inabitável satélite da Terra), mas muitos dos avanços que tornaram a missão
possível fazem parte do nosso cotidiano até hoje.
Enquanto assistia ao documentário, lembrei das visitas que
fiz ao museu da aviação em Washington D.C ., a capital dos EUA – a
última delas em abril de 2012.
Oficialmente denominado National Air and Space Museum (NASM),
o local não só conta a história da ida do homem à Lua como permite que os
visitantes toquem numa lasca de pedra lunar (experiência considerada a mais
interessante de toda a viagem pelo amigo jornalista Carlos Giannoni de Araujo,
que me acompanhou) e vejam objetos usados naquela revolucionária missão –
incluindo o Columbia.
Roupas de astronautas, módulos para a reentrada na Terra (devidamente chamuscados pelo contato com a atmosfera, quando
costumam se incendiar), a “vida” no interior de um foguete, o cenário do pouso
na Lua e o vídeo que registrou o histórico momento, entre tantas outras
curiosidades da aviação e da ciência estão lá à disposição dos visitantes.
O NASM é um verdadeiro deleite para os aficcionados por
aviões. Vale a visita até para quem é apenas curioso, o que inclui praticamente
todos os seres humanos. O museu fica no National Mall, bem perto do Capitólio
(a sede do Congresso dos EUA) e a entrada é grátis.
* As fotos são minhas e dos amigos Cristiano Persona e Carlos Giannoni de Araujo
Direto do toca-CD (34)
Dentro de cada pessoa
Tem um cantinho escondido
Decorado de saudade
Tem um cantinho escondido
Decorado de saudade
Um lugar pro coração pousar
Um endereço que frequente sem morar
Ali na esquina do sonho com a razão
No centro do peito, no largo da ilusão
Ali na esquina do sonho com a razão
No centro do peito, no largo da ilusão
Coração não tem barreira, não
Desce a ladeira, perde o freio devagar
Eu quero ver cachoeira desabar
Montanha, roleta russa, felicidade
Posso me perder pela cidade
Fazer o circo pegar fogo de verdade
Mas tenho meu canto cativo pra voltar
Desce a ladeira, perde o freio devagar
Eu quero ver cachoeira desabar
Montanha, roleta russa, felicidade
Posso me perder pela cidade
Fazer o circo pegar fogo de verdade
Mas tenho meu canto cativo pra voltar
Eu posso até mudar
Mas onde quer que eu vá
O meu cantinho há de ir
Mas onde quer que eu vá
O meu cantinho há de ir
Dentro...
("Cantinho Escondido",
de Carlinhos Brown, Marisa Monte, Arnaldo
Antunes e Cézar Mendes)
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Jornalismo e história
Então professor do Departamento de História da USP
(Universidade de São Paulo), Marcos Silva esteve na Unesp (Universidade
Estadual Paulista), em Bauru, em meados dos anos 1990, para uma palestra sobre
ensino de história.
Na ocasião, ele fez uma interessante ligação entre o
historiador e o jornalista. “O jornalismo é um tipo de conhecimento histórico.
O jornalista analisa seu momento. O historiador divide com o jornalista
preocupações”, afirmou.
Ele fez questão de salientar que, ao contrário do que muitos
pensam, história não é a “ciência do passado”. Segundo Silva, história é o
estudo do ser humano e suas ações no tempo indeterminado – inclusive na atualidade.
Durante a palestra, o professor fez uma crítica ao “modus
operandi” da imprensa tradicional. De acordo com ele, o jornalismo trabalha
pouco com o homem comum. “O procedimento da imprensa deve ser refletido”,
afirmou.
Na ocasião, fiz duas perguntas ao professor, que gostaria de
reproduzir:
Pergunta – O Brasil é um país sem memória, como diz o senso-comum?
Marcos Silva – Discordo. Tem uma memória muito consolidada,
muito forte. Temos muita dificuldade de viver dentro desse esquema. A memória
da elite é muito forte. Basta ver o Duque de Caxias, o “pacificador”. O Brasil
possui uma memória poderosíssima. Apagou-se a memória dos movimentos sociais. Existe
uma memória determinada.
Pergunta – O povo brasileiro não tem memória, como afirmam?
Silva – Existem ponderações de “desmemória”. As pessoas não
esqueceram das coisas, foram levadas a não se lembrar. A grande imprensa
participou muito desse esquecimento. O grande mal é ser unidirecional.
Importante salientar novamente que a palestra (e, portanto,
as opiniões) foi dada em meados dos anos 1990.
Primórdios do clube
Aos parceiros do Clube Erdinger, uma lembrança do passado. Vocês nem sabiam o que era isto, mas eu já tomava a minha Erdinger - em Londres! Não é à toa que sou o fundador e presidente de honra do clube (risos).
Já morreram de inveja (risos)?
Para ser um bom jornalista...
Revendo alguns materiais da época da faculdade (ou seja, dos
primórdios da popularização da Internet, meados dos anos 1990), encontrei
anotações de uma palestra do jornalista Marcelo Mendonça a alunos de Comunicação
Social da Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Bauru.
Mendonça – na época editor do hoje extinto “Jornal da Tarde”
– teve que responder uma pergunta que começava a intrigar quase todo mundo: “Existe
futuro para a mídia impressa?”
“Isto ela mesma se pergunta. Os brindes jogaram a circulação
num nível insuportável. Isto gerou problemas físicos, falta de papel jornal.
Acredito que a mídia impressa ainda tem uma vida longa”, disse ele na ocasião.
De fato, até hoje (cerca de 15 anos depois da palestra) ninguém
tem ao certo uma resposta para a tal pergunta.
O que se sabe é que o conhecido “JT”, nascido em 1966 para
revolucionar a imprensa, não resistiu aos novos tempos. Deixou de circular em 31
de outubro de 2012.
Na ocasião, nós alunos perguntamos também a Mendonça quais os
requisitos para conseguir um bom emprego (ou seja, ser um bom jornalista). Trata-se
de uma pergunta que já me fizeram, uma ex-aluna, e que foi motivo de postagem aqui no blog.
Mendonça respondeu de modo objetivo. Eis, então, os
requisitos citados por ele (com os quais concordo):
- ter vontade (gostar do que faz);
- escrever bem (dominar a Língua Portuguesa);
- ler muito;
- saber pelo menos o inglês;
- ser curioso;
- não se acomodar.
E aí, alguém se arrisca?
Aniversariantes ilustres
Dois ícones de duas das maiores metrópoles do mundo comemoram neste início de 2013 datas emblemáticas. No próximo dia 2, a Grand Central Station, em Nova York (EUA), vai celebrar seu centenário. Um livro está sendo lançado para marcar a data - trechos da obra constam de reportagem divulgada pelo UOL.
Em 9 de janeiro último, quem comemorou aniversário foi o metrô de Londres (Inglaterra): 150 anos, o que lhe confere o título de mais antigo do mundo.
Quem já foi para a capital inglesa e pegou o "tube" certamente ficou com uma frase gravada na memória (tamanha a insistência com que é repetida, a cada parada): "Mind the gap".
Uma exposição foi lançada para celebrar a data.
* Uma foto, a primeira, é de minha autoria; as demais, pela ordem, são dos amigos Cristiano Persona, Kelly Camargo e Carlos Giannoni de Araujo (as duas últimas)
Em 9 de janeiro último, quem comemorou aniversário foi o metrô de Londres (Inglaterra): 150 anos, o que lhe confere o título de mais antigo do mundo.
Quem já foi para a capital inglesa e pegou o "tube" certamente ficou com uma frase gravada na memória (tamanha a insistência com que é repetida, a cada parada): "Mind the gap".
Uma exposição foi lançada para celebrar a data.
* Uma foto, a primeira, é de minha autoria; as demais, pela ordem, são dos amigos Cristiano Persona, Kelly Camargo e Carlos Giannoni de Araujo (as duas últimas)
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
"Os olhos precisam viajar"
A maravilhosa frase ali no
título é de Diane Vreeland, a grande fashionista americana. Com ela eu
concordo, em sua sabedoria eu bebo.
Amo viajar. Viajo cada vez mais com mais intensidade. Não dá só para ficar googlando a vida, é preciso ver a vida. A vida não é on-line.
É preciso internacionalizar o pensamento, confrontar os parâmetros. Ter uma visão das coisas que estão acontecendo. E nunca foi tão fácil viajar. (...)
Fonte: Nizan Guanaes, "Folha de S. Paulo", Mercado, 22/1/13 (texto na íntegra aqui).
Amo viajar. Viajo cada vez mais com mais intensidade. Não dá só para ficar googlando a vida, é preciso ver a vida. A vida não é on-line.
É preciso internacionalizar o pensamento, confrontar os parâmetros. Ter uma visão das coisas que estão acontecendo. E nunca foi tão fácil viajar. (...)
Fonte: Nizan Guanaes, "Folha de S. Paulo", Mercado, 22/1/13 (texto na íntegra aqui).
Querer e poder
O que eu quero eu não tenho
O que eu não tenho eu quero ter
Não posso ter o que eu quero
E acho que isso não tem nada a ver
(“Conexão Amazônica”, de Renato Russo e Fê Lemos)
O que eu não tenho eu quero ter
Não posso ter o que eu quero
E acho que isso não tem nada a ver
(“Conexão Amazônica”, de Renato Russo e Fê Lemos)
O que eu quero
Eu não vou lhe dizer
O que eu sinto
Você não vai saber
O que eu não posso
É o que eu quero ter
(“Voltar”, de Jonathan Côrrea)
O que tem de errado em mim?
tudo o que eu quero é o que não posso ter
Será que vai ser sempre assim?
(“Tudo o que eu não posso ter”, de Israel Ribeiro)
Paixões reunidas (e não me refiro ao time)
Leitura, esporte e história são algumas paixões da minha vida. Quando é possível unir as três num único momento, num mesmo objeto, tem-se algo especial. É assim que defino a recém-concluída leitura de "1942 - O Palestra vai à guerra", do jornalista Celso de Campos Jr., com brilhante trabalho visual de Gustavo Piqueira.
A obra trata de um momento histórico para o então Palestra e depois Palmeiras: justamente quando se deu a mudança do nome do clube. Era também um momento histórico para o Brasil, que vivia a ditadura de Getúlio Vargas e as pressões para ingressar na Segunda Guerra Mundial, que fazia a Europa sangrar.
O "book-trailer" a seguir dá uma ideia do momento crucial em que a história do mundo, do Brasil e do Palmeiras se cruzaram na São Paulo dos anos 1940, uma cidade que fervilhava com sua transformação urbana e respirava futebol, talvez a principal atividade de lazer na época:
Deixando paixões de lado, é preciso reconhecer um fato: o Palmeiras de hoje está uma draga (aliás, não só hoje, já há alguns anos, infelizmente), mas qualquer palmeirense tem motivos mais do que suficientes para se orgulhar da história do clube.
Não sei se algumas outras agremiações podem dizer o mesmo. Ainda que brilhem nos gramados de hoje, o passado tem manchas que o tempo não apaga.
Recomendo o livro para todos que amam leitura, esporte ou história. Se gostar dos três, corra para a livraria!
A obra trata de um momento histórico para o então Palestra e depois Palmeiras: justamente quando se deu a mudança do nome do clube. Era também um momento histórico para o Brasil, que vivia a ditadura de Getúlio Vargas e as pressões para ingressar na Segunda Guerra Mundial, que fazia a Europa sangrar.
O "book-trailer" a seguir dá uma ideia do momento crucial em que a história do mundo, do Brasil e do Palmeiras se cruzaram na São Paulo dos anos 1940, uma cidade que fervilhava com sua transformação urbana e respirava futebol, talvez a principal atividade de lazer na época:
Deixando paixões de lado, é preciso reconhecer um fato: o Palmeiras de hoje está uma draga (aliás, não só hoje, já há alguns anos, infelizmente), mas qualquer palmeirense tem motivos mais do que suficientes para se orgulhar da história do clube.
Não sei se algumas outras agremiações podem dizer o mesmo. Ainda que brilhem nos gramados de hoje, o passado tem manchas que o tempo não apaga.
Recomendo o livro para todos que amam leitura, esporte ou história. Se gostar dos três, corra para a livraria!
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Frase
"Que a vida me chame. Os vistos estão em dia e sigo a postos."
Martha Medeiros, escritora, em "Um lugar na janela" (p. 191)
Martha Medeiros, escritora, em "Um lugar na janela" (p. 191)
Câmara fica cheia na estreia da nova legislatura
“Esta presidência solicita aos senhores vereadores e
senhoras vereadoras que se levantem.” Com estas palavras, seguida da tradicional
leitura de um trecho da Bíblia, Ronei Costa Martins (PT) abriu oficialmente às
18h09 desta segunda-feira (21/1/13) a sessão ordinária inaugural da nova Câmara de Limeira para o quadriênio 2013-16.
Na chamada inicial, apenas 15 dos 21 vereadores estavam no
plenário – os demais chegaram rapidamente.
A estreia da nova legislatura foi marcada por um desfalque:
o vereador reeleito Raul Nilsen Filho (PMDB) pedira licença do cargo para
comandar a Secretaria Municipal de Saúde. Em seu lugar, Ronei deu posse nesta
segunda ao suplente do PMDB, o empresário e radialista Bruno Arcaro Bortolan.
No discurso de posse, Bruno destacou a trajetória da família
na Câmara (o avô Vitório, que dá nome ao plenário, foi vereador por seis
mandatos e o pai Gu Bortolan por dois mandatos, ambos tendo presidido o
Legislativo). Também manifestou sua confiança na política e falou em “lisura” e
“honradez” como heranças deixadas pelo pai e o avô na Casa de Leis.
Na primeira sessão ordinária da nova legislatura, o
auditório ficou cheio. Assim, a sessão foi marcada por muita movimentação nos
bastidores. Sobraram conversas em tom ameno.
No plenário, timidez e cautela por parte dos vereadores
novatos. Era nítida a preocupação em “não fazer feio na estreia”. Um deles
chegou a confidenciar ao blog que aguardaria “umas três sessões” para se soltar
um pouco mais, aprendendo nesse tempo com os demais.
Assim, só mesmo os mais experientes – alguns de volta à
Câmara - arriscaram uma participação mais efetiva.
O primeiro projeto de lei da nova legislatura – de número 01/2013
- teve a assinatura de Darci Reis (PR). Ele quer proibir a frisagem de pneus na
cidade.
A primeira comissão de assuntos relevantes também já foi
proposta. De autoria de Jorge de Freitas (PPL), tem como objetivo buscar a
consolidação das leis municipais (em outras palavras, uma revisão das leis
locais, muitas em desuso ou ignoradas por cidadãos e Poder Público).
Do Executivo, a matéria de abertura foi um veto do prefeito
Paulo Hadich (PSB) a uma lei aprovada no ano passado. O veto foi encaminhado às
comissões internas da Câmara.
A primeira moção foi de aplausos. Assinada por Freitas e
Júlio César Pereira dos Santos (DEM), ela congratula a limeirense Alexandra Nascimento
pela conquista do título de melhor jogadora de handebol do mundo.
De volta à Câmara, Wilson Nunes Cerqueira (PT) foi escolhido
por Hadich para ser líder do governo.
Hadich, aliás, não apareceu para a costumeira visita de
cortesia na abertura do ano legislativo.
Pelo menos três ex-vereadores estavam presentes: Mário
Botion, Carlos Rossler e Silvio Brito.
Quem também apareceu para saudar o novo Legislativo foi o
ex-vereador e hoje deputado federal Otoniel Carlos de Lima (PRB). Em discurso, ele
falou de suas ações em prol de Limeira junto ao governo federal e alfinetou o
ex-prefeito Silvio Félix (PDT), cassado em 24 de fevereiro de 2012 sob acusação
de suposto enriquecimento ilícito de seus familiares. Otoniel afirmou que em um
mês foi procurado mais por Hadich do que “nos sete anos do governo anterior”.
Júlio César aproveitou a presença do deputado para pedir a
intervenção dele junto ao governo estadual (Otoniel foi deputado estadual antes
de chegar ao Congresso Nacional) no sentido de buscar reduzir as tarifas de
pedágio e incentivar o transporte ferroviário.
Pelo menos dois projetos que estavam na pauta de votação
ficaram prejudicados em razão de emendas e um deles foi retirado a pedido do
prefeito. Os vereadores ainda se reuniram para formar os blocos e comissões
internas da Casa.
Homenagem a um leonino
Reproduzo a seguir a reportagem do jornalista Gustavo
Nolasco - veiculada no “Jornal da Cidade” desta segunda-feira (21/1/13) da TV
Jornal - como homenagem a um limeirense e leonino apaixonado pelas coisas da
Internacional de Limeira.
PS: a Câmara de Limeira fez nesta segunda-feira um minuto de silêncio em reverência à memória de Richard Drago.
A reportagem mostra um exemplo de amor por um clube e também de amizade.
Antonio Carmo Drago - ou simplesmente Richard, como era mais conhecido - morreu nesta segunda-feira em São Paulo:
PS: a Câmara de Limeira fez nesta segunda-feira um minuto de silêncio em reverência à memória de Richard Drago.
Direto do toca-CD (33)
'Because
nothing' last forever
And we both know hearts can change
And it's hard to hold a candle
In the cold November rain
We've been through this such a long long time
And we both know hearts can change
And it's hard to hold a candle
In the cold November rain
We've been through this such a long long time
Just tryin'
to kill the pain
But lovers
always come and lovers always go
And no
one's really sure who's lettin' go today
Walking
away
If we could
take the time to lay it on the line
I could
rest my head
Just
knowin' that you were mine
All mine
(...)
I know it's
hard to keep an open heart
When even
friends seem out to harm you
But if you
could heal a broken heart
Wouldn't
time be out to charm you
Sometimes I
need some time...on my own
Sometimes I
need some time...all alone
Everybody
needs some time...on their own
Don't you
know you need some time...all alone
(...)
Don't ya
think that you need someone
Everybody
needs somebody
You're not
the only one
("November
Rain", de Axl Rose)
"Intimidade é uma m..."
Tenho um amigo publicitário que costumava (acho que ainda costuma) dizer o seguinte: "Intimidade é uma merda...".
Faz muito sentido. A intimidade permite que façamos coisas que não faríamos diante de qualquer pessoa. E também que falemos coisas - sérias ou asneiras - que não falaríamos diante de qualquer pessoa.
Intimidade é, portanto, uma via de mão dupla: tem seu lado bom, pois indica confiança, mas não deixa de ter seu lado escrachado ou mesmo difícil.
Eu, por exemplo, tenho um outro amigo que acaba, em razão da intimidade que criamos, ouvindo todos os meus desabafos. Coitado, já deve estar de saco cheio. Sei que está - embora ele saiba que "paga o preço" (do que fez) e de ter escolhido ser meu amigo.
Então aguente minhas crises!
Notícia boa: elas são cada vez mais passageiras. Viva 2013!
Faz muito sentido. A intimidade permite que façamos coisas que não faríamos diante de qualquer pessoa. E também que falemos coisas - sérias ou asneiras - que não falaríamos diante de qualquer pessoa.
Intimidade é, portanto, uma via de mão dupla: tem seu lado bom, pois indica confiança, mas não deixa de ter seu lado escrachado ou mesmo difícil.
Eu, por exemplo, tenho um outro amigo que acaba, em razão da intimidade que criamos, ouvindo todos os meus desabafos. Coitado, já deve estar de saco cheio. Sei que está - embora ele saiba que "paga o preço" (do que fez) e de ter escolhido ser meu amigo.
Então aguente minhas crises!
Notícia boa: elas são cada vez mais passageiras. Viva 2013!
Um "Joselito"
A história é mais ou menos assim, resumidamente: o ciclista foi multado em US$ 50 em Nova York (EUA) por desrespeitar a ciclofaixa. Ocorre que a tal faixa estava com um obstáculo. Inconformado com a falta de bom-senso do policial, ele decidiu servir de cobaia para um protesto, que resultou no vídeo a seguir:
PS: a definição de Joselito foi dada pelo "brother" Danilo Fernandes.
PS: a definição de Joselito foi dada pelo "brother" Danilo Fernandes.
domingo, 20 de janeiro de 2013
Ruídos noturnos...
"Marvin, agora é só você
E não vai adiantar
Chorar vai me fazer sofrer."
E não vai adiantar
Chorar vai me fazer sofrer."
"Marvin, a vida é pra valer
Eu fiz o meu melhor
E o seu destino eu sei de cor."
("Marvin", de R. Dunbar, G. N. Johson, Nando Reis e
Sérgio Britto)
sábado, 19 de janeiro de 2013
"A vida é um ato de fé"
Se todos vivessem suas vidas e deixassem que os outros fizessem o mesmo, Deus estaria em cada instante, em cada grão de mostarda, no pedaço de nuvem que se mostra e se desfaz no momento seguinte.
Deus está ali, e mesmo assim as pessoas acreditam que é preciso continuar procurando, porque parece simples demais aceitar que a vida é um ato de fé.
As palavras de Deus estão escritas no mundo que nos rodeia. Basta prestar atenção ao que acontece em nossa vida para descobrir em qualquer momento do dia onde Ele esconde suas palavras e sua vontade.
Fonte: blog de Paulo Coelho, postado em 18/1/13.
Deus está ali, e mesmo assim as pessoas acreditam que é preciso continuar procurando, porque parece simples demais aceitar que a vida é um ato de fé.
As palavras de Deus estão escritas no mundo que nos rodeia. Basta prestar atenção ao que acontece em nossa vida para descobrir em qualquer momento do dia onde Ele esconde suas palavras e sua vontade.
Fonte: blog de Paulo Coelho, postado em 18/1/13.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Mais uma Erdinger, claro!
Voltando ao ritmo do Clube Erdinger (aliás, antes era mensal, agora está virando semanal... - a Erdinger merece!):
E o "brother" Danilo Fernandes observou bem: no Maverick, o sabor é outro. O segredo? A temperatura no ponto exato.
E o "seo" Tales furou desta vez...
E o "brother" Danilo Fernandes observou bem: no Maverick, o sabor é outro. O segredo? A temperatura no ponto exato.
E o "seo" Tales furou desta vez...
Frase
“É todo o mistério de que
nada dura que martela repetidamente coisas que não chegam a ser música, mas são
saudade, no fundo absurdo da minha recordação.”
Bernardo Soares, um dos heterônimos do poeta português Fernando Pessoa, no “Livro do Desassossego”
Bernardo Soares, um dos heterônimos do poeta português Fernando Pessoa, no “Livro do Desassossego”
Direto do toca-CD (32)
When the one thing you're looking for
Is nowhere to be found
And you back stepping all of your moves
Trying to figure it out
You wanna reach out
You wanna give in
Your head's wrapped around what's around the next bend
You wish you could find something warm
'Cause you're shivering cold
It's the first thing you see as you open your eyes
The last thing you say as your saying goodbye
Something inside you is crying and driving you on
'Cause if you hadn't found me
I would have found you
So long you've been running in circles
'Round what's at stake
But now the times come for your feet to stand still in one place
("Something Inside")
Is nowhere to be found
And you back stepping all of your moves
Trying to figure it out
You wanna reach out
You wanna give in
Your head's wrapped around what's around the next bend
You wish you could find something warm
'Cause you're shivering cold
It's the first thing you see as you open your eyes
The last thing you say as your saying goodbye
Something inside you is crying and driving you on
'Cause if you hadn't found me
I would have found you
So long you've been running in circles
'Round what's at stake
But now the times come for your feet to stand still in one place
("Something Inside")
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
As áreas verdes (de novo)
Grandes cidades não são grandes apenas por suas histórias. Elas
também são vanguarda, ainda que carreguem séculos de tradições. Ditam moda e dão
exemplo. Tome-se o caso das áreas verdes. Em Nova York (EUA),
qualquer canto que possa abrigar uma praça acaba servindo de ponto de encontro –
seja para um descanso, um passeio solitário ou com os filhos, um lanche rápido,
etc.
Em que pese estar hoje sob controle privado – da empresa que opera, sob concessão, o serviço de água na cidade -, o local ficaria melhor aberto à comunidade. Como, aliás, a pracinha existente bem em frente, que registra baixa frequência de público.
A equação fica assim, então: falta cuidado por parte do poder público, falta hábito por parte da comunidade.
É possível, porém, construir uma outra realidade. Basta querer – e para isso é preciso dar o primeiro passo.
Da maior de todas as áreas, o Central Park, aos menores
recantos, passando pela agitada Washington Square, os nova-iorquinos sabem desfrutar
do espaço coletivo.
No Brasil, as cidades e os cidadãos (aqueles que, afinal,
dão vida a um lugar) ainda carecem de uma conscientização maior do chamado
espaço público. Como exemplo as frequentes depredações em praças e jardins país
afora.
Os governos em geral também pouco contribuem para mudar esta
realidade. É comum encontrar espaços abandonados, sem manutenção, com mato alto
e sujeira – um atrativo para vândalos e afins. Também faltam segurança e outros
atrativos, como atividades gratuitas para atrair o cidadão de bem para as áreas
de convivência.
Também falta iniciativa. Em Limeira, por exemplo, esta
pequena área que abriga um reservatório de água na região do chamado Centro
Acima poderia muito bem servir como uma pracinha, mas está fechada com
alambrado e fios cortantes.
Em que pese estar hoje sob controle privado – da empresa que opera, sob concessão, o serviço de água na cidade -, o local ficaria melhor aberto à comunidade. Como, aliás, a pracinha existente bem em frente, que registra baixa frequência de público.
A equação fica assim, então: falta cuidado por parte do poder público, falta hábito por parte da comunidade.
É possível, porém, construir uma outra realidade. Basta querer – e para isso é preciso dar o primeiro passo.
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