Segundo anotou Marcus Gee em
artigo no “The Globe and Mail” de 21 de abril, Toronto esforçou-se nos últimos
anos para despoluir a água do lago que a banha. Hoje, oito das 11 praias estão
limpas, com bandeira azul. Contudo, duas das praias preferidas dos banhistas
por gerações - a Marie Curtis e a Sunnyside – ainda são afetadas por poluentes
que entram no lago pelo rio.
O projeto do novo arquipélago, batizado de Humber Bay, permitiria limpar a água dessas praias. Além disso, com as novas ilhas, a cidade ganharia um área de lazer, valorizando ainda mais seu “lakefront”, ou seja, a margem do lago.
Ainda conforme o artigo, Toronto vai produzir 800 mil metros cúbicos de entulho com escavações para obras de água e esgoto nos próximos dez anos. Já uma obra de trânsito gerará outros 800 mil m3. Isto sem contar as fundações dos prédios que estão sendo erguidos na cidade.
Para fazer o Humber Bay, seriam necessários dois milhões de m3 de resíduos - as ilhas entrariam um quilômetro lago adentro. Ou seja: o projeto absorveria os detritos e a cidade economizaria o dinheiro que seria usado para transportar o material até o aterro.
Naturalmente, o projeto de Di Gironimo é polêmico. Por enquanto, tudo não passa de uma ideia - o conselho municipal concordou em fazer um estudo. O analista do jornal, porém, não deixou de saudar a iniciativa ao concluir seu texto: “It´s great to see a mandarin who isn´t afraid of think big” (“É ótimo ver um mandarim* que não tem medo de pensar grande”).
É isto aí – grandes cidades exigem grandes soluções!
* Na China antiga, mandarim
significava um alto funcionário público.
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