sexta-feira, 10 de abril de 2015 | |

"Cidades, bicicletas e protestos"

(...) O que estamos vivendo em São Paulo hoje não é muito diferente. A mudança proposta pelos cicloativistas e encampada pelo Plano Diretor significa muito mais do que a introdução de um novo modal. Faz parte de um movimento bem mais amplo de desconstituição da cidade para os carros - onde reina a lógica de que só os pontos de partida e chegada importam, e não o percurso -, em direção a uma cidade onde estar no espaço público é parte integrante da vida urbana.

Evidentemente, ainda falta muito para que São Paulo se reinvente. Para os que criticam ciclovias ainda sem muitos ciclistas, a resposta dos especialistas em transportes é que a oferta da nova infraestrutura fará que o novo modal cresça cada vez mais. Ainda, para os que denunciam que muitas faixas estão sendo mal executadas, basta olhar ao redor -para nossas calçadas ou mesmo vias pavimentadas - para constatar a péssima qualidade de execução. Este é, portanto, um daqueles temas que vão muito além das ciclovias... (...)

Fonte: Raquel Rolnik, “Folha de S. Paulo”, Cotidiano, 6/4/15 (íntegra
aqui)

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