segunda-feira, 15 de julho de 2013 | |

Excertos, apenas isto

- Foi o melhor amigo que eu tive. Aprendi muita coisa com ele. Solidariedade, principalmente. (...)
- Ele foi meu melhor amigo, numa época em que eu não tinha ninguém.

(...) Talvez por isso me lembrei de você. Mais do que sempre lembro. Porque me lembro muito. Nem sempre por uma boa razão.

(...) Guardarei estas páginas até descobrir onde você está e enviá-las. Quem sabe nos encontramos e eu lhe entregarei em mãos? Escreveremos juntos.

(...) E eu não gosto de ser um merda! Eu não quero ser um merda na vida.
- Você não é. E eu te respeito. Eu sou teu amigo.
- E o que que isso adianta?
- Muita coisa.
- Que coisas?
- Coisas de amigo.
- Que coisas? (...)
- Coisas. Como agora.
- Agora o quê?
- Agora para te dizer que você não é um merda.
- Hein? O quê?
- Você não é um merda.
- E por que eu não sou?
- Porque você é meu amigo.
- E daí?
- Se eu tivesse um irmão, eu queria que fosse você. 

(Trechos do livro “Se eu fechar os olhos agora”, do jornalista Edney Silvestre, p. 283, 287-88, 292-3)

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