quarta-feira, 31 de julho de 2013
O mundo a um clique (2)
As novidades tecnológicas são muitas vezes uma ferramenta de diversão. Eu, por exemplo, divirto-me e viajo com o Google Maps. Por ele, é possível ver os grandes monumentos da humanidade, como já mostrei neste blog a respeito das famosas linhas de Nazca, no Peru. Agora, mostro as famosas pirâmides de Gizé, no Egito:
O complexo de Gizé é uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
O Google Maps permite assim ver obras feitas pelas mãos do homem (há controvérsias...) no passado e também no presente. É o caso das Palm Islands, as ilhas artificiais em formato de palmeira feitas em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos:
Legal, não? Escolha os seus lugares prediletos e boa viagem virtual!
O complexo de Gizé é uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
O Google Maps permite assim ver obras feitas pelas mãos do homem (há controvérsias...) no passado e também no presente. É o caso das Palm Islands, as ilhas artificiais em formato de palmeira feitas em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos:
Legal, não? Escolha os seus lugares prediletos e boa viagem virtual!
terça-feira, 30 de julho de 2013
Limeira: uma cidade, dois governos
Passados sete meses da
administração Paulo Hadich (PSB) em Limeira, já se pode fazer uma avaliação.
Não de resultados, para isto é cedo, mas de cenário. Neste sentido, é possível
dizer que a cidade possui hoje dois governos.
Explico: há um governo para
dentro e outro para fora. Um governo que se vê por quem está nele e outro que é
visto por quem não está.
Isto é bom e ruim. Bom porque
os executores sinalizam convicção do que fazem; ruim porque a imagem
transmitida começa a se desgastar muito cedo.
Quem conversa com o prefeito
ou com pessoas de sua confiança na administração, de alto e médio escalão, fica
com a certeza de que o governo tem um norte. Há um caminho a ser trilhado
visando determinados resultados e os primeiros passos – silenciosos ainda –
estão sendo dados.
É fácil notar nas pessoas do
governo entusiasmo e confiança.
Um observador externo
destacou que a equipe é tecnicamente boa, provavelmente das melhores que já se
formou nos últimos 30 anos. Há, portanto, material humano para trabalhar.
Faltam, certamente, recursos financeiros e ferramentas – mas isto era mais do
que conhecido de todos que se candidataram ao cargo de prefeito, daí não ser
desculpa aceitável.
Ao mesmo tempo, o governo
Hadich enfrenta sérios problemas. A relação com a imprensa se desgasta a cada
dia, em ritmo veloz, com forte contribuição de sua bancada de vereadores.
É certo que a mídia
limeirense tem uma parcela bastante conhecida de “profissionais” que se
notabilizaram por “mamar nas tetas” dos governos de plantão ao longo dos anos.
Citar nomes é desnecessário e infrutífero – seria dar audiência a quem não
merece. A estes, o tratamento dado pela administração Hadich e o posicionamento
do prefeito bastam.
Existe, contudo, uma outra
parcela de profissionais na imprensa, honestos e dedicados, que merece atenção
e respeito do governo.
Quando a avaliação crítica em
relação ao tratamento dispensado pelo governo se torna praticamente uma unanimidade
entre os agentes da mídia, algo há de errado. Neste caso, é recomendável que o
governo faça uma autocrítica – não é possível que todos, os bem e os mal
intencionados, estejam equivocados.
Se as ações de governo não
estão sendo reconhecidas e, portanto, não ecoam na mídia é porque: 1) há má
vontade da imprensa; 2) há incompetência da imprensa; ou 3) a comunicação do
governo está falha (e aqui não me refiro estritamente às pessoas que atuam na
área de comunicação e imprensa da prefeitura e sim a uma estratégia ampla do
governo).
Não me parece plausível que
todos da mídia estejam com má vontade ou sejam míopes. Resta, pois, a terceira
opção.
Repito: uma autocrítica tanto
da parte da imprensa quanto do governo seria saudável para melhorar esta
relação – essencial para a vida democrática e para a sociedade na medida em que
a mídia é intermediária entre a população e o poder público.
Ainda no campo externo, no
governo que se vê de fora, há outro problema: cresce a insatisfação de alguns
setores organizados com relação à administração. As críticas se avolumam – ouvi
pelo menos três setores aumentarem o tom da impaciência nos últimos tempos: o
dos engenheiros e arquitetos, o dos contabilistas e o empresariado. São
profissionais liberais e, principalmente, formadores de opinião.
É um problema sério na medida
em que qualquer governo precisa de sustentação popular/setorial, além de
legislativa e da imprensa. Quando se fala em sustentação não significa
subserviência e sim um voto de confiança, o benefício da dúvida (em dose maior no
primeiro caso, da sociedade, menor no último, da imprensa).
No caso de Hadich, as críticas
começam a ressoar e a se tornar públicas. As respostas são pontuais (talvez
porque a estratégia de comunicação não exista, o que não acredito, ou porque
não esteja funcionando, o que é provável).
Volto ao ponto inicial: o
governo tem tomado medidas, tem agido em questões estruturais, que não aparecem
num primeiro momento aos olhos do cidadão, mas é preciso que isto esteja
acompanhado de outras ações mais efetivas e, por que não?, midiáticas. É
preciso que isto esteja acompanhado de esclarecimento e informação – o que não
vem ocorrendo plenamente (e falo isto como cidadão).
São apenas sete meses. A
jornada é longa e há tempo para corrigir eventuais desvios durante o percurso. É
necessário, portanto, que quem está fora possa enxergar melhor o governo que se
vê de dentro e quem está dentro consiga apresentar melhor o governo para fora.
É urgente, pois, que os dois
governos se encontrem em um só – para o bem da cidade.
Uma homenagem a Chicago
E como tratei na postagem anterior de cidades e coloquei um link que trata especificamente do modelo de município nos Estados Unidos, vou fazer uma homenagem a uma das mais bonitas cidades daquele país, certamente na lista das minhas preferidas: Chicago - que comemora 180 anos exibindo a vitalidade do seu desenvolvimento e de sua arquitetura!
Em destaque acima, o Pavilhão Jay Pritzker, no Millennium Park - um dos ícones da arquitetura contemporânea local.
Meus relatos sobre Chicago podem ser vistos no blog Piscitas - travel & fun.
Em destaque acima, o Pavilhão Jay Pritzker, no Millennium Park - um dos ícones da arquitetura contemporânea local.
Meus relatos sobre Chicago podem ser vistos no blog Piscitas - travel & fun.
Uma solução para as cidades
(...) Autor de "Cidades para Pessoas" [ed.
Perspectiva, trad. Anita Di Marco, com colaboração de Anita Natividade, 280
págs., R$ 90], a sair no início de agosto, (Jan) Gehl combate conceitos
modernistas - que ao longo de meio século foram vistos quase como dogmas por seus
colegas em todo o mundo - com ideias simples, que contrariam a cultura do carro
particular e a insensibilidade dos projetos urbanísticos para a escala humana.
(...) "Meu livro foi lançado em 2010 e já foi traduzido
para cerca de 20 línguas. A ideia de um planejamento orientado para as pessoas,
e não para os carros, tem se espalhado pelo mundo. Isso me deixa contente, pois
meu objetivo no trabalho sempre foi conseguir criar ou inspirar espaços
melhores para viver nas cidades, independentemente de o país ser grande ou
pequeno, rico ou pobre."
Para ele não é surpresa, por exemplo, a notícia de que o
número de jovens motoristas nos Estados Unidos caiu pela metade em 30 anos.
"A era do carro está morrendo. Você consegue pensar em algo menos
inteligente do que o uso obsessivo do carro? É muito custoso, ocupa demasiado
espaço, polui e é causa de muitos acidentes."
Não à toa, todos os seus projetos, entre os quais se contam
inúmeras mudanças em Copenhague, onde as áreas para carros foram bastante
reduzidas, e Melbourne, com seu centro renovado, contemplam melhorias para
transporte público, pedestres e ciclistas.
Como mostra em seu livro, com didatismo incomum e muitas
ilustrações, uma das chaves para cidades humanizadas é a criação de áreas de
uso comum diversificado. Entre os bons exemplos que Gehl destaca está a New
Road, em Brighton, no litoral da Inglaterra.
(...) "Todas as cidades no mundo têm departamentos de
trânsito, mas quase nenhuma tem um departamento para pedestres e ciclistas ou
para a qualidade de vida. Às vezes, tenho a impressão de que sabemos mais sobre
o hábitat de leões e gorilas do que sobre o de humanos."
Fonte: Daniel Benevides, “A marca humana”, Folha de S.
Paulo, Ilustríssima, 27/7/13.
Leia também:
“O quintal que tentei desenhar”
Haicai! Haicai!
Ainda usa uma atadura
Sobre seu olho machucado!
Sobre seu olho machucado!
Como foi que essa gente
entrou aqui,
entrou aqui,
essas duas moscas?
O quintal que tentei desenhar
- Ainda parece
O mesmo
- Ainda parece
O mesmo
O filho que quer solidão
Envelopou-se
Em seu quarto
Envelopou-se
Em seu quarto
Todos esses sábios
Dormem
De boca aberta
Dormem
De boca aberta
Odeio o êxtase
Dessa rosa,
Dessa rosa,
Dessa rosa peluda
(Jack Kerouac, tradução de Claudio Willer, em "Livro de Haicais")
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Com renda menor, Limeira fica atrás de cidades médias no IDH-M
A situação de Limeira no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), divulgado nesta segunda-feira (29/7) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), pode ser lida sob duas óticas.
A positiva: a cidade deu um salto na década de 2000 - como, de resto, fez todo o Brasil em média (em 20 anos, o IDH das cidades brasileiras cresceu 47,5%).
A negativa: a cidade está na rabeira do ranking considerando os municípios paulistas de porte semelhante.
Sob este último aspecto, o cenário é desalentador. Pode-se dizer que os anos 2000, se não foram de atraso como na década anterior, foram no mínimo "perdidos". E a culpa é de todos, notadamente do Poder Público, catalisador de sucessos e fracassos de uma cidade.
O IDH-M de Limeira atingiu 0,775 no ano de 2010 (base do estudo divulgado agora). No ano 2000, o índice era de 0,700.
Embora esteja na faixa considerada de alto nível, Limeira fica atrás de Americana (0,811), Piracicaba (0,785), São Carlos (0,805), Araraquara (0,815), Bauru (0,801), Sorocaba (0,798), Franca (0,780), Araçatuba (0,788) e Rio Claro (0,803).
A comparação com a vizinha Americana é exemplar na medida em que ambas desfrutam de "benesses" semelhantes - como localização e população. A diferença nos índices é grande - de 0,775 para 0,811.
Segundo o estudo, entre 2000 e 2010 o índice referente à educação foi o que apresentou a maior alta em termos absolutos em Limeira. Renda ficou na rabeira.
A cidade ocupa a 178 posição no ranking nacional entre 5.565 municípios; no Estado, é a 90 - uma vergonha para alguém que está entre as 25 maiores economias de São Paulo.
Na análise dos índices setorizados, vê-se que Americana teve desempenho igual ao de Limeira: a maior alta foi em educação, seguida de longevidade e renda.
Olhando os números das duas cidades, porém, percebe-se uma diferença substancial: a expectativa de vida em Limeira é maior do que em Americana, mas a cidade vizinha tem um desempenho educacional muito superior, o mesmo ocorrendo com a renda (e para muitos especialistas há uma relação direta entre estes dois aspectos, escolaridade e renda).
O IDH-M confirma o que muito se fala: Limeira é uma cidade pobre, embora seja uma das economias mais fortes do país. É, portanto, no quesito renda que a cidade precisa melhorar para dar um salto de qualidade e de desenvolvimento econômico, social e humano de que tanto necessita.
Com a palavra os nossos governantes!
RANKING DO IDH-M
Araraquara - 0,815
Rio Claro - 0,803
LIMEIRA - 0,775
RANKING DO IDH-M POR RENDA
Bauru - R$ 1.163,86
Araraquara - R$ 1.080,66
Rio Claro - R$ 1.049,16
Fonte: Pnud
A positiva: a cidade deu um salto na década de 2000 - como, de resto, fez todo o Brasil em média (em 20 anos, o IDH das cidades brasileiras cresceu 47,5%).
A negativa: a cidade está na rabeira do ranking considerando os municípios paulistas de porte semelhante.
Sob este último aspecto, o cenário é desalentador. Pode-se dizer que os anos 2000, se não foram de atraso como na década anterior, foram no mínimo "perdidos". E a culpa é de todos, notadamente do Poder Público, catalisador de sucessos e fracassos de uma cidade.
O IDH-M de Limeira atingiu 0,775 no ano de 2010 (base do estudo divulgado agora). No ano 2000, o índice era de 0,700.
Embora esteja na faixa considerada de alto nível, Limeira fica atrás de Americana (0,811), Piracicaba (0,785), São Carlos (0,805), Araraquara (0,815), Bauru (0,801), Sorocaba (0,798), Franca (0,780), Araçatuba (0,788) e Rio Claro (0,803).
A comparação com a vizinha Americana é exemplar na medida em que ambas desfrutam de "benesses" semelhantes - como localização e população. A diferença nos índices é grande - de 0,775 para 0,811.
Segundo o estudo, entre 2000 e 2010 o índice referente à educação foi o que apresentou a maior alta em termos absolutos em Limeira. Renda ficou na rabeira.
A cidade ocupa a 178 posição no ranking nacional entre 5.565 municípios; no Estado, é a 90 - uma vergonha para alguém que está entre as 25 maiores economias de São Paulo.
Na análise dos índices setorizados, vê-se que Americana teve desempenho igual ao de Limeira: a maior alta foi em educação, seguida de longevidade e renda.
Olhando os números das duas cidades, porém, percebe-se uma diferença substancial: a expectativa de vida em Limeira é maior do que em Americana, mas a cidade vizinha tem um desempenho educacional muito superior, o mesmo ocorrendo com a renda (e para muitos especialistas há uma relação direta entre estes dois aspectos, escolaridade e renda).
O IDH-M confirma o que muito se fala: Limeira é uma cidade pobre, embora seja uma das economias mais fortes do país. É, portanto, no quesito renda que a cidade precisa melhorar para dar um salto de qualidade e de desenvolvimento econômico, social e humano de que tanto necessita.
Com a palavra os nossos governantes!
RANKING DO IDH-M
Araraquara - 0,815
Americana - 0,811
São Carlos - 0,805Rio Claro - 0,803
Bauru - 0,801
Sorocaba - 0,798
Araçatuba - 0,788
Piracicaba - 0,785
Franca - 0,780LIMEIRA - 0,775
RANKING DO IDH-M POR RENDA
Bauru - R$ 1.163,86
Americana - R$ 1.161,68
Piracicaba - R$ 1.143,20Araraquara - R$ 1.080,66
São Carlos - R$ 1.079,45
Sorocaba - R$ 1.107,19Rio Claro - R$ 1.049,16
Araçatuba - R$ 1.036,09
LIMEIRA - R$ 910,85
Franca - R$ 846,57
Fonte: Pnud
Esta gente aí...
Já escrevi neste blog que me arrependo de um monte de coisas, acho normal revisar o que fizemos na vida e concluir: "não faria de novo".
Arrependo-me, por exemplo, de um dia ter acreditado em Aldo Rebelo, Aloizio Mercadante, Lula...
Arrependo-me, por exemplo, de um dia ter acreditado em Aldo Rebelo, Aloizio Mercadante, Lula...
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Limeira, a capital da bola laranja
O ginásio "Vô
Lucato", casa da Winner/Kabum/Limeira, receberá um investimento de R$ 400
mil até o final do ano. O dinheiro virá por meio de um convênio entre a LNB
(Liga Nacional de Basquete) - mantenedora do NBB (Novo Basquete Brasil) -,
governo federal e parceiros da Winner.
A maior parte do valor será
investida pela Liga na instalação de um novo piso, mais moderno e padrão, novos
placares e novas tabelas. As benfeitorias serão realizadas em vários ginásios
do país. Somente o novo piso que será instalado no "Vô Lucato"
custará R$ 290 mil.
A outra parte do investimento
virá de parceiros do time de Limeira e será usada para a instalação de cadeiras
no ginásio. Inicialmente, os assentos serão colocados na parte do
"Torcedor Vip", modalidade que substituirá o antigo plano de
sócio-torcedor da Winner, que foi extinto. O projeto do time de Limeira prevê a
instalação, gradativamente, de cadeiras em todo o ginásio.
O investimento foi anunciado
ontem, em coletiva do time de Limeira, no auditório da Acil (Associação Comercial
e Industrial de Limeira). Além das melhorias no ginásio, a Winner também
anunciou novidades - como o "Torcedor Vip" (detalhes do plano serão
anunciados futuramente), o reajuste no preço do ingresso - que passará a custar
R$ 20 (R$ 10 meia-entrada) - e eventos para a arrecadação de fundos para o
time. O primeiro - um bingo - deverá ocorrer no dia 30 de agosto.
Fonte: Danilo Janine, “Ginásio 'Vô Lucato' terá R$ 400 mil em investimento”, Jornal
de Limeira, Esportes, 26/7/13, p. 9.
Com muitas novidades a nova
Winner/Kabum Limeira foi apresentada ontem pela manhã, no auditório da Acil.
Jogadores, comissão técnica, diretores, patrocinadores, jornalistas e
autoridades estiveram presentes, entre elas o prefeito Paulo Hadich. Foi
lançado o projeto "Capital da Bola Laranja" - orgulho de ser
limeirense.
O técnico Demétrius Ferracciú
disse que os principais objetivos da Winner são conquistar o Campeonato
Paulista da A-1, que começará na próxima semana, e terminar entre os quatro
primeiros colocados do Novo Basquete Brasil 6, garantindo assim, uma vaga na
Liga Sul-Americana de Basquete, que seria a primeira competição internacional
do time, que tem 12 anos de existência.
Algumas novidades foram
apresentadas à imprensa. O preço do ingresso foi majorado, passando de R$ 10,00
para R$ 20,00. Crianças até 12 anos não pagarão pela entrada a partir de
quinta-feira, quando a equipe limeirense fará sua estreia diante de Rio Claro,
em casa. A diretoria justificou o aumento, dizendo que o torcedor assistirá a
uma equipe mais competitiva e que o basquete vem crescendo no País.
Hadich confidenciou que o
projeto de um complexo esportivo ficou mais distante, até pelo valor de R$ 120
milhões. "Nesse momento o complexo ficaria inviável. Vamos focar em um
ginásio com capacidade para 4.500 lugares, que ficaria em torno de 20 a 25
milhões de reais. Estamos lutando para isso", completou.
Fonte: Edmar Ferreira, “‘Capital da bola laranja’ é o slogan da Winner”, Gazeta de Limeira, Esportes, 26/7/13.
Fonte: Edmar Ferreira, “‘Capital da bola laranja’ é o slogan da Winner”, Gazeta de Limeira, Esportes, 26/7/13.
A neve
Ano a ano, vemos imagens na TV da geada e eventualmente alguns flocos de neve no Sul do Brasil durante o inverno, mas nunca como o registrado este ano. Desta vez nevou para valer em mais de cem cidades, deixando a paisagem semelhante à que se vê nos países do Norte (veja aqui, aqui e aqui).
Imagino que deva ter sido emocionante para quem teve a oportunidade de estar no Sul neste momento especial. Eu, pelo menos, fiquei emocionado quando encontrei a neve pela primeira vez. Foi a caminho de Ottawa, a capital do Canadá, em abril de 2012.
Na chegada à cidade, de trem, a neve caía:
Depois foi diminuindo, até que no meio da tarde já quase sumia do chão, como pode-se constatar nas imagens a seguir das margens do canal Rideau, que corta a capital canadense:
Meus relatos sobre o encontro com a neve podem ser conferidos no blog Piscitas - travel & fun.
Em tempo: os primeiros flocos brancos surgiram ainda na noite fria de Montreal. Como já escrevi neste blog, naquela noite eu fui especialmente feliz.
Quem sabe um dia não volta a nevar...
Imagino que deva ter sido emocionante para quem teve a oportunidade de estar no Sul neste momento especial. Eu, pelo menos, fiquei emocionado quando encontrei a neve pela primeira vez. Foi a caminho de Ottawa, a capital do Canadá, em abril de 2012.
Na chegada à cidade, de trem, a neve caía:
Depois foi diminuindo, até que no meio da tarde já quase sumia do chão, como pode-se constatar nas imagens a seguir das margens do canal Rideau, que corta a capital canadense:
Meus relatos sobre o encontro com a neve podem ser conferidos no blog Piscitas - travel & fun.
Em tempo: os primeiros flocos brancos surgiram ainda na noite fria de Montreal. Como já escrevi neste blog, naquela noite eu fui especialmente feliz.
Quem sabe um dia não volta a nevar...
terça-feira, 23 de julho de 2013
"Invasão de privacidade"
(...) As redes sociais, esse grande bacanal de narcisismo,
são um prato cheio para sermos vigiados. Sites nos dão nosso perfil de consumo
e nossa "linha da vida". Celulares nos avisam quando algo acontece em
nossa conta e em nosso cartão de crédito, e isso tudo é muito
"prático", não?
Este evento revela a óbvia violência à privacidade que as
redes sociais significam. A ideia de que elas são uma ferramenta da democracia
pode ser uma ideia também infantil. (...)
Fonte: Luiz Felipe Pondé, “Folha de S. Paulo”, Ilustrada,
22/7/13 (para ler a íntegra, clique aqui).
Franciscos e Dilmas
Dois textos necessários publicados nesta terça-feira na "Folha de S. Paulo" (a íntegra está disponível nos links):
"(...) quais das autoridades que foram atrás de fotos e
bênçãos do papa franciscano poderiam se dar ao luxo de passear pela avenida Rio
Branco com os vidros do carro (não blindado) abertos? (...)"
Vera Magalhães, “De vidros abertos”, Opinião, 23/7/13, p. 2.
"(...) Digamos que Francisco foi Francisco, Dilma foi Dilma.
Um foi o papa despretensioso, que dispensa ouro, capas de veludo e pompas para
se colocar cada vez mais próximo do povo. A outra foi a presidente de expressão
arrogante, num momento em que está acuada, precisa se justificar e luta
bravamente para recuperar a popularidade perdida. (...)"
Eliane Cantanhêde, "Discurso errado no hora errada", Opinião, 23/7/13, p. 2.
A voz de um palestino
O talento e
a história de vida de Mohammed Assaf, que venceu o “Arab Idol”, são exemplos de
esperança num mundo melhor.
A arte (rara) de oferecer
Eu te ofereço o sol que
brilha forte,
Te ofereço a dor do meu irmão.
A fé na esperança e o meu amor!
A fé na esperança e o meu amor!
(...)
Eu te ofereço as mãos que estão abertas,
Eu te ofereço as mãos que estão abertas,
O cansaço do passo mantido,
Meu grito mais forte de
louvor!
(...)
Eu te ofereço o que vi de belo
Eu te ofereço o que vi de belo
No interior dos corações,
A coragem de me transformar!
Kafka, Praga e eu
Uma madrugada acordado lendo - ou melhor, relendo - Kafka.
"Metamorfose" e "Um artista da fome".
Gosto do tom um tanto melancólico do escritor tcheco. Gosto do nome - Kafka, um nome forte, marcante.
Aliás, isto tudo me trouxe à mente um encontro, relatado no blog Piscitas - travel & fun.
"Metamorfose" e "Um artista da fome".
Gosto do tom um tanto melancólico do escritor tcheco. Gosto do nome - Kafka, um nome forte, marcante.
Aliás, isto tudo me trouxe à mente um encontro, relatado no blog Piscitas - travel & fun.
Sobremesa
Olha o apfelstrudel aí minha gente!
Trata-se de um folhado de maça (é este o significado no nome), uma sobremesa típica da Áustria.
Até tem no Brasil, não é Danilo Fernandes, mas o original é muito melhor (rs)!
* As fotos são minha e de Lúcia Parronchi
Trata-se de um folhado de maça (é este o significado no nome), uma sobremesa típica da Áustria.
Até tem no Brasil, não é Danilo Fernandes, mas o original é muito melhor (rs)!
* As fotos são minha e de Lúcia Parronchi
O velho e o novo
(...) Eu não quero ter razão, eu quero ter sucesso. Cerco-me
de mentes jovens que sabem mexer, fazer e ver coisas que eu não sei. Mas também
adoro gente de cabelo branco.
Sou uma pessoa que adora falar. Mas eu também adoro ouvir.
Não tenho medo de voltar atrás, de desdizer e desfazer em segundos a bobagem
que eu fiz. É melhor aprender com os erros dos outros. Mas, se você errar, erre
logo e corrija mais rápido ainda.
Faço parte de uma equipe digital que tem produzido alguns
dos trabalhos mais "likados" do mundo digital do Brasil. Mas não
adianta olhar só para o novo em busca do novo. Velhos elementos funcionam muito
bem em novos tempos. (...)
Frase
“Aprendi que, para ter acesso ao povo brasileiro, é preciso
ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta
hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e
transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de
mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!”
domingo, 21 de julho de 2013
Direto do toca-CD (39)
So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters
Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I don't just say
And nothing else matters
Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters
Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know
(“Nothing else matters”, de James Hetfield e Lars Ulrich)
Relógio da vida
O que são alguns
segundos quando se tem muitos minutos?
O que são
alguns minutos quando se tem muitas horas?
O que são algumas
horas quando se tem muitos dias?
O que são alguns
dias quando se tem muitos meses?
O que é o
tempo quando se tem tempo a perder?
O tempo,
aquele mesmo que nos sobra hoje nos fará falta amanhã.
Ele, o
tempo...
O tempo anda
pra frente descontando os segundos, as horas, os dias, os meses, os anos, como
se se estivesse andando para trás.
Paradoxo dos
paradoxos, ele, o tempo.
O que são
mesmo alguns segundos quando já não se tem mais sequer um sopro?
Tempo que
sobra, tempo que falta, tempo que para, tempo que passa.
Passa o
tempo, passam os segundos, as horas, os dias, os meses.
Passam.
Passa.
Tudo passa.
Nada fica.
Tudo resta.
Nada resta.
Resta ele, o
tempo.
Impassível,
imbatível.
O que são mesmo alguns meses quando se tem muito tempo a perder?
sábado, 20 de julho de 2013
Um pouco de poesia
Em tempo: isto era parte de uma exposição sobre o famoso poeta paulistano - um dos pais do modernismo. A mostra estava no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, tempos atrás.
Você conhece um ninja?
(...) Nas
manifestações que ocorreram em junho e tomaram o Brasil, as mídias alternativas
foram fundamentais porque estavam lá junto com os manifestantes e, segundo
Bruno Torturra, transmitindo “sem cortes e sem edição”.
Mas faço uma pergunta: existe uma mídia “sem edição”? A
pessoa que filma o faz aleatoriamente ou filma o que acha importante? O vídeo
tem a voz do dono, literalmente, porque além das imagens há a narração do
repórter. Mas não é isso que é genial? O corte, a edição, na mídia alternativa,
é feito por muitas pessoas. Há muitos Ninjas filmando, narrando, uns melhores
que outros. Mas na mídia profissional também há muitas vozes e elas são
fundamentais para que a “verdade” surja. (...)
E você, o que acha dos ninjas?
Viajar e pertencer: o caso Trayvon Martin de novo
Como na postagem anterior lembrei de uma viagem, ocorre-me agora comentar um outro episódio vivido na mesma ocasião.
Já escrevi aqui e principalmente no meu blog Piscitas - travel & fun que viajar me dá um sentimento de pertencimento - a um lugar, a uma situação, etc.
Quando vivenciamos algo numa viagem, é comum sentirmos certa intimidade com aquela experiência a partir de então. Foi assim que eu me tornei "íntimo" do caso envolvendo o adolescente Trayvon Martin. Soube do ocorrido numa visita à CNN, em Atlanta (EUA). Dias depois, em Nova York, vi um protesto pedindo justiça em favor do adolescente - negro, morto na Flórida por um vigilante que o confundiu com um suposto criminoso.
O assassinato despertou a ferocidade da discussão a respeito do racismo nos EUA, como relatei neste blog na ocasião.
Agora, quase um ano e meio após o crime, o vigilante acusado pelo assassinato foi inocentado pelo júri. A decisão, como era de se esperar, reacendeu a polêmica sobre o racismo. Manifestações estavam programadas para ocorrer em pelo menos 100 cidades norte-americanas neste sábado (20/7). Tal como eu vi em NY em abril do ano passado.
O julgamento teve tanta repercussão que até o presidente dos EUA, Barack Obama, negro como Martin, pediu aos cidadãos que refletissem sobre o caso. Obama, aliás, foi além: manifestou que a vítima poderia ter sido ele 35 anos atrás.
Ainda como reflexo do julgamento, o cantor Steve Wonder - também negro - anunciou que não mais se apresentará na Flórida enquanto vigorar a lei que permite até matar em uma suposta ação de legítima defesa, mesmo que o ato tenha como base mera suspeita.
É, como eu registrei em 2012, nos EUA a questão racial é coisa séria!
Já escrevi aqui e principalmente no meu blog Piscitas - travel & fun que viajar me dá um sentimento de pertencimento - a um lugar, a uma situação, etc.
Quando vivenciamos algo numa viagem, é comum sentirmos certa intimidade com aquela experiência a partir de então. Foi assim que eu me tornei "íntimo" do caso envolvendo o adolescente Trayvon Martin. Soube do ocorrido numa visita à CNN, em Atlanta (EUA). Dias depois, em Nova York, vi um protesto pedindo justiça em favor do adolescente - negro, morto na Flórida por um vigilante que o confundiu com um suposto criminoso.
O assassinato despertou a ferocidade da discussão a respeito do racismo nos EUA, como relatei neste blog na ocasião.
Agora, quase um ano e meio após o crime, o vigilante acusado pelo assassinato foi inocentado pelo júri. A decisão, como era de se esperar, reacendeu a polêmica sobre o racismo. Manifestações estavam programadas para ocorrer em pelo menos 100 cidades norte-americanas neste sábado (20/7). Tal como eu vi em NY em abril do ano passado.
O julgamento teve tanta repercussão que até o presidente dos EUA, Barack Obama, negro como Martin, pediu aos cidadãos que refletissem sobre o caso. Obama, aliás, foi além: manifestou que a vítima poderia ter sido ele 35 anos atrás.
Ainda como reflexo do julgamento, o cantor Steve Wonder - também negro - anunciou que não mais se apresentará na Flórida enquanto vigorar a lei que permite até matar em uma suposta ação de legítima defesa, mesmo que o ato tenha como base mera suspeita.
É, como eu registrei em 2012, nos EUA a questão racial é coisa séria!
Um espetáculo da natureza!
Abaixo reproduzo dois vídeos bem legais gravados nas cataratas do Niagara, que separam os Estados Unidos do Canadá. E pensar que eu estive lá, bem pertinho!
Aliás, se quiser saber mais sobre minha aventura por lá basta acessar o blog Piscitas - travel & fun.
Hoje é dia de quê...?
Então hoje é dia do amigo...
Amigo?
Ah, só pra saber - às vezes as pessoas aparecem de surpresa na nossa casa...
Amigo?
Ah, só pra saber - às vezes as pessoas aparecem de surpresa na nossa casa...
sexta-feira, 19 de julho de 2013
As vozes das ruas criaram um novo mundo?
(...) E a pergunta retorna: afinal, o que quer a multidão?
Mais saúde e educação? Ou isso e algo ainda mais radical: um outro modo de
pensar a própria relação entre a libido social e o poder, numa chave da
horizontalidade, em consonância com a forma mesma dos protestos?
(...) Talvez uma outra subjetividade política e coletiva
esteja (re)nascendo, aqui e em outros pontos do planeta, para a qual carecemos
de categorias. Mais insurreta, de movimento mais do que de partido, de fluxo
mais do que de disciplina, de impulso mais do que de finalidades, com um poder
de convocação incomum, sem que isso garanta nada, muito menos que ela se torne
o novo sujeito da história. (...)
Uma ode a São Paulo
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
(...)
Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos Mutantes
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos Mutantes
E foste um difícil começo
Afasta o que não conheço
E quem vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
Afasta o que não conheço
E quem vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
(“Sampa”, de Caetano Veloso)
Andar por São Paulo me inspira. Passear por São Paulo me
encanta. A cidade que nunca dorme (sim, a alcunha é de Nova York, mas cabe bem à
capital paulista, afinal um lugar onde uma loja de materiais de construção
funciona 24 horas merece tal distinção) tem passado por transformações
fabricadas pelo dinheiro numa velocidade tal que a colocam como um dos mais
belos exemplos das experimentações arquitetônicas que se vê pelo mundo.
São Paulo – locomotiva do estado que é considerado a
locomotiva do Brasil – adquiriu uma modernidade (que, de resto, sempre possuiu
desde que o café “virou ouro”) de tamanha grandeza que se vê em poucos lugares.
Hoje, sem sombra de dúvida, pode-se dizer que a capital
paulista nada deve a Nova York em termos de arquitetura, beleza e riqueza, ao menos
em sua área nobre (princípio que vale também para a cidade norte-americana).
Não se vai à periferia de São Paulo excursionar como também não se vai à
periferia de NY (no máximo ao Brooklyn, longe de ser periferia).
Agências bancárias “vips”, com arquitetura de fazer inveja a
suas congêneres em outras cidades; prédios espelhados (nesta arquitetura
contemporânea que às vezes parece cópia dela mesma) espalhados pelas principais
ruas e avenidas e que refletem uma cidade para muitos feia, mas que tem vocação
para Narciso (sim, São Paulo se acha bela e gosta de se ver). Uma cidade que,
por vezes, faz suspirar.
O que vejo hoje em São Paulo não vi em Nova York, uma certa
ostentação moderna em confronto com o estilo clássico predominante nos prédios
da “Big Apple”. Uma mostra de que o dinheiro está circulando por ali, de que
São Paulo se tornou definitivamente passagem obrigatória no cenário dos
negócios mundiais. Uma cidade que, sob certos aspectos, lembra Chicago (talvez o
símbolo da riqueza norte-americana), com sua arquitetura moderna misturada a
clássicos.
São Paulo, porém, é muito, muito maior. Infinitamente maior que Chicago.
Daí a comparação cabível e possível apenas com Nova York, cujo charme talvez
supere o paulistano. Não que a capital paulista não o tenha – e certamente o
tem. Como também tem uma arquitetura desafiadora e arrojada nos traços
concretos de um certo Oscar Niemeyer e sua “Oca” e seu teatro com língua de
fora no Ibirapuera e suas curvas no Copan e em tantos outros lugares.
Sim, São Paulo cresce ao ritmo do crescimento do Brasil nos
últimos anos. É o exemplo maior e mais bem acabado de um país que assume – ou quer
assumir – uma dose de protagonismo na cena mundial.
Não que a capital paulista tenha resolvido os seus problemas,
ao contrário: eles crescem talvez na proporção do crescimento econômico, são
gigantescos, desafiadores e assustadores, mas é deste emaranhado de desafios
que surgem algumas das mais bonitas e criativas soluções.
Com seu luxo e seu lixo, São Paulo é pura vibração, emana
uma energia contagiante. Uma sensação só sentida talvez por quem não enfrente
diariamente os seus obstáculos, por quem chegue a ter certo prazer (seria um masoquismo
não sexual?) no trânsito caótico, por quem enfim seja mero passageiro de suas
vias e suas veias.
De São Paulo, pode-se dizer tudo; só não se pode ignorá-la –
ainda mais agora que ela cresce e aparece (sim, parece forçoso dizer isto de
uma cidade que há décadas está entre as maiores do mundo, mas a ideia é
justamente esta: mostrar que aquela cidade grande está maior ainda, mais
caótica, mais rica e, por que não?, mais bela).
PS: a escolha de "Sampa" para abrir esta postagem talvez soe piegas, mas é exatamente como me sinto quando estou por lá.
O teatro oficial x as vozes das ruas
"Eles (políticos) estão provocando a sociedade."
Lilian Witte Fibe, jornalista, no "Programa do Jô"
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), com seu jeito falastrão, afirmou recentemente a respeito dos protestos que ocorrem em seu Estado que "não é assim que se faz oposição".
Não sei qual é o jeito - se é que existe um.
Só sei que Cabral e todos os demais políticos ainda não entenderam a mensagem das ruas - e ela é muito clara, por mais que muitos digam não entender: o povo está cansado de tudo o que está aí, do jeito de fazer política no Brasil, da desfaçatez dos nossos governantes e das prioridades invertidas na administração pública.
A resposta que nossos governantes em geral, das esferas municipais à federal, ofereceram aos protestos de rua não passa de mero discurso, pomposo em alguns casos, mas mero discurso, descolado da realidade, de ações concretas que melhorem a vida dos cidadãos (salvo um ou outro decréscimo nas tarifas de transporte). Fazem puro teatro, jogam para a plateia (vide a troca de farpas entre governo e Congresso, um buscando jogar no colo do outro a "conta" da crise política e institucional que o país atravessa).
Daí a constatação feita pela jornalista Lilian Witte Fibe esta semana. Ao encenar um teatro patético, os políticos estão conclamando o povo à ação mais uma vez. Porque se pensam que a chama se apagou, ela apenas arrefeceu; as brasas continuam incandescentes, podendo o vulcão das ruas entrar em erupção a qualquer momento.
Tome-se o caso do abuso no uso de aviões oficiais. Em meio aos protestos que varreram o país de cima a baixo, políticos que se acham acima dos demais cidadãos pegaram carona com a FAB (Força Aérea Brasileira) para ir a festas de casamento, jogos de futebol, etc. E ao menos um deles chegou a defender o direito de usar os aviões oficiais para atividades particulares só porque é o chefe de um poder (o Legislativo)!
Aliás, o Congresso tenta responder às ruas com uma tal "agenda positiva" de um lado enquanto de outro mantém uma série de privilégios que custam bilhões de reais aos cofres públicos. Os mesmos bilhões que faltam para saúde, educação, transporte, etc.
E não venham me dizer que o orçamento do Congresso é uma norma legal porque se querem de fato dar exemplo deveriam sim cortar benefícios, reduzir o próprio orçamento ao mínimo necessário para funcionamento das duas casas legislativas e deixar o restante do dinheiro com o governo, fiscalizando a sua aplicação (o que, aliás, é dever de todo parlamentar).
Por exemplo: por que os deputados e senadores têm direito a aposentadoria se a função que desempenham não é profissão? Por que um senador tem direito a plano médico com cobertura ILIMITADA e não só para ele como também para seus familiares (cônjuge e dependentes até 21 anos ou até 24 anos se estiver na faculdade)?
(Veja os benefícios dos senadores aqui.)
Naturalmente, deputados, senadores e vereadores não são os únicos problemas do Brasil. Não são sequer os principais problemas, mas são parte deles, causa de muitos deles e simbolicamente representam muito daquilo que as vozes das ruas querem mudar.
Portanto, ou falta sensibilidade para entender isto ou falta mesmo vergonha na cara. Em um caso ou outro, "eles estão provocando a sociedade"...
Em tempo: entre tantas besteiras que o ex-presidente Lula fala, ao menos ontem ele disse algo sensato. Foi em palestra na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo: "A pior coisa que pode acontecer no mundo é a gente aceitar a negação da política".
Lilian Witte Fibe, jornalista, no "Programa do Jô"
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), com seu jeito falastrão, afirmou recentemente a respeito dos protestos que ocorrem em seu Estado que "não é assim que se faz oposição".
Não sei qual é o jeito - se é que existe um.
Só sei que Cabral e todos os demais políticos ainda não entenderam a mensagem das ruas - e ela é muito clara, por mais que muitos digam não entender: o povo está cansado de tudo o que está aí, do jeito de fazer política no Brasil, da desfaçatez dos nossos governantes e das prioridades invertidas na administração pública.
A resposta que nossos governantes em geral, das esferas municipais à federal, ofereceram aos protestos de rua não passa de mero discurso, pomposo em alguns casos, mas mero discurso, descolado da realidade, de ações concretas que melhorem a vida dos cidadãos (salvo um ou outro decréscimo nas tarifas de transporte). Fazem puro teatro, jogam para a plateia (vide a troca de farpas entre governo e Congresso, um buscando jogar no colo do outro a "conta" da crise política e institucional que o país atravessa).
Daí a constatação feita pela jornalista Lilian Witte Fibe esta semana. Ao encenar um teatro patético, os políticos estão conclamando o povo à ação mais uma vez. Porque se pensam que a chama se apagou, ela apenas arrefeceu; as brasas continuam incandescentes, podendo o vulcão das ruas entrar em erupção a qualquer momento.
Tome-se o caso do abuso no uso de aviões oficiais. Em meio aos protestos que varreram o país de cima a baixo, políticos que se acham acima dos demais cidadãos pegaram carona com a FAB (Força Aérea Brasileira) para ir a festas de casamento, jogos de futebol, etc. E ao menos um deles chegou a defender o direito de usar os aviões oficiais para atividades particulares só porque é o chefe de um poder (o Legislativo)!
Aliás, o Congresso tenta responder às ruas com uma tal "agenda positiva" de um lado enquanto de outro mantém uma série de privilégios que custam bilhões de reais aos cofres públicos. Os mesmos bilhões que faltam para saúde, educação, transporte, etc.
E não venham me dizer que o orçamento do Congresso é uma norma legal porque se querem de fato dar exemplo deveriam sim cortar benefícios, reduzir o próprio orçamento ao mínimo necessário para funcionamento das duas casas legislativas e deixar o restante do dinheiro com o governo, fiscalizando a sua aplicação (o que, aliás, é dever de todo parlamentar).
Por exemplo: por que os deputados e senadores têm direito a aposentadoria se a função que desempenham não é profissão? Por que um senador tem direito a plano médico com cobertura ILIMITADA e não só para ele como também para seus familiares (cônjuge e dependentes até 21 anos ou até 24 anos se estiver na faculdade)?
(Veja os benefícios dos senadores aqui.)
Naturalmente, deputados, senadores e vereadores não são os únicos problemas do Brasil. Não são sequer os principais problemas, mas são parte deles, causa de muitos deles e simbolicamente representam muito daquilo que as vozes das ruas querem mudar.
Portanto, ou falta sensibilidade para entender isto ou falta mesmo vergonha na cara. Em um caso ou outro, "eles estão provocando a sociedade"...
Em tempo: entre tantas besteiras que o ex-presidente Lula fala, ao menos ontem ele disse algo sensato. Foi em palestra na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo: "A pior coisa que pode acontecer no mundo é a gente aceitar a negação da política".
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Mais um encontro de boa gente
E os membros fundadores do Clube Erdinger se reuniram mais uma vez na aconchegante caserna do "seo" João.
E teve gente boa? Teve sim senhor!
E teve pizza? Teve sim senhor!
E teve cerveja? Bem, teve uma tal "Desperados" (interessante trocadilho, não?) que o filho do "seo" João arrumou, uma mistura de cerveja com tequila, com cheiro de desinfetante e gosto de bala de cidreira.
Mesmo assim valeu! Sempre valerá!
E teve gente boa? Teve sim senhor!
E teve pizza? Teve sim senhor!
E teve cerveja? Bem, teve uma tal "Desperados" (interessante trocadilho, não?) que o filho do "seo" João arrumou, uma mistura de cerveja com tequila, com cheiro de desinfetante e gosto de bala de cidreira.
Mesmo assim valeu! Sempre valerá!