quarta-feira, 13 de abril de 2011 | |

De novo, as redes sociais

Qual o papel da mídia em tempo de redes sociais? Esta seja talvez uma das perguntas mais frequentes nas universidades e meios de comunicação. Uma pergunta que vem recebendo muitas respostas, nenhuma definitiva. Até porque neste “admirável mundo novo” da web, as respostas costumam durar o tempo de um “big bang”, ou seja, uma fração de segundo. O que vale para agora pode não mais valer para... agora (isto mesmo, os poucos segundos que se passaram entre a digitação de umas poucas palavras).

Este assunto vem atormentando e intrigando pesquisadores e profissionais da mídia há anos. Teorias diversas foram expostas à arena dos leões. Apocalípticos veem nas redes sociais o capítulo derradeiro da saga da imprensa dita tradicional. Outros, por sua vez, enxergam um mundo novo de possibilidades se abrindo. Talvez um e outro estejam certos – as redes sociais são mesmo o fim e o começo. Só não se sabe exatamente do que. Seria uma nova era?

Já escrevi sobre este tema neste blog no episódio da queda de parte do teto do Shopping Pátio Limeira (veja aqui). Decidi retomá-lo diante de algumas manifestações que ouvi e vivi desde então. Tenho notado, como receptor de informações, que os primeiros relatos dos acontecimentos estão chegando sempre pelas redes sociais – notadamente o Twitter. Assim foi com a morte de Elizabeth Taylor e o massacre de Realengo, só para ficar em dois fatos recentes.

Isto se deve à velocidade da propagação da informação nas redes sociais, fruto da quantidade de gente interligada – como emissoras e receptoras.

Obviamente, como já discutido na postagem anterior quando do incidente no shopping, trata-se de relatos muitas vezes sem precisão, o que tem me levado aos meios tradicionais de informação – TV, jornal e sites de notícias – para confirmar os eventos e obter mais detalhes. Ainda assim, não deixa de ser interessante que por meio de 140 caracteres, em qualquer lugar que se esteja, seja possível estar minimamente informado.

E não é só o mundo da informação que está sendo afetado (esta palavra me parece mais neutra e cautelosa para algo que não se sabe o fim). Até o meio de sustentação da mídia – a propaganda – está descobrindo novos caminhos nas redes sociais.

No último domingo, fui a um café e a proprietária ofereceu um novo produto, um bolo (ou “cupcake’, os famosos bolos de xícara, como queiram). Qual não foi minha surpresa quando ela emendou ao apresentar a bandeja com quatro exemplares do produto: “só sobrou isso. Inventei de colocar no Facebook hoje e fez o maior sucesso...”. Sucesso de publicidade, sucesso de vendas, sucesso das redes sociais.

E assim caminha a comunicação, reinventando-se, recriando sua arte, buscando novas formas de contar histórias e vender produtos. Parece que está dando certo..., mas qual é o mesmo o papel da mídia em tempos de redes sociais?

(Sim, isto foi uma provocação!)

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